Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 13

“Abigail Zapata”

Já haviam se passado onze meses desde que o meu pai morreu. Como o tempo passava depressa! E em onze meses eu não fiz nenhum progresso.

Os onze meses que se seguiram desde que eu cheguei aqui na empresa do Emiliano não foram fáceis, várias vezes eu quis me demitir, mas as coisas não iam bem e o Emiliano me pedia para ficar, que precisava da minha ajuda. Eles haviam perdido vários clientes ao longo dos meses para outra construtora concorrente, eu não entendia muito bem, mas parecia que uma antiga funcionária estava trabalhando para essa concorrente e estava roubando os clientes. Essa situação acabava deixando o Martim ainda mais insuportável e eu acabei me tornando o bode expiatório dele.

É claro que a minha relação com o Martim ia de mal a pior, cada vez nos suportávamos menos e as brigas e confusões entre nós eram constantes. E como se não bastasse eu ter que suportar o Martim, a sonsa da Maria Luiza continuava aprontando comigo sempre que podia e vivia fazendo fofoca para o Martim.

E como nada é tão ruim que não possa piorar, o Emiliano estava namorando com aquela mulher insuportável que ele conheceu na viagem que fez antes de eu começar a trabalhar aqui. Como isso aconteceu eu não sei, mas o Emiliano estava namorando aquela mulher. Ela era linda, eu até reconhecia isso, mas era falsa, superficial, arrogante e insuportável. Eu não entendia como ele não percebia isso. E olha, eu fiz de tudo para separar os dois, cheguei a contratar uma mulher para seduzi-lo e separá-los, mas não deu certo. Eu bagunçava a agenda dele, desaparecia com os recados da tal namorada, não dava os recados de um para o outro, o sobrecarregava de trabalho só para que ele desmarcasse compromissos com ela. Eu fazia qualquer coisa que pudesse para afastá-los. Mas nada adiantou, ele estava completamente seduzido por ela. E tudo graças ao Martim, que no início incentivou o namoro e até chegou a sair com a prima dela para apoiar o Emiliano. Como eu odiava o Martim!

Mas o fato é que as coisas na construtora não iam bem e eu precisava ajudar o Emiliano. Então fiquei aqui e suporto aquela besta do Martim e a falsa da Maria Luiza. E nesse momento eu justamente estava revisando um projeto de um resort que iríamos apresentar para um possível cliente, era um projeto enorme e que faria total diferença para a empresa nesse momento, então eu estava mais atenta do que nunca. Mas o meu celular tocou e eu sorri quando olhei a tela.

- Tony, que saudade! Como você está? – Atendi ao meu amigo e procurador. Eu não o via desde a leitura do testamento do meu pai, embora sempre nos falássemos por telefone.

- Abi, eu também estou com saudade. – Ele falou de forma carinhosa e o meu coração se apertou, eu deveria ir visitá-lo. – Querida, eu sei que você não gosta do assunto, mas eu te liguei porque preciso falar sobre ele.

- Sobre ele quem, Tony? – Perguntei confusa.

- Sobre o casamento! Querida, já se passaram onze meses e se até o final desse mês você não se casar, sua madrasta ficará com tudo o que é seu. E eu devo dizer, ela já anda cantando vitória. – O Tony me lembrou de algo que me deprimia. A ridícula cláusula do testamento do meu pai.

- Tony, eu não sei o que fazer. – Eu lamentei.

- Abi, não é possível que sendo tão linda e tão adorável, nessa cidade grande e cheia de gente jovem como você, você não tenha encontrado ninguém, nem um paquera? – O Tony vivia me dizendo que eu precisava deixar as pessoas chegarem perto, mas eu amava o Emiliano e não tinha mais olhos pra ninguém.

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