Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 133

Resumo de Capítulo 133: Correndo atrás: Contrato para o caos: amor à primeira briga

Resumo do capítulo Capítulo 133: Correndo atrás de Contrato para o caos: amor à primeira briga

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“Martim Monterrey”

Como eu fui burro. Eu fui burro! Como eu caí fácil assim na armação do Maurice? Eu estava dirigindo pela cidade, em direção a casa do Emiliano, tentando me entender, tentando entender porque eu agi tão instintivamente, porque eu me fechei e não ouvi o que a Abigail tinha para me dizer. E nós estávamos tão bem, tivemos uma noite tão incrível.

- Martim, você é mesmo uma besta! – Eu falei comigo mesmo e bati a mão no volante.

Eu cheguei ao condomínio da D. Branca e a minha entrada já estava autorizada, com certeza o Emiliano já tinha ligado para a mãe e avisado que eu estava a caminho. Em frente a casa dela, eu estacionei de qualquer jeito, corri até a sua porta e ela se abriu antes que eu tocasse a campainha.

- Entra, meu querido! – A D. Branca me atendeu com o carinho de sempre.

- D. Branca, eu preciso falar com ela. – Eu falei e a senhora me olhou e balançou a cabeça.

- Vem, vamos até a cozinha tomar um chá. – Ela chamou e eu pensei que ela não tivesse me entendido.

- D. Branca... – Ela se virou pra mim e me interrompeu.

- Ela chegou aqui muito nervosa, querido, eu dei a ela um chazinho para se acalmar e ela adormeceu. Então, venha conversar um pouco comigo. Você também precisa se acalmar. – A D. Branca me respondeu e se virou novamente em direção à cozinha.

Ela fez eu me sentar, já estava me esperando mesmo, pois a chaleira de água começou a apitar e sobre a mesa havia um par de xícaras e um bolo de laranja. Da bonita caixa de madeira ela tirou um sachê de chá e colocou dentro da xícara, depois ela derramou a água sobre a xícara e serviu uma fatia de bolo em um prato que deixou em minha frente, empurrou o pote de mel para mim e repetiu o ritual na segunda xícara.

- Escolhi um chá de maracujá para você, porque acalma a mente. – Ela comentou e se sentou ao meu lado.

Eu conhecia a D. Branca e os seus chás para tudo, assim como eu sabia que se quisesse ter esperança de passar pela D. Branca e falar com a Abigail eu deveria tomar o chá, comer o bolo e ouvir o que a D. Branca tinha a dizer. Então eu segui o seu ritual e só quando eu tomei o último gole de chá ela começou a falar.

- Você não pode viver, Martim, com medo de ser traído. Precisa deixar isso pra trás ou vai sofrer muito e fazer sofrer a Abigail, que é uma boa pessoa, aliás, uma das melhores que eu já conheci. – A D. Branca começou a falar e eu sabia que ela estava certa.

- D. Branca, foi mais forte que eu. Eu fiquei cego e surdo. – Eu nem tinha como me explicar.

- Mas falou demais! – A senhora me olhou com ternura. – Martim, a Abigail é uma das pessoas mais íntegras que eu conheço. Ela é fiel a quem ela ama. Veja só, ela é uma amiga fiel para o Emiliano, ela foi uma filha fiel ao pai, mesmo que ele tenha exigido tanto dela, ela continuou fiel a ele. Ela sempre será fiel a você, querido, porque ela te ama.

- Ele não foi cego. Ele sempre soube, mas ele sabia que era um capricho dela. E ele a vê como uma irmã. Ele sempre me falou que era melhor ignorar, que mais cedo ou mais tarde ela encontraria o amor da vida dela. E aí, no dia em que ela chegou ao escritório ele me ligou e me disse assim: “mãe, a Abi encontrou”. Ou você não percebeu que ele fez de tudo para unir vocês? – Ela me olhou com um brilho travesso nos olhos.

- Ele fazia piadinhas, aquelas coisas que ódio e amor andam juntos, nos mandava juntos visitar as obras e... aaahhh! – Então eu me dei conta, meu amigo sempre soube.

- Aquela viagem para a praia, ele já tinha tudo planejado, só esperou o melhor momento para obrigar vocês dois a irem com ele. – Ela entregou o plano do filho.

- Esse tempo todo ele bancou o cupido? – Eu estava surpreso com essa descoberta.

- Ele, assim como eu e toda a sua família, tem certeza do amor que vocês sentem um pelo outro. Você é como um filho pra mim, Martim, a Abi também, então eu vou te dar o mesmo conselho que eu dei a ela, não desperdice tempo e energia em brigas e em desconfianças. Façam as pazes e sejam felizes, porque a vida passa muito depressa, nós não podemos perder tempo. – Ela estava certa. – Agora vai falar com ela, ela pegou no sono lá na sala.

Eu saí da cozinha e fui em direção a sala, a Abigail estava deitada no sofá, dormindo, com uma manta sobre suas pernas e o rosto marcado pelas lágrimas. Eu me odiei por fazê-la chorar. Então me abaixei e beijei os seus lábios, tão doces e tão macios. Seus olhos se abriram pra mim.

- Você viu o vídeo? – Ela me perguntou com a voz baixa e meio rouca de quem acaba de acordar e eu fiz que sim. – Só por isso você veio! – Ela se sentou rapidamente. – Vai embora Martim!

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