Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 193

Resumo de Capítulo 193: Eu posso ajudá-la: Contrato para o caos: amor à primeira briga

Resumo do capítulo Capítulo 193: Eu posso ajudá-la de Contrato para o caos: amor à primeira briga

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“Nikolaos Nomikos”

Depois que aquela jovem saiu eu fiquei pensando no que a aterrorizava tanto, porque o olhar dela era de uma pessoa apavorada. Eu senti pena dela, eu já estive em apuros uma vez e a mão que foi estendida pra mim veio de onde eu jamais esperaria. Eu gostaria de saber o que era tão ruim assim que deixava uma jovem como aquela desesperada. Talvez eu realmente pudesse ajudá-la.

- Sr. Nikos? – A Sofia apareceu na porta e eu fiz um gesto para que ela entrasse.

- Feche a porta, Sofia. – Eu pedi. – Aquela moça saiu daqui muito abalada não foi?!

- Pois é, por isso eu vim falar com o senhor, achei tão estranho, ela parecia perturbada quando passou por mim na recepção. – A Sofia concordou.

- Tem algo errado com essa moça, Sofia. – Eu tinha certeza disso e algo estava coçando em mim para descobrir.

- O que o senhor quer que eu faça? Quer que mande investigá-la? – Era uma boa idéia, mas eu tinha a sensação de que não seria preciso.

- Eu vou pensar. – Eu respondi, mas meus pensamentos já estavam se afastando dali.

- Sr. Nikos? – A Sofia me chamou de volta e colocou uma pasta em minha frente. – Aqui, esses são os documentos que o senhor pediu. Aquela anta do Maurice precisa assiná-los e aí também tem uma relação das vítimas fatais até agora. Os advogados estão trabalhando para fazer os acordos nos termos que o senhor pediu. As famílias vão receber uma boa indenização.

- Ah, filha, mas você sabe que não há dinheiro que compense a perda de um ente querido, ainda mais tão brutalmente. – Eu abri a pasta e conferi os documentos.

A porta foi aberta abruptamente e eu ergui os olhos para ver a moça com o rosto banhado em lágrimas parada ali.

- O senhor disse que poderia compreender e talvez me ajudar. Como o senhor pode me ajudar? – A Camila estava trêmula e nervosa.

- Venha, sente-se. – Eu apontei a cadeira para ela. – Sofia, por favor, você pode trazer um chá para a senhorita?

A Sofia se levantou e a Camila se sentou. Eu tirei o lenço do bolso e entreguei a ela para que secasse as lágrimas.

- Eu posso até fazer você desaparecer, querida. – Eu dei um sorriso consolador para ela.

- Eu vou te contar tudo então. – Ela me encarou e começou a falar. – Eu fugi de casa quando tinha quinze anos. Minha mãe era péssima, vivia bêbada, cada dia um namorado diferente. Eu queria mais da vida, Sr. Nikolaos, do que ter a mesma sorte dela.

- Tenho certeza que sim. Me chame de Nikos, é assim que todos me chamam.

A Sofia entrou na sala com a bandeja e colocou o chá diante da Camila e um café em minha frente. Eu agradeci e ela se retirou com um sorriso amável. Eu não pude deixar de pensar que a moça a minha frente poderia ter sido a Sofia, se eu não tivesse me encarregado de cuidar dela e meu coração se encheu de compaixão.

- Então, Sr. Nikos, eu fugi de casa porque conheci um homem, um homem mais velho, ele me ofereceu tudo o que eu queria, uma vida melhor. – Ela prosseguiu.

- E como você chegou aqui, Camila? – Eu estava curioso com a razão para ela estar aqui.

- Aquela mulher, ela quer destruir o Emiliano e o Martim, então ofereceu a mim e a Letícia uma chance de liberdade, nós éramos as garotas mais antigas naquele lugar e obedecíamos em tudo, então ela disse que confiaria em nós e se nós conseguíssemos o que ela queria, nós estaríamos livres daquele inferno. – Ela me encarou. – O senhor não tem idéia do quanto eu queria me livrar daquele inferno.

- Eu posso imaginar. O que vocês teriam que fazer?

- Eu teria que me casar com o Emiliano e a Letícia com o Martim. Mas o Martim é um bronco e a Letícia uma aparvalhada e acabou colocando tudo a perder, agora ainda se casou com um encostado metido a esperto achando que ia dar um golpe. Mas eu estava quase conseguindo, o que deu errado eu não sei. – Ela deu um suspiro alto. – Nós tínhamos um prazo, um ano. Não deu certo e ela está chegando depois de amanhã. Eu não quero nem pensar no que ela vai fazer quando souber que deu tudo errado. O senhor me perguntou porque eu traí o Emiliano, roubando o projeto para o Maurice. Sr. Nikos, eu o traí por sobrevivência.

Eu sentia a verdade em cada palavra daquela moça e sentia o peso que ela estava carregando. Eu queria fazer algo por ela.

- Eu vou te ajudar, Camila. Mas eu quero saber, quem é essa mulher? – Eu perguntei e ela me olhou tão assustada, como se mencionar o nome fizesse a tal mulher se materializar ali.

- O nome dela eu não sei. Mas todos a chamam de Rainha de Copas. Ninguém usa o próprio nome lá. – Ela deu de ombros.

- Eu vou te ajudar. Vá em casa, pegue somente o necessário e volte pra cá. Eu vou fazer umas ligações enquanto isso. E sua amiga, se quiser vir sem o marido, você pode trazê-la. Para onde eu vou mandá-las por um tempo, homens não entram. – Eu avisei, o homem não precisava de proteção, já que não era parte do esquema.

Ela concordou e apertou a minha mão, dizendo que voltaria logo. Eu fiz o que prometi, todas as ligações, assim que aquela moça voltasse eu a faria desaparecer.

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