Resumo de Capítulo 244: Troca de favores – Capítulo essencial de Contrato para o caos: amor à primeira briga por GoodNovel
O capítulo Capítulo 244: Troca de favores é um dos momentos mais intensos da obra Contrato para o caos: amor à primeira briga, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
“Alice Borges”
Eu já estava cansada de esperar, aquele velho chato me mandou ficar quieta nesse apartamentinho ridículo enquanto ele resolvia alguns assuntos desse pardieiro, mas eu estava ansiosa para mostrar a ele o que eu trouxe e ganhar um pouquinho mais da sua confiança. Mas o Luiz me garantiu que ele ficaria satisfeito e me recompensaria, desde que eu esperasse pacientemente. Bom, paciência não era algo que eu tinha. Então ouvi o barulho na porta e corri para fingir que estava folheando uma revista.
- Sobrinha, chegou a sua vez, minha querida. – O velho entrou na pequena sala com um sorriso arrogante.
Cada vez eu o odiava mais. Ele era alto, corpulento e com os cabelos quase brancos. Era um velho tarado, sempre foi e sempre me cercou, agora que eu estava aqui, se não quisesse ter que trabalhar com qualquer das porcarias que ele se metia, eu tinha que ser a putinha dele.
- Titio, eu me sinto tão sozinha aqui, onde está a mamãe? – Eu perguntei, pois desde que ele descobriu que a minha mãe deixou duas putas escaparem eu não sabia onde ela estava.
- A mamãe está de castigo, sobrinha, vai demorar uns dias para voltar para cá. E, antes que você pergunte, o papai está fazendo um servicinho pra mim em outra cidade. Mas o titio está aqui, pra te fazer companhia. – Ele sorriu e acendeu um cigarro.
- Mas você não fica aqui e eu fico sozinha. Bem que você poderia me deixar morar na sua casa. – Eu me fiz de boazinha. Se eu pudesse morar naquela mansão eu nem estaria me importando com o que ele fazia comigo.
- Não, querida, na minha casa só entram mulheres respeitáveis e você sabe o que você é. Anda, fala para o titio, o que você é? – Ele era um homem detestável, mas eu sabia que tinha que ser boazinha.
- Eu sou a putinha do titio. – Eu respondi me fazendo de boazinha, mas eu queria arrancar os olhos dele.
- É isso aí. – Ele sorriu e deu um trago no cigarro. – Me diz, o que você quer me dizer?
- Eu te trouxe um presente da cidade. – Eu sorri e ele me olhou com interesse.
- E o que seria? – Ele perguntou.
- Uma garota nova. – Eu falei e os seus olhos brilharam de interesse.
- Olha, cuidando dos interesses do titio. Mas como foi isso, Luiz? – Ele perguntou ao capanga, enquanto enfiava a mão debaixo da minha saia.
- Foi da maneira correta, Senhor. A garota foi nos encontrar, lugar público, mas sem testemunhas. Eu a fiz dormir para que ela não soubesse para onde estava vindo. É uma boa aquisição, Senhor. – O Luiz confirmou e o velho pareceu ter gostado.
- E onde está a garota? – Ele perguntou.
- Ah, titio... – Eu fingi estar gostando do jeito que ele me tocava. – Está no quarto.
- Eu vou vê-la. – Ele tirou a mão de mim e me tirou do seu colo.
Nós fomos até o quarto e eu abri a porta. A Maria Luiza estava amarrada a cama e amordaçada, toda descabelada e com os olhos inchados de tanto chorar. O velho olhou para ela com interesse e se sentou na beirada da cama, ao lado dela. Ele passou os dedos pelo seu rosto e tirou os cabelos que estavam grudados.
- Calma, mocinha. – Ele falou gentilmente para ela. – Eu sou o Senhor. Seja boazinha comigo e eu serei bom com você. Luiz, tirou a mordaça.
- Claro que quer, putinha interesseira. Agora vai, faz o que você sabe fazer de melhor pra me convencer. – Ele se deitou e eu fiz o que ele tanto gostava.
Depois de me vender para aquele velho mais uma vez, eu saí de cima dele, aliviada por ele ter acabado depressa.
- Luiz, você pode levá-la sempre que for a cidade, até segunda ordem. – Ele ordenou ao capanga que estava ali o tempo todo observando o que acontecia. Depois ele se arrumou e saiu dali.
Eu fiquei sozinha e aproveitei para me lavar e tirar o cheiro horrível daquele velho tarado de mim. Uma hora mais tarde o Luiz voltou para o meu apartamento.
- Conseguiu o que queria, sobrinha! – Ele riu. – Agora é a minha vez, afinal, você sabe, se não deixar o tio Luiz feliz, não vai atrás do seu ex noivinho e eu ainda te entrego para o velho. Eu revirei os olhos, mas era assim que as coisas funcionavam nesse lugar.
No dia seguinte pela manhã o Luiz mandou me buscar no apartamento, nós iríamos à cidade, eu começaria o meu plano para reconquistar o Martim e se a imbecil que casou com ele fosse bonita mesmo, eu a entregaria para o titio, como pagamento pela minha liberdade. Horas depois o Luiz estacionou em frente a construtora.
- Vamos lá, sobrinha, fazer o seu estrago! – O Luiz me incentivou. Eu não sabia como justificaria a presença dele comigo, mas não teve forma de convencê-lo a me deixar entrar sozinha.
- Luiz, deixa eu ir sozinha? – Eu pedi uma última vez.
- Já disse que não, piranha! Você não vai passar a perna em mim como as outras duas passaram na sua mãe. Fala pro idiota que você vai enganar que eu sou primo do seu pai. É isso ou nada. – Ele avisou e eu me dei por vencida, era melhor fazer como ele disse, porque eu precisava chegar ao Martim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...