Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 254

“Abigail Zapata Monterrey”

O jantar na casa da Magda foi muito agradável, o que foi uma surpresa. Nós conversamos rimos e eu fiquei feliz em ver que ela e o Tomás estavam se dando tão bem. Mas eu ainda estava preocupada com o que eu havia descoberto. Mas, para a minha alegria, o meu marido me levou pra casa e me fez esquecer os problemas, mesmo que não tenha me feito contar e tenha sido muito mais suave, fazer amor com o Martim era sempre o melhor momento do meu dia. Ele era simplesmente uma delícia! Mas ele estava me rondando essa manhã na cozinha e eu sabia bem por que.

- Coelhinha, como você está se sentindo? – Ele perguntou finalmente.

- Eu estou bem, ursinho. Eu dormi bem, me alimentei bem, estou ótima, pronta para encarar o dia. – Eu sorri e o beijei.

- Sei. Mesmo assim eu vou marcar o médico. – Ele me alertou e eu precisava fazê-lo desistir dessa idéia.

- Ursinho, não se preocupe, eu vou marcar o médico e peço a Magda para ir comigo, você está cheio de trabalho no escritório e fora dele. – Eu tentei dissuadi-lo.

- A Magda? – Ele me encarou. – Olha, eu estou gostando de ver a mudança de vocês duas. E confesso que gostei de ver o bem que ela está fazendo ao Tom.

- Eu também gostei, mas acho que é ele quem faz bem a ele. – Eu comentei e ele apenas sorriu.

Nós fomos para o trabalho no clima agradável de sempre, mas assim que o Martim estacionou, nós notamos uma confusão na entrada. Nós fomos até lá e a tal de Alice estava ali outra vez, discutindo com o segurança.

- Ai, Martim, Martim, diz pra esse bruto me deixar passar. – Ela exigiu como se fosse alguma coisa ali, como se fosse alguma coisa do Martim.

- Ele não vai te deixar passar, Alice. – O Martim respondeu e apertou firme a minha mão. – Eu te disse que quando e se eu tiver alguma notícia eu te ligo, então eu não sei o que você está fazendo aqui.

- Martim, eu quero falar com você. Eu tenho direito de falar com você, só nós dois. – A Alice falou como se eu não estivesse ali.

- Direito, Alice? Você só pode estar louca, você não tem direito a nada e eu não quero falar com você. – O Martim a encarou com o semblante carregado.

- Martim, nós vivemos um grande amor, eu sou a mãe do seu filho. – A tal Alice esperneou. – Por favor, meu amor, você precisa me ouvir com calma, sem interferências.

- Eu não sou o seu amor, eu sou o amor dela, da Abigail. Você é só uma mulherzinha que me seduziu por um tempo, mas felizmente passou. Agora quanto a ser mãe do meu filho, eu não estou muito convencido dessa história, por isso eu estou investigando e se você realmente teve um filho meu, eu vou encontrá-lo, mas não pretendo te dar nenhum direito sobre uma criança que você tenha abandonado. – O Martim surpreendeu até a mim com a resposta que deu.

- Quieta, Pilar, o Martim não sabe! – Eu falei baixo, tentando fazê-la ficar quieta, mas ela estava eufórica e foi difícil sossegá-la. – Posso tirar a mão? – Ela fez que sim e eu a soltei. Ela pulou no meu pescoço.

- Eu vou ser tia! Ai, Abi, que emoção! Porque o meu irmão ainda não sabe? Você tem que contar pra ele agora, ele vai ter um treco de tanta emoção. – A Pilar começou a falar e eu coloquei o dedo sobre a boca para ela parar de falar.

- Senta, Pipa. – Eu peguei os testes nas mãos dela e guardei na bolsa outra vez e depois entreguei a ele a remédio para cólica. – Pode ficar. Agora escuta, eu descobri ontem na casa da Magda, foi ela quem comprou os testes pra mim e eu não contei para o Martim porque, olha a situação em que estamos, Pipa, com aquela mulher dizendo que tem um filho dele e aí eu apareço grávida? Não dá. E eu nem sei se ele vai gostar da notícia, nós nunca falamos sobre filhos.

- Abigail, parou! Esconder isso do meu irmão é dar aquela ordinária o poder que ela quer. Ela quer atrapalhar a vida dele e a sua, você não vai deixar. E eu duvido muito que esse suposto filho realmente exista. – A Pilar tinha razão e eu também não acreditava nessa história de filho.

- O que eu faço, Pipa? Eu não sei como ele vai reagir. – Eu afundei a cabeça em minhas mãos.

- Pois eu sei! Ele vai amar essa notícia, Abi! Conta logo, deixa ele participar de cada momento. O meu irmão merece. – A Pilar incentivou e eu tinha que concordar, ele merecia saber o quanto antes.

- Você tem razão. Eu vou contar hoje à noite. Por favor, só guarda segredo. – Eu pedi e ela fez que sim, muito animada e voltou a me abraçar.