“Emiliano Quintana”
Eu estava muito preocupado com a Abigail, ela tinha ficado tão abalada com as notícias que o Antônio trouxe que o Martim a havia levado para casa. Eu trabalhei o dia todo para que as coisas não se acumulassem e a Pilar me ajudou muito, mesmo estando cuidando da recepção também, colocá-la como assistente havia sido uma boa decisão. A minha bruxinha era mesmo impossível.
- Posso saber qual é a razão desse sorriso? – Ela falou encostada na porta e o meu sorriso ficou ainda maior.
- Sempre você minha bruxinha! – Eu falei e ela se desencostou, fechou e trancou a porta, vindo em minha direção. Eu sabia que ela iria aprontar.
- Já que é assim, talvez ele possa melhorar. – Ela falou ao subir no meu colo. – Sabe, biscoitinho, o expediente já encerrou.
- Então vamos pra casa. – Eu falei constatando a hora.
- Antes você bem que podia fazer uma coisa. – Ela estava toda manhosa.
- Tudo o que você quiser bruxinha. – Eu respondi e recebi o seu sorriso de quem ia aprontar.
- Eu quero que você termine o que nós já começamos aqui algumas vezes. – Ela saiu do meu colo e se afastou. – Naquela porta.
Ela estava usando um vestido preto justinho que tinha um zíper na frente que ia de alto a baixo. Ela segurou o fecho e começou a abrir o zíper, bem devagar, com os olhos em mim. Era uma cena deliciosa de ver e com certeza ela teria o que queria naquela porta, mas eu a deixaria fazer o seu show.
Ela abriu todo o vestido e depois o tirou dos ombros, o deixando cair como um amontoado de tecido no chão. Seu sorriso era de quem sabia que estava provocando e queria mais. Mas depois que o vestido caiu do seu corpo eu percebi que aquela bruxinha abusada estava sem calcinha, apenas com um sutiã preto de tule transparente.
- Sua bruxinha abusada! Onde está a sua calcinha? – Eu perguntei e ela riu.
- Ah, biscoitinho, o vestido é tão justo que se eu colocasse uma calcinha ficaria marcado. – Ela respondeu maliciosa.
- Mas quando saiu de casa essa manhã você tinha uma calcinha, eu me lembro muito bem. – Eu me levantei e fui caminhando lentamente em sua direção.
- Sim, mas eu percebi que estava marcando e a tirei. – Ela deu de ombros.
- E está andando por aí o dia todo sem calcinha, sua bruxinha abusada? Com a bocetinha exposta para qualquer um ver num descuido seu? – Eu a instiguei.
- É, eu estou. – Ela sorriu e eu a alcancei, enlaçando a sua cintura e a prendendo contra a porta.
- Tudo isso pra me provocar, bruxinha? – Eu passei o meu nariz no dela.
- Eu tinha pensado em me sentar em você, na sua cadeira, e cavalgar com os meus peitos esfregando no seu rostinho lindo. – Ela sussurrou e eu imaginei a cena.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...