“Cassandra Nomikos”
Eu estava suspirando pelo Ignácio pelos cantos da casa. Ele era tão lindo, mas tão lindo, que eu não podia acreditar ainda que ele estivesse interessado em mim. Meu pai havia me garantido que ele não era como aquele imprestável do Maurice, que ele era bom e eu sentia isso também, pela forma como ele me tratava, tão diferente do que o Maurice me tratou. Meu celular tocou e eu sorri vendo o nome da razão dos meus suspiros na tela.
- Oi, Ignácio! – Eu atendi tentando não parecer uma menina ansiosa pela ligação do garoto que ela gosta.
- Oi, meu sol! Como você está? – Ele perguntou com aquela voz calma que eu adorava.
- Bem e você?
- Não vou mentir, eu estou ansioso para te ver de novo. – Ele falou e meu coração deu uma cambalhota no peito.
- Isso é bom, eu também gostaria de te ver. – Eu balbuciei.
- Posso te levar para jantar de novo? Quero te ver, quem sabe, continuar de onde paramos ontem, ou melhor, de onde o meu irmão nos interrompeu. Mas te garanto que hoje ele não vai nos interromper, eu troquei as fechaduras. – Ele perguntou com humor.
- Eu vou adorar jantar com você, eu também quero te ver e quero continuar de onde paramos. – Eu estava animada, ansiosa já nem contava, era uma constante desde que ele me entregou o seu cartão.
- Te pego às sete, não consegui sair mais cedo do trabalho hoje e ainda preciso de um banho. – Ele marcou.
- Eu estarei esperando.
- Te mando um beijo, meu sol. Eu estou ansioso para te beijar de novo. – Ele falou, me deixando contando os minutos.
Nós nos despedimos e eu corri para me arrumar, não queria que ele ficasse esperando. Depois do banho, enquanto eu tentava decidir que roupa usar, alguém chamou da porta e eu saí do closet para ver quem era.
- Sof! – Eu caminhei animada para abraçar a minha amiga. – Que bom que você está aqui, vai me ajudar a escolher um vestido especial.
A Sofia era como uma irmã, alguém em quem eu confiava e que eu amava. Quando o meu pai a colocou na Lanoy, eu nem fiquei preocupada, porque embora ela fosse realmente linda, com aqueles cabelos loiros, a pele clarinha e o corpo pequeno, exatamente o tipo de mulher que o Maurice gostava, eu sabia que ela jamais sequer olharia para ele.
- Nossa, mas quanta animação! – Ela sorriu pra mim. – Eu estava preocupada com você, queria ter vindo antes, mas eu acabei de começar na empresa e não quero decepcionar os seus pais, por isso estou trabalhando muito.
- Não se preocupe, Sof, eu sei como é isso. – Eu sorri, sabia que ela se sentia em dívida com os meus pais, mesmo não devendo.
- Então me conta, para quê um vestido especial? – Ela sorriu e caminhou comigo até o closet.
- Para um jantar. – Eu sorri. – Conheci o homem mais gentil e mais lindo do mundo.
- Nossa! Ele deve ser especial. O seu pai já o conhece? – Ela me encarou e eu sabia porque da pergunta.
- Sim e está animado. Meu pai gosta desse. E eu ainda mais! – Eu estava rindo como uma boba.
- Ai, Cassandra, eu fico muito feliz por você! Você merece. – Ela apertou a minha mão. – Mas então é por isso que o seu pai resolveu bancar o santo casamenteiro.
- Como assim? – Eu olhei para ela enquanto procurávamos pelo vestido.
- Ele armou uma situação para me apresentar alguém, só que o alguém que ele me apresentou foi aquele cafajeste, o corretor de imóveis, lembra que te contei? – Ela colocou a mão na cintura.
- Não acredito! E você contou isso para o papai?
- Não, menina, seu pai gosta do cafajeste. Então eu fiz a morta! Fingi que não conhecia o sujeito, aí seu pai e o advogado saíram com uma desculpa esfarrapada e nos deixaram sozinhos. Resumo da ópera, almocei com o cafajeste, pra não levantar suspeitas, porque é claro que o Sr. Nikos deixou alguém de olho, você sabe, seu pai é um amor, mas adora uma fofoca. – Ela riu e tinha razão.
- E eu não sei, ontem estava me espionando atrás da porta da frente quando cheguei com o Ignácio. – Ela arregalou os olhos e nós caímos na risada.
- Ai, amiga, eu até queria um homem bom, interessante, mas está em falta no mercado. – Ela lamentou e eu pensei por um momento.
- Eu também! Eu vou falar com o Max, eu te pego e pegamos a sua amiga no caminho. – Ele definiu e nos despedimos, ele me mandou outro beijo daquele jeito carinhoso.
- Pronto, Sof! Vamos para um jantar a quatro. – Eu falei animada.
- Então eu preciso ir para casa me arrumar.
- Está doida, Sof! Tem tudo aqui, até calcinha nova e você sabe que sempre tem, eu mantenho coisas no seu tamanho para quando você vem e eu consigo te convencer a ficar ou sair comigo. – Eu a lembrei.
- Por que vocês são tão bons comigo? – Ela me olhou emocionada.
- Porque às vezes irmãs nascem de pais diferentes! – Eu falei e a abracei. – Você é parte dessa família, Sof!
- Vocês são muito generosos e eu os amo muito! – Ela me apertou em seu abraço.
- Nós também te amamos. Mas agora, vamos nos arrumar, você me ajuda a ficar linda e eu te ajudo... aff, nem te ajudo a nada, você é linda até vestida de trombadinha. – Eu brinquei me lembrando de como ela se vestia com roupas largas quando era jovem e eu dizia que parecia uma trombadinha.
- Cas. – Ela segurou a minha mão. – Você é linda! Não deixe que os absurdos que aquele crápula te falou te façam duvidar disso.
Eu a abracei, grata por tê-la por perto e torcendo para que o irmão do Ignácio e ela se dessem bem.
N.A.:
Queridos... como estão? Eu falei lá no “Chefe Irresistível” que o “Contrato para o caos” está em reta final e sim, estamos, mas calma, não é que acaba essa semana, nós vamos dar finais maravilhosos para todos esses personagens e castigos especiais para todos esses vilões. Acho que vocês vão gostar do que virá por aqui, porque até o final, esses irmãos Monterrey ainda vão nos fazer rir um bocado.
Ah, sobre capítulo extra, eu sei que devo um aqui para vocês, em breve eu faço uma surpresa.
Beijo no coração!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...