“Sofia Almeida”
Eu era tão grata a família Nomikos, eles nunca me abandonaram e sempre me trataram como parte da família. E a Cassandra realmente era especial, me tratava como uma irmã e isso era muito mais do que eu achava que merecia. As roupas que ela compravam para mim eram finíssimas e lindas. Eu me arrumei rapidamente e nós maquiados uma a outra, como fazíamos quando éramos adolescentes. Eu estava feliz por sair com ela, há muito tempo não fazíamos isso, desde que eu fui fazer minha especialização fora e ela se meteu com o traste do Maurice, como dizia o Sr. Nikos.
- E, então o que você acha? – Ela perguntou exibindo o seu vestido bordô, justinho e de alças.
- Você está linda, Cas! – Eu admirava suas curvas, seu quadril mais largo, seus seios que enchiam o decote, diferente de mim, pequena e com curvas suaves. A Cassandra era voluptuosa e isso era sexy! – E eu? – Eu perguntei passando a mão sobre o vestido verde esmeralda, da cor dos olhos daquele cafajeste do Maximilian.
- Você está maravilhosa, Sof! Mas você sempre está, você ficaria maravilhosa vestida com um saco de lixo. –Eu rir do seu comentário, a Cassandra achava todo mundo bonito, mas não conseguia ver o qua no ela própria era linda! – Vamos descer, eles já devem estar chegando.
Nós fomos para a sala e o Sr. Nikos e a D. Helena estavam sentados lá, abraçados como um casal de namorados compartilhando segredos. Os olhos deles brilharam quando me viram ali, eles viviam insistindo que eu me mudasse para a casa deles, mas eu sempre resisti a isso, gostava de ter o meu cantinho.
- Minhas meninas estão lindas! Isso significa que tem rapazes vindo aí. – A D. Helena perguntou e nós rimos.
- Sim, mamãe, vou apresentar a Sof para o irmão do Ignácio. – A Cassandra respondeu animada.
-Ah, Sofia, um rapaz realmente adorável e pelo que o Nikos diz a família inteira é assim. Mas ele também é lindo, então o irmão deve ser igual. – A D. Helena falou em tom de confidência, me fazendo rir.
- Exatamente, mamãe, lindo igual! – A Cassandra frisou.
Mas o problema todo foi umas semanas depois, eu fui a uma boate com alguns amigos e cafajeste estava lá e no meio de tanta gente ele me viu. E no final da noite, eu acabei cedendo as investidas dele. Se arrependimento matasse eu estaria esturricada por um raio. Mas eu não era de ferro, estava carente, sem um namorado há tanto tempo, então porque não? Até porque bonito aquele cafajeste era, bonito até demais, com aquele corpo sarado, aqueles olhos verdes, a boca carnuda e aquele charme quase irresistível. Por isso ele era um cafajeste, bonito e charmoso, tinha que ser cafajeste.
Eu levei aquele cafajeste pra casa e é claro que ele era uma delícia e nós realmente tínhamos química, como ele disse, mas a coisa degringolou depois disso e eu pensei que nunca mais o veria, mas parece que o destino estava de brincadeira comigo e eu vivia encontrando com ele. Eu já tinha encontrado com ele no shopping, no prédio onde eu morava e até no edifício da Lanoy, e sempre que nos encontrávamos era uma discussão porque depois que dormimos juntos, nós até chegamos a marcar um encontro, mas eu me atrasei quinze minutos e quando cheguei ele já estava com outra. Felizmente ele nem me viu e eu fui embora de fininho. Mas ele ainda se achava no direito de reclamar que eu o deixei plantado!
E enquanto eu relembrava a minha decepção com o cafajeste aporta foi aberta e eu mal acreditei no que eu vi, o Maximilian e um clone, um clone tão perfeito que eu nem sabia dizer qual era o Maximilian que eu odiava! Meu queixo caiu e eu nem conseguia falar. Eu senti os olhos da Cassandra sobre mim e olhei rapidamente para ela, sussurrando um é ele e vendo o rosto dela em choque, talvez por não saber a qual eu me referia, mas eu nunca imaginei que o Maximilian tivesse um irmão gêmeo, e eu apenas sabia que não era ele o namorado da Cassandra porque a ouvi chama-lo pelo nome quando ela ligou para ele.
E quando eu vi o Maximilian entrando e distribuindo sorrisos e simpatia como um cordeirinho, eu morri de raiva! E pra piorar a minha situação, eu teria que sair dali com ele ou teria que me explicar muito. E eu não estava nem um pouco empolgada em ter que explicar para o Sr. Nikos a verdade, que eu levei um estranho pra casa uma noite e que ele era um cafajeste.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...