“Maximilian Monterrey”
Depois de conversar com aquela antipática eu tinha ganhado o meu dia! Ela estava muito irritada, mas muito irritada mesmo e não aguentou fingir mais. Isso era muito bom, mas mesmo assim, eu precisava se uma visão feminina sobre o panorama, porque aquela antipática ia aprontar. Então eu liguei para a Natália e pedi que ela me encontrasse na construtora, eu pediria ajuda das profissionais, porque em se tratando de aprontar, minhas irmãs e a Abigail eram as melhores.
- O que você quer, Max? – A Pilar estreitou os olhos pra mim e foi disparando antes que eu estivesse dentro da construtora.
- Nossa, irmãzinha, é bom te ver também! Eu não posso sentir saudade de vocês e vir fazer uma visita? Ninguém liga mais pra mim, então eu tenho que ficar andando atrás de vocês igual a um cachorrinho triste. – Eu caprichei na minha tentativa para derreter o coraçãozinho de pedra da minha irmã.
- Meu deus, Max, de onde nossos pais tiraram um filho tão dramático assim? – A Pilar colocou a mão no rosto. – Faz um favor pra mim, bem menos drama!
- Nossa, Pipa, assim você me magoa, você sabe que eu tenho um coração sensível. – Eu reclamei.
- Max, menos! A Nat ligou, já deve estar chegando, você não nos reuniria a troco de nada. – A Pilar não era boba.
- E onde está a Abi? – Eu quis saber.
- Na sala dela. A Nat chegou. – A Pilar se levantou e chamou a estagiária para substituí-la por um momento.
- Esqueceu o acessório, Nat? – Eu perguntei sentindo falta do Mário.
- Acessório é o que você vai virar se fizer mais uma gracinha. O Mário teve que viajar. – A Natália parecia emburrada.
- E você não foi com ele por quê? – Eu estava curioso, mas o olhar que ela me deu dizia claramente que não era da minha conta.
Nós fomos para a sala da Abigail e, como se tivessem sido avisados, o Martim e o Emiliano brotaram lá.
- Onde está o Mário, Nat? – O Martim perguntou e ganhou o mesmo olhar que eu e um silêncio gélido.
Tinha algo acontecendo, mas se aquele panaca achava que ia aprontar com a minha irmã, ele estava muito enganado. Depois eu investigaria isso.
- Vai, Max, fala logo o que você quer, porque por aqui nós trabalhamos, não ficamos batendo pernas por aí. – A Pilar falou com toda a sua simpatia esquecida num cofrinho.
- Nossa, olha como são as coisas, nós buscamos apoio no seio familiar e olha o que encontramos... – Eu comecei a falar, mas minhas irmãs estavam um tanto mal humoradas.
- Max, menos! Bem menos! – A Natália avisou e eu achei que aquilo poderia ser uma onda de mau humor coletiva, então era melhor não provocá-las.
- Meninas, suponhamos que uma garota quer se livrar de um cara com quem ela teve uma noite incrível, mas não quer admitir e... – Eu ainda estava formulando a questão, mas elas estavam muito impacientes.
- Resumindo, tem uma garota tentando se livrar de você. Só deixa a coitada em paz, Max! – A Pilar sugeriu antes de ver o panorama completo.
- Não é tão simples assim, Pipa! Dá pra ouvir? – Eu a encarei e ela deu de ombros. Eu suspirei. – Tá, eu conheci uma garota um tempo atrás, ela é uma antipática, mas é linda. Ela me deu o fora a noite inteira, mas no fim da noite me levou pra casa e foi bom demais.
- Espera, espera, é a que te deu o bolo? – O Emiliano perguntou e eu revirei os olhos pra ele.
- Não acredito, você já levou um bolo de uma mulher? Ah, mas isso vale ouro! Acabou de deixar o meu dia feliz, Emi! – A Natália riu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...