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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 302

“Maximilian Monterrei”

Nós fomos para a sala do Emiliano e eu estava dividido entre criar um plano contra a Sofia e saber o que estava acontecendo com a Natália. Mas a Natália não queria contar e o horário do almoço com a Sofia estava chegando.

- O que eu vou fazer com essa mulher, gente? – Eu perguntei ao Martim e ao Emiliano que estavam de orelhas grudadas na parede e fizeram um “shhhh” pra mim que parecia mais um pneu de bicicleta vazando.

- Droga, não dá pra ouvir! – O Emiliano lamentou, sem perceber que a Abigail havia entrado na sala.

- Que feio vocês dois! – A Abigail os encarou. – E é por isso que nós vamos até a cafeteria.

- Coelhinha, não acho bom você sair. – O Martim pediu a esposa.

- Os seguranças vão nos acompanhar, pode ficar tranquilo, ursinho, nada vai dar errado! – Ela se aproximou do meu irmão e deu um beijo nele e depois saiu.

- Já que não podemos ouvi-las, vamos ouvir o bebê chorão da mamãe. – O Martim se sentou ao meu lado.

- Não tem graça. Ela vai me infernizar e eu não quero perder a aposta pra ela. – Eu estava preocupado.

- Aposta? – O Emiliano riu.

- Sim, de quem desiste primeiro! – Eu falei meio chateado.

- E você acreditou mesmo naquelas três? Que não tem nada que você pode fazer? Você não entende nada de mulheres mesmo. – O Emiliano bufou.

- E o que eu faço então? – Eu estava num dilema, daqueles que pareciam não ter saída.

- Simples, quanto mais ela grudar em você, mais você gruda nela. Se ela não te suporta, ela não vai aguentar. – O Martim sugeriu e eu pensei que talvez ele tivesse razão, ela já tinha surtado com um buquê de flores.

- Isso mesmo, o que você tem que fazer é achar lindo tudo o que ela fizer para te chatear. Se a cada coisa que ela fizer para te obrigar a desistir você parecer gostar e ficar mais grudado nela, ela vai ficar frustrada e vai acabar jogando tudo para o alto. – O Emiliano explicou e eu me lembrei do lance das músicas no rádio, ela pareceu mesmo confusa.

- Ótimo! Já sei o que fazer. Essa antipática vai se arrepender de ter me desafiado. Mas agora, o que nós vamos fazer com a Nat? – Eu perguntei e o Martim e o Emiliano se olharam.

- Eu vou ligar para o Mário, ver se descubro algo, a Nat está estranha mesmo. – O Emiliano concordou e pegou o telefone, fazendo a chamada no viva voz.

- Oi, Emiliano, algum problema? – O Mário atendeu com a voz muito séria.

- Não, problema nenhum, só achei estranho a Nat aparecer aqui na construtora sozinha hoje. – O Emiliano respondeu.

- Droga, eu pedi para ela não sair! Ela pelo menos levou a equipe de segurança? – O Emiliano olhou pra mim e eu fiz que não, minha irmã tinha chegado sozinha.

- Não, nenhum deles. Isso não deveria acontecer. – O Emiliano respondeu.

- Não, não deveria, mas eu precisei viajar. – O Mário falou simplesmente.

- Sei. E você vai ficar muito tempo fora? – O Emiliano perguntou.

- Qual a razão do interrogatório, Emiliano? – O Mário parecia tão nervoso quanto a Natália.

- Se você for demorar a voltar eu vou levá-la pra minha casa, pra ficar comigo e a Pilar. É mais seguro que deixá-la sozinha na sua casa, você não acha? – O Emiliano falou com o Mário com uma certa irritação.

- Ué, elas vão querer sair em quatro de novo? – Eu olhei para o Ignácio confuso.

- É o que parece. Mas não me surpreende. – O Ignácio me observou, eu ainda estava preocupado com a Natália. – Está tudo bem?

- Está sim. – Eu me apressei em responder, não era hora de falar sobre as minhas preocupações.

A porta foi aberta pela mesma senhora simpática que abriu na noite anterior, ela nos deixou na sala, avisando que a Cassandra e a Sofia não demorariam a descer. Não demoraram, mas o sorriso no rosto da Sofia me deixou desconfiado. Enquanto o Ignácio cumprimentava a Cassandra com um beijo na boca, eu cumprimentei a Sofia com um beijo na mão. A antipática estava linda num vestido floral leve.

- E então, garotas, o que vamos fazer hoje? – Eu perguntei com um sorriso.

- Ah, meus genros! – O Sr. Nikos entrou bastante animado, segurando a mão da esposa. – Meninas, espero que tenham convidado os rapazes para almoçar conosco.

- Papai, nós pensamos em... – A Cassandra tentou pará-lo, mas o pai era como um furacão.

- Ah, querida, vocês não podem dar o prazer da companhia de vocês a esses velhos cansados? – Ele perguntou para a filha e olhou para a Sofia que estava de olhos arregalados.

- Sr. Nikos, talvez o Max e o Ignácio tenham outros planos. – A Sofia estava tentando evitar aquele almoço.

- Ah, Sof, será um prazer me juntar ao Sr. Nikos e a D. Helena. E depois nós podemos fazer um passeio, eu tirei a tarde de folga só para ficar com você! – Eu toquei o queixo dela com o dedo, num gesto carinhoso e vi o esforço que ela fez para não perder a paciência.

- Ai que lindo! Meninas, vocês encontraram dois rapazes que valem o peso em ouro. – A D. Helena engrossou o coro ao meu favor, esse almoço seria uma diversão!

- Bom, então almoçamos todos juntos! – O Sr. Nikos respondeu sorridente e eu computei a minha vitória como certa, com toda essa pressão, a antipática não resistiria nem um dia.

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