“Maximilian Monterrei”
Nós fomos para a sala do Emiliano e eu estava dividido entre criar um plano contra a Sofia e saber o que estava acontecendo com a Natália. Mas a Natália não queria contar e o horário do almoço com a Sofia estava chegando.
- O que eu vou fazer com essa mulher, gente? – Eu perguntei ao Martim e ao Emiliano que estavam de orelhas grudadas na parede e fizeram um “shhhh” pra mim que parecia mais um pneu de bicicleta vazando.
- Droga, não dá pra ouvir! – O Emiliano lamentou, sem perceber que a Abigail havia entrado na sala.
- Que feio vocês dois! – A Abigail os encarou. – E é por isso que nós vamos até a cafeteria.
- Coelhinha, não acho bom você sair. – O Martim pediu a esposa.
- Os seguranças vão nos acompanhar, pode ficar tranquilo, ursinho, nada vai dar errado! – Ela se aproximou do meu irmão e deu um beijo nele e depois saiu.
- Já que não podemos ouvi-las, vamos ouvir o bebê chorão da mamãe. – O Martim se sentou ao meu lado.
- Não tem graça. Ela vai me infernizar e eu não quero perder a aposta pra ela. – Eu estava preocupado.
- Aposta? – O Emiliano riu.
- Sim, de quem desiste primeiro! – Eu falei meio chateado.
- E você acreditou mesmo naquelas três? Que não tem nada que você pode fazer? Você não entende nada de mulheres mesmo. – O Emiliano bufou.
- E o que eu faço então? – Eu estava num dilema, daqueles que pareciam não ter saída.
- Simples, quanto mais ela grudar em você, mais você gruda nela. Se ela não te suporta, ela não vai aguentar. – O Martim sugeriu e eu pensei que talvez ele tivesse razão, ela já tinha surtado com um buquê de flores.
- Isso mesmo, o que você tem que fazer é achar lindo tudo o que ela fizer para te chatear. Se a cada coisa que ela fizer para te obrigar a desistir você parecer gostar e ficar mais grudado nela, ela vai ficar frustrada e vai acabar jogando tudo para o alto. – O Emiliano explicou e eu me lembrei do lance das músicas no rádio, ela pareceu mesmo confusa.
- Ótimo! Já sei o que fazer. Essa antipática vai se arrepender de ter me desafiado. Mas agora, o que nós vamos fazer com a Nat? – Eu perguntei e o Martim e o Emiliano se olharam.
- Eu vou ligar para o Mário, ver se descubro algo, a Nat está estranha mesmo. – O Emiliano concordou e pegou o telefone, fazendo a chamada no viva voz.
- Oi, Emiliano, algum problema? – O Mário atendeu com a voz muito séria.
- Não, problema nenhum, só achei estranho a Nat aparecer aqui na construtora sozinha hoje. – O Emiliano respondeu.
- Droga, eu pedi para ela não sair! Ela pelo menos levou a equipe de segurança? – O Emiliano olhou pra mim e eu fiz que não, minha irmã tinha chegado sozinha.
- Não, nenhum deles. Isso não deveria acontecer. – O Emiliano respondeu.
- Não, não deveria, mas eu precisei viajar. – O Mário falou simplesmente.
- Sei. E você vai ficar muito tempo fora? – O Emiliano perguntou.
- Qual a razão do interrogatório, Emiliano? – O Mário parecia tão nervoso quanto a Natália.
- Se você for demorar a voltar eu vou levá-la pra minha casa, pra ficar comigo e a Pilar. É mais seguro que deixá-la sozinha na sua casa, você não acha? – O Emiliano falou com o Mário com uma certa irritação.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...