“Sofia Almeida”
Quando eu abri os olhos de manhã eu estava praticamente em cima do cafajeste, ele estava deitado de bruços, com o rosto virado em minha direção e um braço passado sobre mim. Eu estava agarrada a ele com um braço em suas costas e uma perna sobre ele. Nossos rostos estavam quase colados, eu podia vê-lo de perto, bem de perto, enquanto sentia o seu perfume.
O toque em sua pele, o cheiro bom que ele tinha, a visão daquele homem bonito ao meu lado, causava uma enorme confusão em meus sentidos e me dava vontade de senti-lo na minha língua, passar a minha mão sobre a pele dele era inevitável e eu aproveitei enquanto ele dormia para sentir os músculos rígidos das suas costas, passei a mão de um lado a outro, desci sentindo sua pele quente sob os meus dedos e eu quase me atrevi a enfiar a minha mão sob a sua cueca e tocar aquela bundinha perfeita que ele tinha.
- Está gostando, antipática? – Eu ouvi a sua voz, baixa, um ritmo mais lento e uma entonação suave.
Eu tentei disfarçar, recolhi a minha mão depressa e tentei me afastar, mas não fui a lugar algum, ele me manteve no mesmo lugar e eu apenas havia dado a ele espaço suficiente para que colocasse o seu corpo sobre o meu. Seus olhos verdes me encaravam e o seu sorriso brincava com o meu juízo. Eu não estava preparada para toda a intimidade de acordar ao lado desse homem.
- Não adianta disfarçar, antipática, você estava se aproveitando do meu corpinho! – Ele falou todo convencido e eu quis empurrá-lo para o chão, mas ele era muito maior que eu e eu não tive força suficiente para movê-lo nem por meio centímetro.
- Isso é questão de ponto de vista, de onde eu vejo, eu acho que é você quem está se aproveitando do meu corpo, cafa! – Eu olhei para baixo e ele seguiu os meus olhos.
A camiseta que eu usava havia subido até a minha cintura e ele estava encaixado entre as minhas pernas, eu podia sentir todo o vigor do seu membro rígido cutucando o meu sexo através das nossas roupas íntimas, assim como sentia o seu peito esmagando os meus seios que estavam se deliciando com o seu peso e o seu calor.
- Eu só estou esperando o meu beijo de bom dia. – Ele falou desc aradamente.
- Não é o que parece. – Eu o provoquei, mexendo, ou tentando mexer, o meu quadril debaixo dele.
- Ah, gracinha, isso é só uma ereção matinal, não se empolgue tanto. Eu já disse, meu corpinho você só terá de novo depois do casamento, eu sou um rapaz de família. – Ele repetiu o seu discurso chinfrim pra mim e eu ri.
- Será, chuchuzinho? Será que você resiste no celibato até o casamento? Porque, você sabe, se me trair o Sr. Nikos vai se decepcionar com o rapaz de família. – Eu o provoquei e passei as pernas em sua cintura.
- Está me tentando, gracinha? Vai precisar de mais do que isso. Você não conhece a determinação de um Monterrey. – Ele sorriu. – Agora o meu beijo.
- Eu também adorei essa calcinha em você! – Ele sussurrou e sua voz era tão sexy quanto o modo que ele me tocava, com a sua mão inteira cobrindo o meu sexo.
- Cafa, nós podemos fazer uma trégua. – Eu propus, porque na verdade eu estava desejando o corpo dele no meu mais do que eu imaginei que fosse possível.
- Nós podemos. – Ele sussurrou, mordeu a minha orelha e enfiou a mão dentro da minha calcinha. – Que delícia!
Seus dedos me provocaram e eu já estava me mexendo sobre a banqueta, mas de repente ele tirou a sua mão de mim, levou o dedo à boca e o chupou, com os olhos fechados.
- Sabe qual é o problema de darmos uma trégua, antipática? Isso vai nos fazer perder o foco. – Ele sorriu e deu um beijo no meu rosto. – Eu sei que você me quer, muito, e não adianta negar, eu estava sentindo você. Mas eu sou um rapaz de família, então, minha gracinha, mais do que uns beijinhos... – ele deu a volta no balcão e parou em minha frente - ...só casando! Mas você é uma delícia! – Ele piscou pra mim e se serviu de café.
Quando ele me deixou em casa eu estava irritada e frustrada, mas determinada a levar em frente o plano da Cassandra, eu grudaria nele, seria insuportavelmente carente, eu faria aquele chuchuzinho se arrepender do dia em que cruzou o meu caminho, ele se revelaria para o Sr. Nikos e eu me livraria daquele cafajeste fingindo ser santo. E eu começaria hoje mesmo, com uma visitinha surpresa no trabalho dele.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...