Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 314

“Natália Monterrey”

Eu estava sentada no chão da sala brincando com os cachorros, quando a Abigail e o Martim chegaram, mas eles não estavam sozinhos. Quando eu levantei os meus olhos eu vi o Mário de pé olhando pra mim. Eu respirei fundo e me levantei, claro que eu ouviria o que ele tinha a dizer, por mais que eu pensasse que poderia me magoar.

- Nós vamos estar lá em cima, caso você precise. – O Martim falou e levou a Abigail, chamando os cachorros para o andar de cima.

- Oi, boneca! – O Mário me olhou com um sorriso fraco.

- Sente-se. – Eu apontei o sofá, mas ele deu um passo em minha direção para me abraçar, mas eu ergui a mão e fiz que não. Ele deu um suspiro profundo, como se aquilo o magoasse e se sentou onde eu havia apontado.

- Nat, eu cometi um erro tentando fazer a coisa certa. – Ele começou a falar e eu reparei nas olheiras que ele tinha, enormes e pretas, de quem não havia dormido por dois dias. – Eu recebi uma ligação no meio da noite e tive que ir, te deixei um bilhete, porque eu não quis te acordar.

- Sim, até aí tudo bem, eu entendo que você é um empresário com negócios em muitos lugares e que imprevistos podem acontecer. – Eu respondi calmamente.

- Então, boneca, qual foi o problema? Por que você saiu de casa assim? Você não imagina como eu fiquei louco, eu parei de pensar, eu só sentia coisas horríveis e desespero. – Eu não podia acreditar que ele estivesse me perguntando aquilo, mas eu responderia cada pergunta, não deixaria nada para ele imaginar, como ele fez comigo.

- Porque eu te liguei várias vezes e você não atendeu, porque eu te mandei mensagens, querendo saber se estava tudo bem e você não respondeu, porque você desligou o telefone e porque nós não somos casados e nem moramos juntos, aliás, não somos nem namorados, eu estava passando uma temporada na sua casa e no momento em que você foi embora eu não me senti à vontade para continuar ocupando o seu espaço. Resumindo, pereceu que você estava colocando um ponto final na nossa relação, seja lá o que ela fosse, e eu fiz o correto, saí da sua casa. – Eu falei com calma, cada palavra colocada claramente e quando terminei ele estava ajoelhado diante de mim, segurando o meu rosto.

- Nós não somos namorados, você está certa. – Ele falou e rasgou o meu coração um pouco mais. – Nós somos muito mais do que isso, achei que você tivesse entendido, mas eu deveria ter dito as palavras certas. Aquele lugar não é a minha casa, não se você não estiver lá!

- O que isso significa, Mário? – Eu perguntei, tentando segurar o choro que já se acumulava nos meus olhos marejados.

- Isso significa, Natália, que eu me apaixonei por você de uma maneira desenfreada e inadvertida. E eu nem posso imaginar que você não divida um teto comigo. – Eu achei que estivesse escutando errado, que meus ouvidos estivessem me traindo.

- O que você está dizendo? – Eu perguntei e uma lágrima desceu.

- Eu estou dizendo que eu estou apaixonado, boneca, que eu preciso de você ao meu lado e que eu não vou fazer isso de novo. – Ele repetiu e me olhou ansioso. – Diz, Nat, que sente alguma coisa por mim, que não foi só tesão. Você me disse que não iria a lugar nenhum e eu confiei, Nat, me diz que eu não estava errado em confiar em você.

- Mas você foi embora e me ignorou. – Eu deixei as lágrimas caírem, eu já as tinha segurado por tempo demais.

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