“Ignácio Monterrey”
Essa noite finalmente eu teria a Cassandra só pra mim. Eu já havia combinado com ela e estava com tudo preparado para recebê-la em minha casa, fui buscá-la e sentia a ansiedade no meu coração como um garoto. Ela saiu de casa usando um vestido leve e solto, de uma cor azul muito viva, que a deixava ainda mais linda.
- E então, o que nós vamos fazer hoje? – Ela me perguntou animada dentro do carro.
- Hoje eu vou cozinhar para você. – Eu levei sua mão aos lábios e dei um beijo.
- Olha, cheio de dotes! E você é um bom cozinheiro? – Ela me perguntou brincalhona.
- Bom, minha mãe é uma cozinheira maravilhosa e eu aprendi algumas coisas com ela, então eu sou bem confiante. – Eu sorri. Eu andava sorrindo muito desde que ela entrou em minha vida, eu não era assim antes.
- Ai, eu adorei a sua mãe! – Ela sorriu. – Aliás, seus pais, são tão calorosos, como os meus, eu gosto tanto disso!
- Ah, que bom! Eu também gosto, embora eu seja o membro mais sério da família. – Eu sorri.
- Eu gosto do membro mais sério da família, gosto muito! – Ela falou e eu mal cabia em mim de felicidade.
- Que bom que você gosta, porque ele te adora, está realmente fascinado por você. – Eu a encarei enquanto parei em um sinal vermelho e vi o sorriso se desenrolar em seu rosto.
Quando entramos no meu apartamento, eu me certifiquei de trancar bem a porta, essa noite nada atrapalharia os meus planos, nada e ninguém interromperia o que eu tinha planejado. Mas eu já estava ansioso por um beijo dela, um beijo de verdade, de tirar o fôlego, então depois de trancar a porta eu caminhei depressa até ela e a peguei pela cintura.
- Você não imagina o quanto eu quero te beijar! – Eu falei antes de capturar a sua boca na minha.
Eu fui direto ao paraíso, sentindo cada sensação, seus braços passando pelo meu pescoço, seu corpo se encostando no meu, seus lábios se abrindo e sua língua procurando pela minha. Era uma delícia beijá-la! Meu corpo inteiro despertava quando ela estava em meus braços me beijando daquele jeito. Eu esquecia de todo o resto.
- Eu também queria muito te beijar. – Ela sussurrou antes que a sua boca deixasse a minha completamente.
- Isso é muito bom. – Eu dei mais um beijinho nela. – Vem, vou me exibir pra você na cozinha.
Eu a levei comigo, a coloquei sentada na banqueta em frente ao balcão e abri o vinho, servindo uma taça a ela. Nós fizemos um brinde e eu tirei da geladeira os ingredientes que já havia preparado, seria rápido e fácil um tagliatelle carbonara que minha mãe havia me ensinado a fazer bem. Eu rapidamente preparei a massa caseira, enquanto tomávamos o vinho e conversávamos. Quando servi o jantar ela saboreou a massa com aquele jeitinho que eu adorava, fechando os olhos e passando a língua nos lábios, de uma forma muito sedutora.
Depois do jantar eu a levei para o sofá o mesmo lugar onde fomos interrompidos pelo meu irmão e nós continuamos conversando enquanto ainda bebíamos o vinho. Era tão fácil com ela, não nos faltava assunto e eu adorava ouvir cada coisa que ela contava. Num dado momento eu passei a mão por uma mecha do seu cabelo e a coloquei atrás da orelha.
- Eu adoro o seu cabelo, é tão lindo! – Eu comentei sem nem pensar, foi natural e espontâneo.
Ela sorriu e abaixou os olhos, como que encabulada, eu percebi mais uma vez que os elogios não lhe eram comuns e eu queria elogiá-la o tempo todo.
- Você não sabe que é linda. Deixa eu te contar? Porque você é muito linda, em cada detalhe e no todo, linda por dentro, estonteante por fora. Seu sorriso me desarma completamente, me coloca na palma da sua mão. Sua pele brilha como se tivesse pequenos raios de sol incrustados nela.
- É por isso que você me chama de sol? – Ela sorriu pra mim e eu me senti aquecido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...