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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 321

“Natália Monterrey”

Eu acordei agarrada ao Mário, como se tivesse medo que ele saísse outra vez e me deixasse novamente sozinha. Apertei um pouco mais os meus braços em torno dele, como se precisasse mantê-lo ali e ouvi sua risadinha.

- Eu não vou a lugar nenhum minha boneca. Não vou mais. – Ele respondeu como se lesse os meus pensamentos.

- Que bom! – Eu respondi. – Acho que dormi demais.

- Não dormiu não, nós passamos a noite praticamente acordados. – Ele me lembrou e cada segundo de sono perdido havia valido a pena.

- Está chovendo? – Meus olhos foram atraídos para a porta que dava para a sacada.

- Sim, começou já tem um tempo. – Ele respondeu.

- Você não dormiu? – Eu perguntei curiosa por ele saber quando a chuva começou.

- Não consegui, depois do horror que eu passei achando que tinha perdido você, eu estava feliz demais para conseguir dormir. – Ele revelou e eu sorri.

- Sabe, a Abigail e o Martim fizeram um trato antes de se casarem, de nunca mentir um para o outro. Isso funciona pra eles, das coisas mais idiotas até as mais importantes, eles contam tudo um para o outro. – Eu me lembrei de que a Abigail já tinha dito como isso fez a diferença para ela e o meu irmão.

- Eu acho uma ótima idéia. – Ele falou antes que eu dissesse qualquer outra coisa. – Natália, você tem a minha palavra, eu nunca vou mentir para você e não vou mais omitir nada. Você confia em mim?

- Eu confio em você e também te dou a minha palavra de que eu nunca vou mentir ou omitir qualquer coisa de você. – Eu respondi. – Você confia em mim?

- Eu confio em você cegamente. – Ele respondeu e me deu um beijo. – Bom dia!

- Bom dia! - Eu retribuí com um sorriso.

- O que você acha de passarmos o dia na cama, curtindo esse tempinho frio bem agarradinhos e matando a saudade? – Ele convidou e era um convite que eu nunca recusaria.

- Eu vou adorar! – Eu estava animada com a idéia.

- Ótimo! Porque eu já tinha pedido para trazerem o café da manhã. – Ele sorriu e se levantou para pegar uma bandeja grande sobre a mesa e trazê-la para cima da cama.

- Vou ficar mal acostumada assim. – Eu brinquei e ele me deu um beijo.

- Essa é a idéia! – Ele se virou e tirou alguma coisa da gaveta da mesinha de cabeceira. Era uma caixinha de veludo preta. Ele a abriu solenemente e a mostrou pra mim, meus olhos pularam das órbitas. – Natália, eu nunca senti uma necessidade tão grande de proteger alguém, eu nunca senti tanto medo de perder alguém, eu nunca antes de você havia amado alguém. Você ocupou o seu lugar na minha vida, um lugar que sempre esteve vago e sempre foi seu, porque eu estive procurando por você a vida inteira. Eu não posso viver sem você nem mais um dia. Casa comigo, Natália? Entra de vez na minha vida e não vai embora nunca mais.

- Mário! – Eu olhei para o anel de diamante exibido em minha frente. Era lindo e requintado, e a pedra no centro dele poderia deixar alguém cedo de tanto que brilhava.

- Diz que sim, Nat, diz que você aceita, que você me ama o suficiente para dar esse passo comigo. Eu quero você do meu lado todos os dias. Eu não quero esperar por algo que é inevitável, eu não quero esperar porque eu sei que eu te amo. – Ele olhava pra mim e havia honestidade e franqueza em seus olhos.

- Quando você decidiu isso? – Eu perguntei atônita.

- Quando eu te trouxe aqui a primeira vez, eu estava no escritório e te vi deitada na espreguiçadeira perto do lago, linda. Eu sabia que eu estava perdido, que nenhuma outra mulher me interessaria mais. Mas naquele dia, na sala de jantar da nossa casa, ali eu tive certeza de que eu te amo mais do que tudo no mundo. Eu só estava esperando os seus pais voltarem, mas não dá mais para esperar, porque eu amo você e eu quero você comigo. – Ele insistiu e não haveria outra resposta para ele.

- Sim, Mário! – Eu deixei as lágrimas caírem porque eu estava emocionada. – Sim, eu me caso com você, porque eu te amo, amo muito mais do que o suficiente. E eu também quero você ao meu lado todos os dias.

- Com a promessa de que você tem o meu amor, a minha lealdade e a verdade sempre. – Ele tirou o anel da caixinha e colocou no meu dedo devagar, depois beijou a minha mão e em seguida me puxou para um beijo de verdade, um beijo de lábios, colados, línguas emaranhadas e abraço apertado.

No minuto seguinte nós já éramos apenas um, perdidos no momento, nos entregando totalmente a paixão que nos consumia, ao amor que nos dominava. Eu era dele, irrevogavelmente, fui dele no minuto em que o vi. E ele era meu, Eu não duvidava disso.

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