Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 330

“Sofia Almeida”

Eu saí do apartamento do Maximilian essa manhã e fui visitar o Sr. Nikos e a D. Helena. Eu fazia isso todo sábado, eu almoçava com eles e depois ia dar uma volta. Mas quando o Sr. Nikos recebeu aquela ligação, com o convite para um almoço na casa do irmão do cafajeste, eu tentei me esquivar, sem sucesso, óbvio, porque aquele grego não sabia o significado de “não, obrigada”. Geralmente, eu achava adorável a forma como ele se empenhava para receber um “sim”, mas naquele momento eu queria que ele não fosse tão persistente.

No entanto, não teve jeito, eu não me livraria do almoço em família. E logo que chegamos é claro que o Maximilian grudou em mim, eu não dei um passo mais sem que ele estivesse me tocando ou me dando beijinhos como o mais apaixonado dos homens. Claro que ele estava se vingando por ter sido deixado amarrado e nu naquela cama.

- Sai pra lá, cachorrinho carente! – Eu sussurrei pra ele e ele sorriu.

- Não posso! Depois do que você fez essa manhã. Não dá, gracinha, não vivo mais sem você! – Ele sussurrou de volta pra mim e beijou a minha orelha.

Eu deu uma cotovelada nele, disfarçadamente, mas ele disfarçou e apertou ainda mais a minha cintura.

- Assim eu apaixono, gracinha! – Ele sussurrou com a voz divertida.

- Eu vou acabar com você, cafa. – Eu falei com os dentes cerrados.

Mas não bastava eu estar ali sob tanta pressão, não bastava o cachorrinho estar com as patas e o focinho sobre mim, a coisa ficou pior. Quando a porta se abriu e aquela mulher entrou, eu senti a sala rodar e o chão desaparecer dos meus pés. Eu não podia acreditar que eu estava naquela situação.

Aquela mulher... a mulher do dia em que ele marcou comigo e encontrou outra, a mulher que eu vi com ele. O que aquilo significava? O que aquele cafajeste estava aprontando comigo? Se ele pensava que me faria de idiota ele estava enganado. Eu vi a mulher correr para abraçar o rapaz loiro e eu não estava entendendo mais nada. A única coisa que eu entendi foi que o rapaz era filho dela, o que me surpreendeu, porque ela era jovem. E bonita, para o meu completo desgosto.

Eu estava perdida num turbilhão de pensamentos e mal me dei conta de que estava sendo levada para a cozinha, junto com os outros. Então eu puxei o Maximilian de lado, bem no cantinho, enquanto todos estavam distraídos.

- Cafa, quem é aquela mulher? – Eu perguntei enquanto ele estava com o nariz enterrado no meu pescoço. Ai, mas ele não soltava!

- Que mulher? – Ele ainda teve a cara de pau de perguntar.

- Que mulher? – Eu quase elevei a voz, mas me controlei. – A loira lá na sala.

- Ah, a Magda, Mag, namorada do meu irmão Tomás. – Ele respondeu naturalmente e eu arregalei os olhos.

- Você... você... você é pior do que eu pensei! Traiu o próprio irmão! Ficou com a namorada dele. – Eu olhei para ele horrorizada.

- Como é que é? – Ele finalmente parou de me dar beijos e me encarou. – Está maluca, gracinha? Eu não mexo nas gavetas dos meus irmãos e dos meus amigos! Aliás, de ninguém!

- Gaveta? Que gaveta? – Eu olhei pra ele começando a achar aquela conversa sem pé nem cabeça.

- Gracinha, eu respeito as coisas dos outros e as mulheres dos outros. Nunca fiquei com nenhuma mulher comprometida! Tem muita mulher solteira no mundo. E você acha mesmo que eu faria uma canalhice dessa? Trair o meu próprio irmão? Eu morreria por um dos meus irmãos! – Ele me olhou parecendo ofendido.

- Algum problema aqui? – O Ignácio se aproximou com a Cassandra.

- Essa doida acha que eu fiquei com a Mag! – Ele sussurrou para o irmão indignado, mas mantinha a mão aferrada em minha cintura. O Ignácio deu uma boa risada.

- Meu irmão tem muitos defeitos, Sofia, mas ele não se mete com mulheres comprometidas, muito menos se forem comprometidas com os irmãos. – O Ignácio defendeu o irmão, claro era irmão, e gêmeo ainda, mas eu sabia o que tinha visto.

- Sof, melhor disfarçar, o papai está olhando pra cá. – A Cassandra me alertou e eu respirei fundo e sorri.

- Você está de sacanagem, não está, gracinha? Por que razão você pensaria que eu fiquei com a Mag? – Ele me encarou, mas eu estava olhando para a Cassandra.

- A Mag? – A Cassandra me perguntou, entendento o que estava acontecendo finalmente. Eu fiz um aceno com a cabeça e a Cassandra riu. – Impossível! Eu conheci a Mag, ela não! Ela é completamente apaixonada pelo Tomás.

- Do que vocês duas estão falando? – O Maximilian perguntou meio confuso, mas eu não queria falar com ele.

- Eu sei o que eu vi, Cas! – Eu respondi para a minha amiga.

- Tem certeza, Sof? O que exatamente você viu? – A Cassandra me perguntou e foi como se o cafajeste finalmente entendesse.

- Espera! Você foi ao nosso encontro! Você foi! Porque naquele dia, eu estava te esperando e a Mag apareceu no mesmo restaurante, o Tom precisou pegar qualquer coisa no carro e voltou e ela entrou e me encontrou, parou para me cumprimentar. Você viu! Viu e está pensando esse tempo todo que... rá! Eu nem sei o que você está pensando que viu. – O Maximilian estava me olhando sério.

- É, cafa, é isso mesmo! Eu fui ao nosso encontro e quando cheguei te vi abraçado com aquela mulher, na maior intimidade. Era óbvio que você encontrou alguma peguete e me substituiu depressinha só porque eu estava atrasada. Não pode ver um rabo de saia! – Eu estava irritada, sem saber no que acreditar.

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