“Sofia Almeida”
Eu estava olhando para o Maximilian tentando entender o que tinha sido tudo aquilo, mas eu não conseguia pensar mais rápido do que ele agia. Enquanto eu ainda estava tentando entender de onde ele tinha tirado a idéia de que acabaríamos casados e com dez filhos e como ele ainda queria levar a nossa aposta adiante, mesmo depois de descobrir que eu o havia torturado por uma confusão idiota, ele já me puxava pelo corredor do seu apartamento em direção ao quarto.
- Maximilian, o que você está fazendo? – Eu balancei a cabeça, tentando limpar os pensamentos.
- Eu vou te dar uma aulinha bem detalhada de como fazer um pedido de desculpas bem sucedido para o seu namorado. – Ele me respondeu e me encarou.
Nós já estávamos dentro do quarto e eu olhei para ele pensando que talvez ele não fosse cafajeste, mas possivelmente ele era louco, afinal, nós não éramos namorados.
- Maximilian, nós não somos namorados. – Eu o encarei, dizendo o óbvio, e ele sorriu.
- Não é o que o Sr. Nikos pensa! E eu não sou um cafajeste, gracinha, sou um rapaz de família, então eu namoro, e namoro sério! – Ele falou com a voz calma e me deu um sorriso brilhante, como se tivesse dito a coisa mais linda do mundo.
- Maximilian, você perdeu o juízo? – Eu reclamei e ele segurou o meu rosto com as duas mãos, ainda com aquele sorriso confiante no rosto.
- Presta atenção, gracinha, sua aula de como se desculpar começa agora! – Ele respirou fundo e me encarou. – Primeiro, você me olha nos olhos, segura o meu rosto assim, com todo carinho, pode até dar um beijinho, porque eu gosto de carinho, sou um gatinho manhoso. – Ele deu uns beijinhos no meu rosto e eu queria rir do que ele dizia e fazia, mas eu não podia perder o foco ali.
- Max... – Eu comecei a falar, mas ele me interrompeu.
- Minha linda, meu amor. Agora você olha nos meus olhos, hora de prestar atenção. – Ele avisou e me escapou um risinho. Então ele continuou. – Me desculpe por ter ferido os seus sentimentos, não foi a minha intenção, eu realmente estava muito confuso. Eu deveria ter conversado com você, eu fui tolo e orgulhoso. Mas eu te prometo, minha gracinha, que isso não vai se repetir, porque eu só tenho olhos para você, só você tem a chave do meu coração!
Ele falava com a voz doce, tão gostosa quanto chocolate derretendo na boca, e seus olhos estavam direcionados aos meus como se emanassem carinho e devoção. Eu estava quase acreditando naquele pedido de desculpas e eu teria acreditado se ele tivesse ficado de boca fechada, mas ele tinha que continuar.
- Viu, gracinha isso é um pedido de desculpas de verdade. Aí, depois que você falar essas coisas bonitinhas para o seu namorado, que sou eu, você vai se aproximando assim, bem devagar, para beijá-lo bem lentamente e bem gostoso.
Ele foi se aproximando e fechando os olhos e eu ainda estava paralisada, mas me recuperei a tempo e coloquei a mão na sua boca e o afastei antes que ele me beijasse.
- Que tipo de chá alucinógeno você tomou? Maximilian, nós-não-so-mos-na-mo-ra-dos! Entendeu? – Eu pronunciei lentamente e ele estava rindo.
- Há controvérsias, gracinha! – Ele tirou o celular que tocava do bolso e me mostrou a tela. – Ah, olha só, justamente quem vai resolver o nosso impasse. Vou perguntar para ele. – Ele atendeu no viva voz. – Sr. Nikos, está tudo bem?
- Maximilian, desculpe incomodar, mas a sua namorada está por aí? – O Sr. Nikos perguntou e eu quis me enfiar debaixo da cama, só para não olhar para o sorriso convencido do Maximilian.
- Está sim, Sr. Nikos, só um minuto. – O Maximilian falou e me encarou com o peito estufado de orgulho por se achar com a razão e colocou o celular no mudo. – Eu preciso perguntar, gracinha, se somos namorados, ou você já se convenceu?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...