Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 339

“Martim Monterrey”

Eu me preocupava com a Natália mais do que eu me preocupava com a Pilar, embora a Natália fosse bem mais velha que a Pilar, isso porque a Pilar sempre soube se cuidar, nasceu com um instinto natural de defesa e era atrevida de uma maneira que poucos teimavam em tentar fazê-la de boba e os que tentavam se arrependiam. Mas a Natália não, sempre foi mais sensível e reservada e muito mais romântica. E eu me preocupava, principalmente depois do que ela passou com aquele moleque da faculdade, aquilo a feriu profundamente.

Mas eu também não era cego, eu via como ela estava feliz com o Mário e eu vi como ele se desesperou com a possibilidade de perdê-la, igualzinho a mim pela Abigail, quando o Maurice armou aquela palhaçada de fotos montadas. Mas só porque eles se amavam e estavam felizes eu não ia facilitar para o Mário, eu continuaria o fazendo passar algum sufoco, só para que ele não se esquecesse de que a minha irmã tinha quem a protegesse.

Eu estava encarando o Mário que coçou a cabeça, se engasgou e tentava pensar rápido numa saída. A Natália me olhava como se me pedisse silenciosamente para não forçar e todos os outros na sala estavam esperando que eu pegasse o Mário pelo colarinho, ou melhor, quase todos, porque a Abigail eu não enganava.

- Ursinho, até quando você vai pregar essas peças no Mário? – Minha esposa me encarou com a mão na cintura.

- Não estraga o meu momento, coelhinha. – Eu pedi e olhei para ela com um sorriso.

Eu vi o Mário colocar a mão na testa e voltar a respirar e a Natália olhava pra mim fixamente.

- Idiota! – Minha irmã me deu um safanão e eu a puxei para um abraço.

- Tem certeza de que quer se casar com um covarde? – Eu perguntei em tom de brincadeira e ela riu.

- Martim, ele não é covarde, ele só sabe que você aprendeu a lutar e o que você é capaz de fazer por mim. – A Natália sorriu.

- Não, minha linda, nesse caso eu sou covarde sim! – O Mário corrigiu a Natália, fazendo todos rirem na sala. – Não sei porque vocês estão rindo, a maioria aqui é como eu, só tem tamanho, mas nunca deu nem um beliscão em ninguém.

- Mário, eu te entendo, eu também não encaro o Martim, porque além dele saber lutar, ele é alguns centímetros maior que eu! – O Emiliano confessou. – Quando eu for pedir a minha bruxinha em casamento, Martim, você será o primeiro a saber.

- Você é ridículo, Emiliano! Eu vou ser o primeiro a saber porque eu sou o seu melhor amigo. – Eu ri do Emiliano. – E você, Mário, seja menos covarde, meus pais vão voltar e e você vai ter que encará-los com essa novidade, mas até lá, eu estou no comando da família e quero uma satisfação.

- Ah, quer saber, eu acho que o Martim tem razão. – O Tomás cruzou os braços ao meu lado, me apoiando, mas os gêmeos apenas se olharam e ficaram quietos.

- Engraçado, Tomás, não me lembro de você me comunicar que pretendia ir morar com a mamãe. – O Enrico encarou o Tomás, saindo em defesa do Mário, que lhe sorriu agradecido.

O Tomás, como bom fanfarrão que era, só me olhou como quem pede desculpas e se sentou depressa ao lado da Magda.

- Bem lembrado, Enrico, eu também estou aqui pensando e o Martim não me pediu permissão para se casar com a Abigail. Eu posso até não ser o pai, mas sou o padrinho, então... – O Antônio também resolveu apoiar o Mário que estava sorrindo agora, já que encontrou aliados.

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