“Emiliano Quintana”
Depois do jantar, a Pilar e eu nos despedimos da família e fomos para casa e como era praticamente do outro lado da rua, nós saímos caminhando de mãos dadas, com uma pequena tropa de seguranças infelizes atrás de nós. E eles estavam infelizes graças a Pilar.
- Você não vem se deitar? – A Pilar me perguntou, vendo que eu soltei sua mão e fui em direção ao escritório.
- Eu vou rever as anotações de um projeto, preciso falar com o cliente amanhã bem cedo. Eu não demoro. – Eu dei um beijo em sua testa e me fechei no escritório.
Eu abri a gaveta da mesa e peguei a caixinha de veludo, olhei bem para o anel que eu tinha comprado na semana anterior, um lindo solitário. Eu estava planejando como pedir a Pilar em casamento, mas ela me deixou saber que não estava pronta. Eu estava pensando nos tantos motivos que ela poderia ter para não querer se casar antes de terminar a faculdade e só um me parecia plausível, ela não tinha tanta certeza assim que me amava.
- Ah, bruxinha, pra quê você cutucou o meu coração assim se você não tinha certeza? – Eu resmunguei.
Eu me levantei e fui até o cofre que ficava escondido ali no escritório, abri o cofre e coloquei o anel lá dentro. Talvez um dia ela aceitasse se casar comigo ou talvez não. Eu fechei o cofre e fiquei sentado ali mais um pouco, tentando tirar aquela sensação ruim do meu peito.
Quando cheguei ao quarto, ela parecia já estar dormindo. Eu fui para o banheiro, precisava de um banho e de acalmar tudo aquilo que eu estava sentindo. Eu tomei o meu banho e apoiei as mãos na parede do box, deixando a água morna cair sobre mim, lavando aquela sensação amarga que o dia me deixou. Eu senti as mãos dela nas minhas costas e passando para o meu peito para me abraçar.
- Pensei que você estivesse dormindo. – Eu comentei sem me mexer.
- Eu estava esperando você. – Ela respondeu e deu um beijo nas minhas costas. – Olha pra mim? – Eu me virei e vi a preocupação em seu rosto. – Eu te amo, Emiliano, tanto que dói.
- Eu também te amo assim! – Eu respondi e a abracei. Eu estava vencido, dominado, eu era dela, a amava e pronto, só podia torcer e fazer o meu melhor para que ela nunca me deixasse, para que ela me amasse sempre. – Eu vou esperar por você, Pilar, a vida inteira se for preciso, mesmo não entendendo porque você não quer se casar comigo agora, eu vou esperar por você, no seu tempo, quando você quiser.
- Eu te amo, Emiliano! Eu te amo! – Ela olhou dentro dos meus olhos. – Te prometo que vai valer a pena esperar por mim. Eu vou viver pra te fazer feliz, prometo!
- Minha bruxinha, você me faz feliz todos os dias. Me basta saber que você me ama, que quer ser minha pra sempre, que vai estar comigo sempre. Assim como eu sempre estarei com você. – Eu sorri pra ela. – Eu te amo, te amo!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
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