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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 344

“Pilar Monterrey”

Eu dormi convicta de que meu pedido de desculpas tinha sido recebido com sucesso, mas quando eu acordei essa manhã o Emiliano já não estava na cama. Pensei que o encontraria no chuveiro, mas ele já estava todo lindo e cheiroso no closet colocando a gravata. Ai contrário do Martim, ele lidava com a burocracia e tinha que estar de terno todos os dias, o que eu adorava, porque ele ficava lindo daquele jeito.

- Bom dia! Estou começando a ficar com ciúmes desse cliente que você precisa atender tão cedo. – Eu o abracei e ele sorriu.

- Que bobagem, é só mais um cliente. – Ele sorriu e me deu um beije rápido. – Se apresse, bruxinha, eu já ia te acordar, preciso chegar cedo à construtora.

Eu fui tomar o meu banho e em menos de meia hora eu já estava pronta. Ele estava sentado na poltrona no quarto, prestando muita atenção no celular, tanta atenção que não ergueu os olhos para me olhar como geralmente fazia quando eu estava me arrumando.

- Estou pronta! – Eu precisei avisar quando terminei e só então ele deixou o celular de lado.

- Bom dia, Silas. “Operação vai aprender” começa hoje? – O Emiliano cumprimentou o segurança que nos aguardava no pé da escada.

- Bom dia, Emiliano. Sim, você sabe, é necessário. – O Silas respondeu e eu não entendi nada.

- Bom dia, Silas. Você não precisava ter deixado a Abi para vir cuidar de mim, eu já disse, vou ser bem boazinha. – Eu sorri para ele, nós nos dávamos bem e ele era um sujeito amável embora estivesse sempre tenso.

- Ah, Pilarzinha, imagina, vai ser um prazer cuidar de você, até porque a Abi já aprendeu, agora é sua vez. – Ele me deu um sorriso fofo.

- Aprendeu o quê, Silas? – Eu o encarei.

- Aprendeu a não fugir da segurança! – E o sorriso foi-se embora.

Eu tinha me desculpado com ele no dia anterior e pensei que meu pedido de desculpas também tinha sido recebido com sucesso, mas eu estava começando a achar que houve alguma falha de comunicação.

- Silas, eu não vou fugir, você vai ver. – Eu sorri e passei o meu braço esquerdo no dele. – Agora vamos tomar um café! – Eu sugeri alegremente, puxando o Emiliano pela mão e o Silas pelo braço.

E foi aí que eu ouvi um “crec” e algo estranho estava no meu braço. Eu olhei para baixo e vi uma algema no meu pulso esquerdo, uma dessas da polícia, mas toda forrada com pelúcia cor de rosa, então eu olhei para o Silas de boca aberta. Ele levantou o próprio pulso sorrindo e o balançou, me mostrando a outra extremidade da algema presa a ele, mas a dele não tinha pelúcia.

- Agora você realmente não vai fugir, Pilarzinha! – O Silas estava se achando.

- Ai, Silas, você é um brincalhão! – Eu sorri, mas meu sorriso se desmanchou logo.

- Não, o Silas não está brincando, bruxinha, isso aí é parte da “operação vai aprender”. É muito eficaz, sabia?! Depois disso a Abi entendeu que fugir da segurança era péssimo pra ela, porque ou aconteceria algo grave, ou quando voltasse ela estaria no programa do Silas. – O Emiliano sorriu.

- Biscoitinho, você não pode estar achando isso engraçado! – Eu olhei para o Emiliano que passou o braço sobre meus ombros e deu um beijo na minha cabeça.

- Ah, eu estou achando hilário! A “operação vai aprender” do Silas é muito divertida pra quem assiste, porém nem tanto pra quem está sendo educado. Vamos tomar o café! – O Emiliano Saiu me puxando para a cozinha.

- Emiliano, ele vai ficar grudado em mim. – Eu reclamei, mas o Silas parecia realmente contente.

- Eu achei que você tivesse me perdoado. – Eu comentei e ele deu um tapinha leve na minha mão.

- Pilarzinha, eu te perdoei, porque eu adoro você, mas eu sei que você precisa aprender ou vai cair em tentação de burlar a segurança de novo. Acredite, eu estou fazendo isso para o seu próprio bem, porque conheço o seu tipo, espírito destemido, vocês são as piores de se cuidar. – O Silas levou a xícara à boca. – Hum, que café bom!

- Come o seu pãozinho, come, minha bruxinha, eu ainda estou com pressa. – O Emiliano me lembrou e eu olhei para ele, que nem estava disfarçando a sua diversão.

E olhando para os dois, eu estava duvidando muito que a tal “operação vai aprender” se limitasse a um par de algemas e alguns seguranças a mais e isso começou a me preocupar.

- Silas, quanto tempo isso vai durar? – Eu nem o encarei e fechei os olhos para ouvir a resposta.

- Ah, Pilarzinha, aí que está a mágica da coisa, não tem prazo, vai durar até que eu decida que você aprendeu a se manter segura. – O Silas respondeu com a voz divertida, calma e baixa que ele usava para falar sempre comigo. Naquele momento eu soube que estava ferrada.

N.A.:

Olá, queridos... como estão?

Gente, eu estou fazendo fisioterapia para a coluna como vocês sabem e todos os dias é um ganho. Se deus quiser em breve eu poderei dizer que me recuperei. Agradeço a vocês por compreenderem que têm sido dias difíceis e que eu não tenho conseguido ficar muito tempo sentada por causa das dores, por isso eu reduzi o ritmo para dois capítulos por dia como era no início. Eu acho, que com mais algumas sessões eu consiga voltar ao ritmo, mas por enquanto não tem sido possível. Obrigada por compreenderem.

Beijo no coração!

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