“Abigail Zapata Monterrey”
Depois que a Pilar saiu da minha sala eu me virei para a Natália e para a Magda, eu já estava tendo umas idéias, mas eu não poderia fazer nada ali na construtora ou a Pilar desconfiaria.
- Nós não vamos ficar quietas, não é? – A Natália perguntou e eu sorri.
- É claro que não! – Eu respondi pra ela. – E eu já estou tendo uma idéia... mas como nós vamos reunir todo mundo sem o Silas saber?
- Por que sem o Silas saber? – A Natália não entendeu.
- Porque ele se tornou amiguinho da Pilar e vai contar pra ela que estamos armando. E a equipe do Silas é muito leal a ele, se nos reunirmos em qualquer lugar, vai estar no relatório e o Silas vai desconfiar. – A Magda explicou. – Vamos fazer uma conferência por vídeo, Abigail. Cada um na sua casa e longe dos seguranças.
- Mag, você é bem esperte, Hein?! Ótima idéia. – Eu concordei. – Então agora vamos dispersar ou a própria Pilar vai desconfiar.
Eu passei o resto do dia observando, vi a Pilar se recusar a sair para almoçar com o Emiliano, porque de acordo com ela, ela não podia sair do escritório e já tinha até pedido comida para ela e para o Silas, mas ela o convidou para se juntar a eles e ele aceitou. Contudo, o Emiliano estava dando voltas em torno dela sem saber o que fazer e quanto mais tranquila ela parecia, mais preocupado ele ficava.
No fim do dia, eu disse ao Emiliano que ele e o Martim precisavam ver um projeto que eu estava finalizando e ele reclamou, disse que tinha que levar a Pilar para a faculdade, mas eu nem precisei falar nada, ela mesma o dispensou, dizendo que era melhor ele ficar e fazer o trabalho. Ele ficou, bastante contrariado, mas ficou. Ela se despediu dele com um beijo e assim que ela saiu com o Silas eu levei o Emiliano para a sala do Martim.
- Que projeto é esse, Abi? Eu ia tentar convencer a Pilar a ir pra casa. – O Emiliano reclamou.
- É o projeto casamento com a Pilar, biscoitinho, não é isso que você quer? – Eu falei e ele me encarou com um sorriso.
- Você está agindo por conta própria, não está, Abi? Daquele jeitinho, quando a gente pede pra você ficar quieta e você não se aguenta. – O Emiliano tinha um grande sorriso no rosto.
- Engraçado, geralmente você fica furioso por eu fazer isso. – Eu o encarei.
- Sim, eu fico furioso quando sou eu quem pede pra você ficar quieta e você não fica, mas no caso, eu não quero que você fique quieta. – Ele se sentou no sofá da sala do Martim e esperou, todo satisfeito porque eu estava ajudando a resolver o problema dele.
- Você é um hipócrita, Emiliano. – Eu ri.
- Eu sou o que você quiser, minha amiga, mas agora vai, põe pra fora. – Ele pediu e eu me sentei.
- O que você arrancou dela coelhinha? – O Martim se sentou ao meu lado e passou o braço pelos meus ombros.
- Que ela está magoada. – Eu comecei e o Emiliano bufou.
- Isso está na cara, Abi! – O Emiliano me encarou esperando a novidade.
- Então se coloque no lugar dela, idiota! – Eu respondi. – Olha, ela mesma falou, você teve grandes crises de ciúme quando o Mário vinha buscá-la para almoçar.
- Sim, mas eu ia até lá e o impedia de levá-la. – Ele replicou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...