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Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 372

“Silas Guimarães”

Eu parei por um momento na porta, avaliando a situação, se eu dissesse para eles o que estava acontecendo eu não conseguiria tirar o Martim e o Emiliano de dentro da construtora. Eu não queria mentir para eles, mas eles mais atrapalhariam do que ajudariam.

- O que foi, Silas? – O Emiliano me olhou, ele estava alheio ao que estava acontecendo.

- Eu preciso que vocês saiam da construtora agora mesmo, em silêncio e sem causar nenhum tumulto. – Eu pedi e ele sorriu.

- O que é isso, Silas? Algum novo treinamento com a Pilarzinha? – O Emiliano brincou, mas estava longe da verdade. E eu estava tomado pela tensão.

- Silas, eu só te vi assim uma vez. – O Mário, que estava na casa do Zapata no dia em que aconteceu a invasão e tentaram sequestra-lo, já estava entendendo a situação.

- Exato, Mário. Agora, me ajuda a levar esses dois pra fora em silêncio, por favor. – Eu pedi e ele entendeu que não deveria fazer mais perguntas.

- Gente, vamos, o Silas precisa nos colocar em segurança para fazer o trabalho dele. – O Mário falou com os outros dois, mas o Martim me encarou.

- O que está acontecendo, Silas? – O Martim me encarou de frente, a tensão emanando dele como emanava de mim.

- Tem alguém na construtora, Martim, mas eu preciso de todos vocês em segurança antes de começar a varredura. – Eu não podia dizer que a irmã dele estava trancada no banheiro com o invasor, eu sabia que ele era impulsivo e ia colocar tudo por água a baixo tentando salvá-la e eu nem sabia quem era o invasor e nem mesmo se estava armado.

- Todos já saíram? – Ele me perguntou e eu fiz que sim. Ele me olhou por um momento e concordou em sair

Eu os acompanhei até o lado de fora e antes de fechar a porta da frente depois que eles passaram por ela, eu encarei o Martim e o Emiliano.

- Eu vou tirá-la em segurança, eu prometo! – Antes que eles reagissem eu tranquei a porta e a minha equipe já tinha fechado o cerco. Agora eu precisava me concentrar na Pilar.

- Ele está falando com ela, chefe, já perguntou quantos somos e até quem é você. A garota é esperta, está nervosa, mas está dando respostas erradas propositalmente. Disse que você a detesta. – O segurança que eu deixei de vigia falou bem baixinho.

- Ele vai sair a qualquer momento. Vamos nos posicionar. – Eu expliquei rapidamente o que pretendia fazer e todos assumiram suas posições.

Eu me coloquei escondido atrás de um painel de decoração que ficava ali mantendo a entrada da cozinha privada. Eu estaria logo atrás dele quando ele saísse do banheiro com a Pilar. Como eu imaginei, não demorou para que a porta do banheiro fosse aberta e a Pilar saiu de lá, com o rosto banhado em lágrimas e aquele monstro a segurando pelas algemas que tinha colocado em seus pulsos e com a arma na cabeça dela. Eu não tinha margem pra erro, era uma única manobra ou eu não conseguiria salvá-la.

- Deixa eu ver isso. – Eu me abaixei e olhei o homem sentado com o braço sangrando. – Foi só de raspão, você vai ficar bem. Mas como essa maldita agência contrata seguranças? Não, não responde! Vem, Pilarzinha, vamos aliviar a preocupação dos outros.

Eu caminhei com a Pilar até a porta e quando abri a polícia estava do lado de fora conversando com o Antônio, mas o mais importante foi o alívio que eu vi no rosto de todos ali quando viram a Pilar sair bem e inteira. Eles correram para abraçá-la, menos a Abigail, essa veio em minha direção.

- Você conseguiu de novo, Silas! Tirou o meu pai em segurança daquela vez e hoje tirou a Pilar em segurança. – A Abigail se aproximou e me abraçou. – Obrigada, você salvou o meu mundo de novo!

- Querida, você precisa entender que é o nosso mundo, você nunca foi só um trabalho pra mim Abi e ela também não, vocês são como família e eu morreria pela família. – Eu respondi e dei um beijo na testa dela.

- Como família não, Silas, você sempre foi família de verdade pra mim, você sempre fez mais do que a família fez por mim, você esteve ao meu lado em todos os momentos, às vezes era uma presença silenciosa, às vezes um tio bravo, mas sempre teve muito carinho comigo. Saiba, Silas, que é recíproco. – A Abigail me abraçou e me emocionou.

- Eu sei, querida. – Eu afaguei o seu cabelo e o delegado se aproximou, o meu dia seria longo. – Eu preciso ir querida, ainda tenho muito trabalho. Por favor, vá descansar.

Eu soltei a Abigail e estava pronto para responder a todas as perguntas do delegado e mostrar tudo o que tinha acontecido.

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