“Emiliano Monterrey”
Quando o Silas prometeu tirar alguém em segurança, eu imediatamente olhei em volta e não vi a Pilar, foi uma fração de segundo para eu entender o que estava acontecendo, mas quando o Martim e eu corremos para a porta, o Silas já a tinha trancado. Eu nunca senti tanto desespero em minha vida, nunca me senti tão impotente. Então o Antônio colocou a mão em meu ombro e chamou a mim e ao Martim no canto.
- Emiliano, Martim, vocês precisam confiar no Silas, ele é o melhor e vai tirar a Pilar daí em segurança. – O Antônio estava tentando nos acalmar, mas as lágrimas já queimavam os meus olhos.
- Como você pode ter tanta certeza, Tony? – O Martim perguntou aflito, mas eu sabia a resposta, tinha ouvido a história.
- Ele tem certeza porque o Silas já fez isso antes. – Eu mesmo respondi ao Martim, enquanto a Abigail se aproximou e pegou a sua mão.
- Nós tivemos uma situação assim em casa. Meu pai foi feito refém e o Silas o tirou ileso em pouco tempo. Ele é o melhor, Martim, e eu não estaria aqui segurando a sua mão com calma se eu não confiasse que ele vai tirá-la de lá. – A Abigail explicou e o Martim a abraçou.
- Mas tanta coisa pode dar errado, Abi. – O Martim estava a ponto de se descontrolar, assim como eu.
- Eu sei, meu amor, que tem muitas coisas que podem dar errado, mas o Silas dará a vida dele se for preciso. Ou vocês acham mesmo que ele deixaria alguma coisa acontecer com a Pilarzinha? Ela é a favorita dele, mesmo que ele tente me enganar. – A Abigail deu um sorriso reconfortante e me estendeu a mão enquanto abraçava o marido. Eu apertei a mão dela e respirei fundo, eu sabia que ela tinha razão.
- Eu confio no Silas, se tem alguém que pode resolver isso é ele. – Eu falei e coloquei minha outra mão no ombro do meu amigo. Quem está com ela, Tony? – Eu perguntei e olhei para o Antônio, mas eu tinha um bom palpite. – Como isso aconteceu?
- Nós imaginamos que seja o Maurice. E como aconteceu foi uma sucessão de falhas. Eu vou explicar. – O Antônio explicou para todos nós tudo o que tinha acontecido e à medida que eu ouvia, eu ficava mais irritado, foi uma sequência de falhas inadmissível!
- Quem são os seguranças que estavam a noite? – O Martim perguntou e o Tony apontou os seis seguranças que estavam por ali.
- Mas você não vai bater neles, a polícia está vindo aí. – O Antônio alertou o Martim, mas eu fui até os seguranças.
- Se acontecer alguma coisa com ela, eu vou acabar com a vida de cada um de vocês, vou deixá-los tão miseráveis que vocês vão preferir estar mortos! – Eu os avisei e me afastei. Eles não tinham o que dizer, foram irresponsáveis e não fizeram o trabalho deles como deveriam.
Os minutos pareciam se arrastar como horas e a minha aflição estava cada vez maior. Eu queria entrar e resolver a situação, mas eu sabia que naquele momento o melhor para a Pilar era o Silas. Eu esperei, com o coração na boca, tentando controlar os meus pensamentos. E quando ouvimos o tiro disparado eu corri para a porta e tentei abrir. Eu tinha perdido completamente o controle. E quando aquela porta finalmente foi aberta e o Silas saiu com a Pilar, inteira, bem, salva, eu a puxei para os meus braços sem me preocupar que existia mais alguém no mundo.
- Você está bem! Você está bem! – Eu fiquei repetindo e ela passou os braços em meu pescoço.
- Eu estou bem! O Silas me salvou! – Ela falava com a voz chorosa. – Eu nunca senti tanto medo, eu tive medo de não te ver de novo!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Contrato para o caos: amor à primeira briga
Quero ler capítulos 320...