Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 40

“Martim Monterrey”

Às quatro da manhã, quando os meus irmãos e o Emiliano finalmente se deram por satisfeitos, nós encerramos a noite. Eu cheguei em casa e estava precisando muito de um banho para tirar de mim aquele cheiro de bebida, cigarros e mulher. Não era um cheiro do qual eu gostasse, eu gostava do cheiro da Abigail.

Eu entrei silenciosamente, ela certamente estava dormindo e eu não queria acordá-la. Subi as escadas devagar e tomei um susto quando acendi a luz do meu quarto.

- Mas olha que coelhinha atrevida! – Eu falei baixo e apaguei a luz de novo.

A Abigail estava deitada em minha cama, dormindo o sono dos justos, usando um pijaminha de algodão, uma bermuda e camiseta que não tinham nada de atraentes a não ser pelo fato de estar em volta dela. O lençol havia escorregado do seu corpo e a camiseta do pijama havia subido até o meio das costas, seus cabelos estavam espalhados sobre os travesseiros e ela estava bem no meio da cama. Ela dormia de bruços, com aquela bundinha arrebitada e suas lindas pernas expostas como se convidassem as minhas mãos. E foi uma tortura olhar e não poder tocar.

Eu fui para o banheiro com aquela imagem do seu corpo perfeito se insinuando no pijama e, pela primeira vez na noite eu tive uma ereção, embora estivesse chegando de um clube de strippers. Ah, mas aquilo, mulheres nuas dançando e se oferecendo, não tinha mais efeito sobre mim, ao contrário da minha insuportável em minha cama, que estava dominando todos os meus hormônios e os meus pensamentos.

Eu tomei um longo banho e aproveitei para começar a me acostumar com a minha atual situação de celibatário, quer dizer, eu estava mais para um adolescente, sem sexo, mas que, pelo visto, teria muita masturbação.

Vesti apenas a calça do pijama e fui pra cama, a noite estava quente e, se eu tivesse sorte, acordaria com aquelas mãozinhas gananciosas sobre mim. Eu precisei me deitar na beirada da cama, pois a espaçosa estava atravessada no meio. Dormia como uma pedra, era incrível. Então eu me deitei com cuidado e fui vencido pelo sono.

Acordei as sete da manhã com um alarme soando alto pelo quarto. A Abigail e eu estávamos completamente agarrados. Não sei como, mas estávamos os dois no meio da cama, ela deitada em meu peito e com a mão pousada ali, meus braços ao redor dela a mantendo perto e nossas pernas emaranhadas umas sobre as outras. Eu não queria soltá-la e tinha quase certeza de que ela estava fingindo que estava dormindo, então eu fiz o mesmo, veríamos quem resistiria mais tempo com aquele alarme chato soando, mas eu a pegaria no flagra dessa vez.

Na terceira vez que o alarme tocou ela não aguentou e se mexeu, fingindo que estava acordando e eu a apertei ainda mais contra mim, como se ainda estivesse dormindo.

- Martim. – Ela tentou sair do meu abraço, mas não conseguiu. – Martim. – Ela falou um pouco mais alto e eu não aguentei, comecei a rir. – Seu palhaço, você estava acordado!

- Claro, que estava, esse maldito alarme me acordou na primeira vez que tocou. – Eu falei e dei um beijo em seu rosto. – Mas não finja, você também estava acordada e com essas mãozinhas sobre mim.

- Não fique se achando! Eu devo ter sonhado com o Emiliano. – O comentário dela azedou o meu humor.

- Ah, o Emiliano, que estava se divertindo com uma stripper no colo dele noite passada. – Meu comentário foi amargo e eu me sentei na cama de costas pra ela.

- Idiota! – Ela reclamou e se levantou, indo para o banheiro, mas antes de entrar parou e voltou até mim e me encarou com as mãos na cintura. – Eu só espero que você não tenha se divertido com uma stripper em seu colo, não se esqueça que nós temos um contrato.