Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 49

“Abigail Zapata”

Eu não podia acreditar no absurdo que a Magda me disse, aquilo era uma afronta! Eu jamais receberia aquela bruxa em minha casa. Ela que fosse para o inferno com aquele filhinho ridículo dela.

- Ela não vai se hospedar com a gente, Martim! Não vai! – Eu falei furiosa enquanto o Martim me puxava pela cintura.

- Calma, Abigail. Vamos perguntar ao Tony o que fazer. – O Martim falou com tranquilidade.

O Martim estava calmo, mas isso era porque ele não conhecia aquela mulher odiosa. Aquele rostinho harmonizado dela, emoldurado por cabelos loiros platinados e aqueles olhos azuis eram só uma fachada bem arrumada para enganar aos desavisados.

- Filhos! – O pai do Martim se levantou animado quando nos viu nos aproximando. – Eu estou muito feliz por vocês! Agora eu já posso sonhar em ser avô!

- Vamos com calma, pai. Por um tempo seremos só a coelhinha e eu. – O Martim respondeu ao pai com um sorriso, mas a empolgação do homem não arrefeceu.

- Tony, a Abigail está se recusando a nos hospedar. Explica pra ela que eu tenho todo direito de ter certeza de que esse casamento não é uma farsa, só uma jogada para me passar a perna e tomar a minha herança. – A Magda veio atrás de nós e quando ela falou aquilo na frente dos pais do Martim eu quis arranhar a cara dela, mas o Martim me segurou e se colocou em minha frente.

- Chega, senhora! – Ele foi ríspido com ela e eu gostei. – A senhora não vai estragar o nosso casamento! Não vai infernizar a minha esposa! A senhora veio, já viu que nos casamos, agora se retire, a senhora não é bem vinda na nossa festa.

- Mas que absurdo! Quanta grosseria com uma dama! – A Magda se fez de ofendida.

- A senhora não é uma dama. – O Martim foi intimidador.

- Magda, você veio e já assistiu ao casamento, é melhor ir embora. A festa não é para vocês. – O Tony se colocou ao lado do Martim.

- Hum! Está bem, nós vamos, já vi o que eu tinha que ver por aqui. Mas você já sabe, Tony, coloque a coleira na sua querida Abigail, ela terá que me hospedar por pelo menos um mês! – A Magda tinha um sorrisinho debochado no rosto.

- Eu já havia dito, Magda, que resolveria isso! Você está atropelando as coisas. Martim e Abigail vão viajar por uns dias, até lá, você se acalma e não provoque mais. – O Tony falou e eu estava olhando para ele sem acreditar. Ele tinha feito um trato com essa megera pelas minhas costas?

A Magda nos deu mais um sorriso frio e se retirou com aquele idiota do filhinho dela. Me custava acreditar no que eu tinha ouvido ali. Eu a segui com os olhos e a vi sair do salão, só então eu encarei o Tony outra vez.

- Antônio, o que está acontecendo aqui? – Eu quis saber.

- Abigail, aqui no meio de todo mundo não. – O Martim falou em meu ouvido e eu olhei em volta.

- Infelizmente, querida! – O Tony parecia tão chateado quanto eu.

- Martim, me desculpe. – Eu me virei para o Martim envergonhada e cabisbaixa. – Acho que é melhor alugarmos uma casa, eu sei que você é seletivo com quem entra na sua e...

- E nada, Abi! – O Martim segurou o meu queixo e me fez olhar para ele. – Nós vamos morar na nossa casa e se temos que receber aquela criatura detestável, que seja. Eu te prometo, vão ser os piores trinta dias da vida dela.

O Martim me deu um sorriso confiante e eu me joguei sobre ele, eu só queria abraçá-lo porque estava grata pelo apoio que ele estava me dando, então eu passei os meus braços em volta do seu pescoço e apoiei a cabeça em seu peito. Seus braços se enrolaram na minha cintura e eu senti os seus lábios quentes na minha testa.

- Agora eu quero saber direitinho que história é essa. – A D. Yolanda perguntou e eu estremeci abraçada ao Martim.

- Mãe, a Abigail tem uma herança a receber, do pai dela. – O Martim explicou, mas obviamente a D. Yolanda queria mais que isso.

- Pelo visto você não contou sobre a sua herança, Abi. – O Tony comentou e eu fiz que não. – Martim, volte com a Abigail para a festa, os convidados devem estar sentindo falta de vocês. Eu vou explicar aos seus pais o que aconteceu.

O Martim e eu voltamos para o salão e o clima estava agradável e alegre. Nós nos juntamos aos irmãos dele que trataram de me distrair e logo eu já tinha deixado a chateação da Magda pra depois, eu só aproveitaria o momento.