Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 50

“Martim Monterrey”

Já era hora de irmos. No fim das contas, a festa foi divertida e a Abigail se divertiu e sorriu, realmente aproveitando o momento. Eu me aproximei dela que estava rindo com as minhas irmãs e falei em seu ouvido:

- Vamos embora, coelhinha?

- Ah, mas já? Eu estou me divertindo tanto! – Ela falou como uma criança que a mãe manda juntar os brinquedos e ir pra cama.

- Vai se divertir mais na nossa lua de mel! – Brinquei com ela e ela deu um tapinha no meu peito.

- Está bem, eu vou jogar o buquê. – Ela sorriu e saiu com as minhas irmãs.

Eu fiquei observando as mulheres se amontoarem para pegar o buquê e a graça que ela fazia. Para quem não queria festa, ela estava muito feliz. Bom pra mim! Mas a minha mãe se aproximou e segurou o meu braço.

- Ela é muito especial. – Minha mãe comentou.

- É sim, muito! – Eu respondi totalmente encantado com a imagem da Abigail brincando e sorrindo com aquele buquê para o alto.

- O advogado nos garantiu que esse casamento não é uma farsa! Sabe o que eu acho? – Minha falava baixinho e onde estávamos, com o barulho do salão ninguém além de mim poderia ouvi-la. Eu a encarei.

- O que a senhora acha? – Eu estava sério e preocupado.

- Que ele mentiu. Mas ele está muito enganado. Esse casamento é de verdade e tem tanto amor quanto o meu casamento com o seu pai. – Ela se virou pra mim. – Você pode até mentir para si mesmo, meu filho, mas não pode mentir para a sua mãe. – Ela sorriu e olhou de novo a cena do buquê que se desenrolava. – Você a ama. E para a sua sorte e felicidade, essa moça também te ama. Não estrague tudo com bobagens. Olha ela vai jogar!

Eu virei a minha cabeça a tempo de ver a Abigail dar um pulinho e lançar pelos ares o buquê, que caiu nas mãos da minha irmã Natália que ficou radiante, ao contrário da Camila que estava ao seu lado e não teve a menor chance de pegar o buquê. A Abigail ao se virar e ver a Nat segurando o buquê para o alto, bateu palmas e deu pulinhos, fazendo o vestido se agitar e então eu percebi que ela usava sapatos vermelhos e foi como uma flecha direto em meu coração espalhando fogo pelo meu corpo. Ela estava deslumbrante!

- Vai, leve a sua esposa para a lua de mel. – Minha mãe soltou o meu braço e voltou para junto do meu pai.

Eu andei em direção a Abigail, que estava cercada de mulheres e a peguei no colo. Ela levou um grande susto, mas depois riu e se segurou em mim.

- Agora você é minha, coelhinha! – Eu falei e saí com ela dali.

Atrás de nós os convidados vinham batendo palmas, assoviando e fazendo uma algazarra. O carro estava a nossa espera na porta do salão, mas antes de entrarmos ela quis se despedir da minha família e eu a coloquei no chão. Eu me virei para me despedir do Emiliano e quando eu voltei a olhar para a Abigail a cena que se desenrolou diante de mim foi muito rápida.

A minha irmã Natália empurrou a Abigail bruscamente em minha direção e eu precisei ser rápido para pegá-la. Eu a peguei pela cintura e a tirei do chão, dando um giro com ela e me posicionando em sua frente. Olhei por sobre o ombro e vi a Camila coberta de tinta verde e começando a dar um chilique.

Acontece que a Letícia estava ali, esperando o momento de estragar o meu casamento. Quando a Nat empurrou a Abigail eu pude ver a Letícia se preparando para jogar o conteúdo de um balde na Abi, mas a Nat e a Pilar também viram e enquanto a Nat empurrou a Abigail pra mim, a Pilar puxou a Camila para o lugar em que a Abigail estava e todo o conteúdo daquele balde, uma tinta verde e viscosa, caiu na Camila, acertou o seu rosto, o cabelo e o vestido, escorrendo por ela toda.

- Letícia, eu vou te matar! – A Camila gritou com a prima.

- Ai, Câmi! Desculpa, prima! Não era pra cair em você, me desculpe. – A Letícia tentou explicar.