Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 60

“Martim Monterrey”

Acordei na manhã seguinte sentindo as mãozinhas quentes da Abigail passeando por mim. Na noite anterior nós havíamos combinado de acordar cedo e tomar o café da manhã no restaurante do hotel, para não chegarmos tarde à casinha.

- Como você quer chegar cedo na casinha e ir para a praia se me acorda desse jeito? – Eu perguntei antes de abrir os olhos.

- Como você quer que eu resista a você dormindo nu ao meu lado? – Ela respondeu e eu ri.

Eu adorava as suas respostinhas atrevidas, sempre gostei, desde o primeiro dia, quando ela fez aquela carinha de falsa inocência para me dizer que o suco mancharia a minha camisa.

- Você sabe que me deve uma camisa, não sabe? – Eu me virei sobre ela.

- De onde você tirou isso? – Ela perguntou e seus olhos brilhavam tanto que me deixaram sem fôlego.

- Aquele seu suquinho gelado no dia em que eu te vi pela primeira vez. Manchou a minha camisa. – Eu respondi.

- Foi culpa sua. E manchou o meu vestido. – Eu ri, nenhum de nós dois nunca iria admitir que estava errado.

- Se eu começar a te beijar nós não vamos sair dessa cama. – Eu já estava tentado a ficar o dia todo ali.

- Ah, mas você pode me beijar só um pouquinho. – Ela fez uma voz doce e eu não resisti.

Quando deixamos o hotel já era hora do almoço. E nós fomos almoçar antes de ir para a casinha de praia. Quando chegamos, nós verificamos tudo, estava tudo fechado e não haviam baratas, nem sinal delas, felizmente.

- Você não achou estranho aquelas baratas bem em cima da cama? – A Abigail externou algo que estava em minha cabeça.

- Muito estranho. A casa havia sido dedetizada há quinze dias. Achei estranho que quem veio arrumar tudo não tenha visto nada. – Eu comentei enquanto colocava as malas no quarto que nós havíamos ocupado da primeira vez.

- E quem veio arrumar? – Ela perguntou distraída caminhando até a cozinha.

- Eu contratei uma pessoa e pedi para a Maria Luiza acompanhá-la. Foi no dia do casamento e a Maria Luiza não iria, porque vocês duas não se entendem, mas ela disse que me ajudaria com isso. Eu tive a idéia depois de um beijo que eu ganhei na noite anterior. – Eu fui até ela sorrindo, mas ela parecia furiosa.

- A Maria Luiza, Martim? Sério? – Ela colocou as mãos na cintura e me encarou como se eu tivesse dito algo muito grave.

- AAAH! Um... – Ela fechou os olhos e contou, aquela diabinha, e eu soube que ela queria tanto quanto eu.

Enquanto eu a invadia sem cerimônia e me fartava em seus peitos deliciosos, ela desfilava as suas mãos em meu corpo, até que cravou as unhas na minha bunda e me deixou ainda mais louco por ela. Nossos corpos estavam em um ritmo frenético e ela gemia em meu ouvido pedindo por mais, enquanto a cabeceira da cama batia na parede, alto e retumbante. E quando ela gozou gritando o meu nome ela se enrolou inteira em meu corpo e me levou com ela naquele mar de sensações deliciosas.

Eu desabei ao seu lado, suado e ofegante, ela tinha um sorriso enorme no rosto e a raiva já havia ficado pra trás.

- Você não contou! – Eu brinquei e ela me olhou.

- Eu não precisei contar para saber que você bateu a cabeceira dessa cama na parede muito mais vezes do que naquele dia! E com muito mais força. E foi muito melhor do que naquele dia também. – Ela colocou um sorriso satisfeito em meu rosto.

- Abi, posso te falar uma coisa? – Eu perguntei e a puxei para mais perto quando ela fez que sim. – Você é uma tarada escandalosa, mas é gostosa demais! Adoro te ouvir gemer, especialmente o meu nome.

- Bobo! – Ela me encarou e eu sabia que ia dizer algo para me provocar. – Mas eu vou acabar com aquela vaca da Maria Luiza quando nós voltarmos, pode apostar que eu vou!

Ela prometeu e eu precisaria ficar de olho naquelas duas ou elas colocariam fogo no escritório. Mas a Abigail me contar que a Malu era apaixonada por mim, fez a minha cabeça começar a pensar em algumas coisas que já haviam acontecido antes. Assim que nós voltássemos, eu conversaria com o Emiliano.