Contrato para o caos: amor à primeira briga romance Capítulo 97

Resumo de Capítulo 97: Toque de recolher: Contrato para o caos: amor à primeira briga

Resumo de Capítulo 97: Toque de recolher – Capítulo essencial de Contrato para o caos: amor à primeira briga por GoodNovel

O capítulo Capítulo 97: Toque de recolher é um dos momentos mais intensos da obra Contrato para o caos: amor à primeira briga, escrita por GoodNovel. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

“Martim Monterrey”

Foi bom passar um tempo com os meus irmãos, eles se davam tão bem com a Abigail que eu não tinha dúvida que tinham por ela o mesmo carinho que tinham por mim. Mas, uns minutos antes de nós darmos a noite por encerrada, eu percebi a Seraphina trancando a porta e levando a chave consigo.

- Coelhinha, o Enrico já chegou? – Já estávamos no quarto quando perguntei. Pensei que talvez tivesse me passado despercebida a chegada do hóspede indesejado.

- Não, ursinho, o encostado vai dormir lá fora hoje. – A Abigail deu uma risadinha maldosa.

- Abi, Abi, você é terrível! – Eu ri e caminhei em sua direção. – Hum, que mulher cheirosa! Sabe que eu adoro o seu cheiro?

Eu passei o nariz pela pele do seu ombro, ela estava usando uma camisetinha de alças finas e eu puxei a alça para baixo. O cheiro dela era tão bom que eu tinha certeza que eu já estava viciado em senti-lo.

- Se você tirar a minha roupa, pode sentir melhor. – Ela me provocou, seus olhos brilharam de desejo e eu já estava puxando a barra da sua camiseta para cima, mas um barulho me interrompeu.

- Que barulho foi esse? – Ela perguntou e eu ouvi mais uma vez.

- Foi na porta da frente. – Eu comentei.

- O encostado! – Nós falamos juntos e rimos.

- Vamos ver da janela. – Ela chamou e nós vimos o carro do Enrico lá fora.

A Abigail começou a rir, se divertia com a situação. Então nós escutamos um celular tocar no quarto ao lado.

- Aposto que ele está ligando para a mamãezinha abrir a porta. – A Abi comentou baixinho.

- Ah, mas isso vai virar um circo! – Eu emendei.

- Meu amor, e se precisar eu coloco fogo no picadeiro. – Ela me respondeu cheia de si e era a coisinha insuportável mais linda do mundo.

- Você quer muito colocar fogo no picadeiro, né, minha insuportável? – Eu estreitei os meus olhos para ela que agitou a cabeça em sinal positivo freneticamente. – Tá, vamos ver como se desenrola.

Nós grudamos os ouvidos na porta do quarto e escutamos a Magda abrir e fechar a porta do seu quarto e descer as escadas. Lentamente eu abri a porta do nosso quarto e nós ficamos bem no topo da escada para ouvir. Pelos barulhos, a Magda estava revirando a casa atrás das chaves.

Um a um os meus irmãos foram saindo dos seus quartos e a Abigail fazia sinal para que fizessem silêncio e falava no ouvido de cada um o que estava acontecendo.

- Mamããee! – Nós escutamos o choramingo do Enrico vindo de fora.

- Quieto, Enrico, eu estou procurando as chaves. – A Magda estava entre sussurrar e falar num volume que o filho escutasse.

A Abigail estava quase sem fôlego de tanto rir tentando não emitir som. Então os barulhos cessaram no andar de baixo.

- Eu vou ter que chamá-los, Enrico. Espera! – A Magda falou e nós ouvimos os passos em direção a escada.

Cada um correu para o seu quarto e a Abi ficou atrás da porta rindo, eu me afastei para que a Magda ouvisse barulho de passos e não desconfiasse que estávamos espionando. Então a Magda bateu à porta do quarto. Eu caminhei lentamente e abri a porta.

- O que a senhora quer a essa hora? – Eu perguntei me fazendo de irritado.

- Me desculpe, Martim, mas eu não encontrei a chave da porta e o Enrico está lá fora. – Ela foi direta e eu olhei o relógio no meu pulso.

- Mas já são quase onze horas. – Eu falei. – Vocês sabem que as portas aqui se fecham às dez da noite e só vão se abrir às sete da manhã.

- Ai, Martim! Não é hora para as piadas de mau gosto de vocês! Me diga onde está a chave, eu mesma abro para o meu filho. – A Magda pareceu irritada.

A Seraphina abriu a porta, só um pouquinho e pendurou na maçaneta do lado de fora um aviso de porta onde estava escrito: “estou dormindo, volte mais tarde”. Com isso ela fechou a porta de novo.

- Mas que palhaçada! – A Magda reclamou e voltou a bater ininterruptamente. – Seraphina! Seraphina! Abre essa porta, Seraphina!

Ela já devia estar com os nós dos dedos doloridos de tanto bater quando a Seraphina resolveu finalmente abrir a porta.

- Mas é muito descontrolada mesmo essa madame, viu! – A Seraphina abriu a porta e encarou a Magda. – É bom que seja caso de vida ou morte, madame, porque eu já sou perturbada o suficiente para a senhora ainda vir me pertubar.

- Eu não vou discutir. Hum-hum. – A Magda respirou fundo. – Eu quero a chave da porta.

- A senhora está indo embora? Nossa! Não espera que eu mesma abro pra senhora sair. – A Seraphina respondeu.

- Seraphina, o meu filho está lá fora! – Percebia-se o esforço da Magda para se controlar.

- E a senhora veio me acordar por causa do encostado? Eu mereço! – A Seraphina reclamou. – Pois o seu filho vai dormir em outro lugar hoje, essa casa tem regras e a porta se abrirá às sete da manhã!

Com isso a Seraphina fechou a porta e deu o assunto por encerrado. A Magda olhou para trás e viu os meus irmãos e a Abigail sentados no chão se acabando de rir e eu, que estava encostado na parede, apenas dei de ombros. Ela passou por nós marchando e foi até a porta de frente. Não havia como entrar, as janelas tinham grade no primeiro andar. Então a Magda parou junto a porta.

- Enrico, você terá que ir para um hotel. – Ela falou com o filho calmamente.

- Mas eu estou sem dinheiro, mamãe! – Ele reclamou.

- Você gastou tudo o que eu te dei? – A Magda perguntou e balançou a cabeça, como se pensasse. – Quer saber, Enrico, dorme no carro. Boa noite!

Ela passou por nós e marchou rumo ao andar de cima. Não houve solução para o encostado, teria que dormir no carro.

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