sabrina becker
O almoço foi agradabilíssimo.
Ele é um dominador que gosta de conversar, e faz perguntas. Gosta de ouvir o que estou pensando.
Cheguei até a me empolgar num momento da conversa. Parecia que eu estava na presença de um grande amigo.
E como é gato! Aqueles olhinhos puxados, aquela boca carnuda. E pelo o que me lembro, ele é bem gostoso!
Ele pára o carro na garagem do prédio, e fala:
-Espere aqui...
Tira o cinto e sai do carro o rodeando, chegando a minha porta e abrindo.
Retira o meu cinto e segura minha mão, me ajudando a levantar do carro. Sinto meu corpo se arrepiar com seu toque. Já havia sentido isso no restaurante, mas achei que era por causa do tempo frio que faz em São Paulo, neste domingo.
Mas aqui não está frio…
Nos encaminhamos para o elevador, e eu entro logo depois dele. Ele aperta o botão do último andar, e o elevador logo fecha as portas e começa a subir.
-Posso fazer uma pergunta mestre?
-Claro...
-Não vi seguranças... O senhor não os utiliza?
-Utilizo, mas eles estavam a uma certa distância. Não gosto de segurança em cima de mim...
Mas você não vai ter o mesmo tipo.
-Compreendo mestre!
Não me importo com seguranças, já estou acostumada. A maioria dos dominadores que tiveram contrato tinham seguranças. É a auto sociedade que procura o internato, dificilmente um pobre coitado, conseguiria pagar as altas taxas da madame.
Preparar uma submissa leva tempo e dinheiro. E ela sabe muito bem valorizar seus serviços.
Chegamos no andar dele. Como é uma cobertura, o andar todo só tem um apartamento.
Ele abre a porta com uma fechadura eletrônica... Tira os sapatos na porta e diz:
-Casa de japonês, temos o hábito de tirar os sapatos quando chegamos da rua. Só mantenho como exceção, quando tem festa aqui.
Eu obedeço, me abaixo para tirar os scarpins e ele põe os sapatos em cima de uma sapateira ao lado da porta.
Deposita em cima de uma cadeira o seu paletó e as chaves.
-Deseja beber algo antes que te mostre o lugar?
-Não mestre, estou bem...
Ele faz sinal para que eu o acompanhe.
-Você não chegou a vir a nenhuma festa aqui né?
-Não, só fui numa, na casa do Bernardo.
-Então, tenho essa sala enorme com a cozinha. O ambiente é aberto, uma das coisas que me fez comprar este apartamento. Não gosto muito de paredes. A não ser que elas sejam de vidro.
A frente toda do apartamento é de vidro. Entramos numa porta lateral onde existe um espaço gourmet com uma jacuzzi enorme e uma varanda. Com uma horta suspensa e algumas flores. Sorrio com a delicadeza do lugar.
-Isso é coisa de Zefa... Ela preza muito pela saúde do patrão…
Eu sorrio novamente.
-Onde ela está, gostaria de conhecê-la.
- Ela folga aos finais de semana. Se ficar comigo, aos finais de semana e a noite, usarei seus dotes de dona de casa, que Madame me garantiu que vc tem, pq Zefa tem família, e depois das 17 aos finais de semana, está com eles.
-Claro Senhor! Faz parte do que sou.
A maioria das Submissas quando tinham um contrato de 24/07, cuidavam da casa de seus dominadores. Poucas tinham mordomia de não fazer nada. No internato parecia a cuidar de uma casa, a cozinhar e a preparar recepções, fora a parte sexual. Como disse, a clientela de Madame Lavoisier é vasta. Não há só dominadores interessados no bdsm.
-Na sua cultura cuidar da saúde com alimentos saudáveis, é bem corriqueiro.
- É verdade, minha mãe treinou bem a minha governanta. Ela só não sabia que eu ia crescer e me tornar o cara do fast food. Existe coisa melhor, do que um hambúrguer duplo e batatas fritas?
Chego a ficar com a boca cheia de água.
-Não mesmo... Eu amo um fast food…
Ele desculpe.
-Ali fica a academia. Tenho uma personal trainer que deve conhecer, Bruna…
Conheço bem... Ela já trabalhou no internato e é a mesma pessoal do Arthur.
-Sim... Bruna carrasca?
Eu sorrio, porque ela é osso duro de roer.
-Ela é... Só não fala o que eu te disse…
Entramos para casa, e subimos a escada para a parte superior.
-Essa primeira porta é meu escritório.
Ele abre e vejo um cômodo muito moderno, com móveis de alumínio e vidro.
Ele continua andando e abre uma próxima porta, mostrando um quarto de tons bege, com uma cama imensa de madeira escura.
-Este é meu quarto.
-Como devo agir em seu quarto mestre?
-Sempre bata na porta antes de abrir. Dentro de casa, no meu quarto, você vai agir como uma pessoa normal. A não ser que eu mandei que você se ajoelhe ou abaixe. Gosto de dormir com minhas submissas, mais isso vai acontecer mais vezes no seu quarto. Entrará um pouco aqui, só se eu mudar de ideia.
-Sim mestre.
Ele continua andando, na terceira porta ele abre.
-Este é o teu quarto.
Eu entro e olho tudo. Todo ele em tons claros, desde os lençóis, as paredes e os móveis.
-Não tenho problemas em trazer suas coisas, como também não vou me importar em comprar peças novas. Vai receber um cartão para suas despesas. Eu não quero ter controle sobre isso Sabrina, e nem entendo muito sobre o assunto. Como disse, gosto de ser reservado. Há um closet e um banheiro bem espaçoso.
Eu entro no closet e é imenso.
Vai dar todas as minhas coisas. Modéstia parte, eu amo moda e tenho meu próprio estilo. E não vai ser nenhum prazer eu fazer compras com o cartão dele.
Entro no banheiro e realmente ele é enorme. Também há uma jacuzzi ali, só que bem menor do que a do espaço gourmet. O banheiro é todo branco como o quarto. Chega fazer uma vista.
Saio do banheiro e ele está parado no meio do quarto, com as mãos no bolso da calça me observando.
-Continuamos o passeio?
Falo com a minha consideração, começando a ficar quente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Doce Pecado
Cadê os capítulos...
A leitura não abre... Por quê???...
Cadê os capítulos...