Grávida de um mafioso romance Capítulo 187

Me levanto da cama e ando na ponta dos pés para catar as minhas roupas que foram jogadas no chão. Eu deveria ter ido para o meu quarto quando Matteo adormeceu, porém estava tão boa a posição que nós estávamos deitados que não tive coragem de sair dos seus braços. Hoje de manhã eu teria que torcer para a Carolina não passar no meu quarto e nem esbarrar com alguém quando eu sair do quarto de Matteo.

- Você não estava planejando me abandonar depois de passarmos a noite juntos, não né? - me viro para trás encontrando com Matteo sentado na cama, com os lençóis cobrindo a sua nudez e os olhos azuis vidrados em mim - você não seria o tipo de pessoa insensível que me deixaria aqui pelado, enrolado nesses lençóis e iria embora logo depois de pegar as suas roupas e quando nos trombarmos pela casa iria fingir que nada aconteceu. Você não seria assim, né Mariana?

- Claro que não - dou um sorrisinho sem graça para encobrir o fato que eu faria exatamente o que ele tinha acabado de presumir se não tivesse sido pêga com a boca na botija - eu só estava andando na ponta dos pés para não te acordar. Era óbvio que eu não estava planejando ir para o meu quarto e fingir que a noite anterior não existiu - continuo pegando minhas coisas espalhadas pelo chão e percebo que apenas uma peça estava faltando.

Olho para as roupas emboladas no meu braço e não encontro a peça que faltava, olho novamente o chão e debaixo da cama. Eu não podia sair do quarto de Matteo enrolada num lençol!

- Procurando por algo? - me levanto do chão e vejo minha calcinha na mão erguida de Matteo. Me estico para pegar porém ele a afasta, peço por favor e ele me ignora - você quer ela? Então vem pegar - ele me provoca apenas para me atrair para a cama novamente. E sabemos bem que se eu seguisse sua isca seria fisgada no final - se não precisar dela, pode sair por aquela porta e seguir com os seus planos diários, mas se precisar dela...sabe bem o que fazer - ele sorri presunçoso e reviro os olhos para a sua brincadeira sem graça.

- Tudo bem, eu vou pegar essa calcinha e vou sair por aquela porta assim que me vestir - sou direta e ele assente com a cabeça, igualmente como um aluno quando o professor explica um assunto fácil. Me estico para pegar a peça da sua mão e como esperado ele a afasta e sou obrigada a subir na cama para arrancar minha calcinha da sua mão, porém era tarde demais. Matteo havia arrancado o lençol que cobria meu corpo, tinha me agarrado pela cintura e me enfiado debaixo dos lençóis outra vez, seu corpo nu estava por cima do meu também despido, me pressionando intencionalmente - Matteo... - digo em tom de aviso.

- O que? Não posso dar bom dia para minha nova amiga? - sua mão desce pelas minhas curvas e aperta com firmeza o meu quadril. Meu corpo se acende com aquele toque e algo duro se pressiona contra minha barriga - você mesma disse que amigos podem se pegar as vezes, acho que isso inclui sexo matinal também.

- Sim, eles podem se pegar mas não quando um deles está atrasado e o outro tem trabalho á fazer - retruco e ele revira os olhos, bufando e saindo de cima de mim. O dia estava cheio hoje para nós dois, Matteo precisava retornar para as buscas por Luigi e eu precisava conversar com Cassandra para conseguir mais dinheiro.

- Então, o que eu faço? - me levanto da cama e visto minha roupa, quando me viro para Matteo, ele continuava imóvel, sentado na cama com o lençol cobrindo as pernas e o volume aparente - você fez isso comigo, tem o dever de resolver o problema que me causou - cruzo meus braços e olho bem para ele apontando a própria ereção.

- Primeiramente, foi você quem começou me puxando para essa cama, segundamente, leve isso como um castigo e terceiramente... - me inclino para dizer baixinho perto do seu ouvido - tome um banho bem gelado e tente se aliviar, espero que as lembranças da noite passada ajudem no seu probleminha - digo num tom sexy e caminho até a porta, ignorando o olhar obsceno de Matteo, eu vigiava o corredor antes de ir até o meu quarto.

Por sorte não encontro com ninguém no caminho e consigo tranquilamente tomar um banho e delirar com as lembranças da noite passada.

- Então, sobre esse assunto... - pondero antes de começar de fato a dizer o meu propósito ao chamá-la primeiro, eu não poderia dizer de cara que queria dinheiro e que não poderia dizer o motivo para isso e muito menos dar garantias que vai dar certo - entrei em contato com alguns amigos jornalistas e achei um método que pode ser mais que eficiente na busca por Luigi - assim que digo o nome do italiano, Cassandra fica em alerta - não posso dizer o que é, mas você estaria interessada em contribuir? Digo, financeiramente?

- De quanto você precisa? Não vou medir esforços para encontrar meu filho, nem que eu gaste todo o meu dinheiro em detetives ou nesse tal método eficiente que você achou - ela diz determinada - de quanto você precisa, Mariana? - dado a deixa, menciono a quantia que Will me disse que precisaria para comprar o tal equipamento que ajudaria ele á expandir as buscas por Luigi.

Minha chefe pega sua bolsa e retira de dentro um talão de cheque, enfiando a mão novamente no acessório ela puxa uma caneta para fora. Enquanto Cassandra escreve na folha pequena a quantia pedida, eu pude perceber o quanto o arrependimento havia mudado minha chefe.

Sempre pensei que a megera fosse do tipo apegada ao dinheiro e gananciosa, assim como sua imagem nos deixava acreditar. Na empresa, muitos boatos sobre ela circulavam e a maioria era sobre seu comportamento autoritário e altamente exigente, vendo a mesma megera nesse estado tão desesperado e insegura quebra qualquer expectativa que eu tinha sobre seu comportamento em relação á Luigi. Cassandra estava mesmo arrependida de um dia tê-lo abandonado e isso estava bem claro.