Sexta-feira
Assim como a megera da Cassandra junto com a sua puxa saco Melissa planejaram, eu não consegui memorizar todos os nomes da lista e não pude sair para visitar nenhum lugar.
Desço para tomar café na força do ódio. Eu não sou uma pessoa muito vingativa, mas dessa vez elas não vão me escapar. Eu só queria que Ítalo não estivesse de férias, ele sim poderia dar um jeito nas duas.
Não importa agora Carolina, você precisa se arrumar para o casamento! Deixa a vingança para quando voltar para o Brasil.
Diferente dos outros dias, decido tomar um banho bem demorado, não me importa se os outros vão reclamar, não tenho culpa desse fim de mundo ter apenas um banheiro.
Lavo primeiro meu cabelo, em seguida hidrato minha pele com um óleo corporal, faço minha skin care bem básica e saio do banheiro com uma toalha na cabeça ao som das reclamações das pessoas que esperavam na fila.
Melissa tinha acabado de me m****r uma mensagem dizendo que passaria para me pegar de cinco horas. Retiro meus looks da mala e coloco sobre a cama. Fico em dúvida entre qual escolher o preto ou vermelho, envio uma menssagem para Mari e espero ela responder.
Estou tão ansiosa que nem consegui almoçar. Essa noite eu vou para um casamento da máfia! Só de imaginar as comidas saborosas, a decoração chiquerríma, os convidados famosos, as bebidas!
E Melissa, para a minha desgraça.
Tenho certeza que Cassandra ordenou que ela ficasse grudada em mim para ver se eu vou fazer meu trabalho certo, ou melhor para me atrapalhar.
Mari me aconselha a vestir o preto e concordo. Preparo meu cabelo prendendo-o em um coque baixo com a franja solta para dar um charme, deixando em evidência os brincos caríssimos que peguei do depósito da revista.
Um Louboutin foi escolhido para acompanhar o elegante vestido preto que escolhi. O decote em forma de coração e a bela fenda no vestido realçam meu corpo. Finalizo minha produção com um batom vermelho intenso, como diria Mariana, "estou vestida para matar".
Amaldiçou esse lugar por não ter um espelho decente, tive que me maquiar pela câmera do celular. Tomara que algum dia eu me lembre dessa situação e consiga rir sem querer matar alguém ao mesmo tempo.
Recebo uma menssagem de Melissa, ela já estava me esperando dentro do carro, olho pela janela e não vejo nem sinal do carro. Ligo para o celular dela, não era possível que ela queria me pregar um peça ao algo assim justamente hoje.
Ligação on
_cadê você?
_eu que te pergunto, não estou vendo nenhum carro aqui na frente.
_ah, esqueci de dizer. O carro não consegue passar por essa rua então você tem que vir andando até onde a gente está.
_como é? Você quer que eu ande com um Louboutin por essa rua esburacada?!
Não creio que ela esteja falando sério, um sapato desse custa de dois à três mil reais, nem vendendo a minha alma Cassandra me aceitaria de volta na revista por arranhar esse sapato.
_vem descalça então!
_nem ferrando, você está mentindo! Naquele dia o táxi trouxe a gente até aqui na porta desse lugar e agora você está me dizendo que o carro não passa?
_ah, vou m****r uma foto para você ver que estou falando a verdade.
Ligação off
Espero até que a imagem chegue ao meu celular. A rua estreita e um carro preto estacionado quase à centimentos de bater em uma parede são ilustrados na foto. Pelo jeito vou ter que ir descalça até lá.
Seguro minha bolsa de um lado, os sapatos do outro e marcho em direção ao carro. Demoro um pouco para encontrar a rua certa, porque todas são praticamente iguais. Um alívio me toma quando vejo Melissa me esperando fora do carro com uma carranca.
_até que enfim a Cinderela chegou_ dou um sorriso falso e ela me corresponde com o mesmo gesto. Entramos no carro e o motorista sai em rumo ao casamento.
Não demora muito quando chegamos em uma propriedade privada, muitos seguranças ao redor do local revelam que o evento era muito importante.
_não envergonhe a revista_ Melissa diz antes de sair do carro. Xingo ela na minha cabeça e a sigo para dentro da propriedade incrivelmente grande.
Na entrada uma mulher recebe os convidados enquanto outra olha quem está na lista. Observo quando Melissa entrega os convites que nos colocam para dentro da festa e uma das mulheres nos guia até o jardim onde irá acontecer o casamento.
O jardim é encantador, luzes contornam as belas imagens poldadas nas árvores, uma fonte iluminada chamava à atenção das crianças, os vasos com flores em cores primaveris ornamentavam ao redor do lugar dando um "ar" romântico.
Um garçom nos ver chegando e vai na nossa direção segurando uma bandeja com taças de vinho branco, ambas pegamos e observamos o local, muitas das pessoas que estavam na lista estão aqui.
_eu acabei de ver alguém conhecido ali, fique aqui e não faça nenhuma besteira. Não estou aqui para ser sua babá, então acho melhor você se comportar muito bem_ela sai em direção à um aglomerado de pessoas me deixando sozinha num canto.
Já era de se esperar que ela fizesse isso.
Quem ela pensa que é para me m****r ficar parada num canto, eu não sou nenhuma criança para fazer besteiras, eu sei me cuidar muito bem. Tomo o líquido da taça de uma só vez e ando na direção oposta me afastando de Melissa.
Procurando um banheiro para retocar a maquiagem chego ao que parece ser o final do jardim, minha atenção se prende em uma conversa de algumas pessoas, que mais parece uma briga do que uma conversa.
Não presto muita atenção em minha frente e colido com alguém, olho para cima e vejo um homem me olhando.
Um homem não, Carolina! "O homem"!
A primeira coisa que noto são seus olhos verdes me observando, o cabelo castanho claro bagunçado dava a ele um charme irresistível, usava uma camisa branca com mangas dobradas no cotovelo e a gola bagunçada como se acabasse de arrancar a gravata à força, imaginar essa cena dele arrancando a gravata me faz derreter por dentro.
Ele estava tão perto que dava para sentir o aroma da sua colônia, era um cheiro forte e presente, inalo aquele aroma tendo a consciência que ficará grudado no meu cérebro durante toda a noite.
Ele me olha estranho e percebo que o estou encarando sem dizer nada, ele deve achar que sou estranha e me apresso em pedir desculpas.
_ah...desculpa, eu não estava...é...prestando atenção_ olho mais uma vez para sua roupa e me pego encarando a tatuagem que ele tem no braço direito, mesmo com a maior parte da camisa cobrindo o resto, dava para ver alguns desenhos.
Será que ele tinha o corpo todo tatuado?
_você gostou dela?_ele diz apontando o braço tatuado.
_ah! Desculpa, eu tava encarando?_dou uma risada sem graça desviando o olhar enquanto ele ri revelando o belo sorriso arrasa-corações.
Deus, como pode existir pessoas tão lindas assim?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Grávida de um mafioso
Continuação...
Onde está a continuação?...
Estou entrando em colapso preciso dos outros capítulos, só esse site é de graça 🥺...
Continua por favor,desde ontem que não saio do site só esperando o capítulo 190...
Preciso da continuação...