— Não vai me convidar para entrar?
Com um suspiro pesado de irritação, eu me afasto para o lado, o suficiente para Theodoro entrar no quarto e preencher o cômodo com a tensão palpável entre nós.
Mal consigo controlar a maldita carga de sentimentos dentro de mim.
O desejo por esse homem irresistível.
A raiva por ele ser um babaca.
A maldita ansiedade que não me deixa parar quieta.
Enfio uma mecha de cabelo atrás da orelha, apenas para ter como ocupar minhas mãos.
— Pronto, você já entrou, Theo — digo, ríspida. — Agora me diga o que quer.
— Você.
Suas palavras me distraem.
Eu pisco algumas vezes, arrebatada pela masculinidade agressiva enquanto ele se aproxima.
— Acho que eu não entendi...
— Acho que você entendeu muito bem. Mas para o caso de não, eu vou explicar melhor. Quero você em cima dessa cama — ele me olha, lascivo. — E na pia do banheiro se conseguirmos chegar até lá.
Minha garganta fica seca com as imagens borrando a minha mente. Theo sempre adorou me comer sentada na pia do banheiro, uma das nossas posições preferidas. Só de imaginá-lo fazendo isso outra vez, fico de pernas bambas.
Mesmo assim, reluto contra esse desejo primitivo com todas as minhas forças.
— Você deixou muito claro que não me queria mais como sua esposa — eu o lembro, dando um passo para trás. — Não faz questão de esconder o quanto me odeia. E não vou nem começar a falar sobre confiança.
— Querida, isso não tem nada a ver com amor ou com ódio — ele sorri de canto e, para o meu espanto, começa a desabotoar a camisa. — A gente vai foder.
Merda.
Abro a boca com dificuldade para respirar.
O que ele está dizendo agora?
— Theo... não.
— Tire a roupa. Agora.
Meu queixo tremula. Ele não pode me dar ordens dessa forma. Não foi isso o que combinamos quando voltei para essa casa. Estou aqui pelos meus filhos, não para me tornar a amante secreta do cappo.
Levanto a cabeça, determinada a conservar o resto de dignidade dentro de mim.
— Você não pode me obrigar.
— Não estou obrigando — Theo sussurra, a voz aveludada. Avança como um predador, enquanto eu recuo como uma maldita presa. — Você vai me dar tudo o que eu quero por vontade própria.
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