Jogo de Intrigas romance Capítulo 28

Resumo de Capítulo 28: Jogo de Intrigas

Resumo de Capítulo 28 – Capítulo essencial de Jogo de Intrigas por Rebecca Santiago

O capítulo Capítulo 28 é um dos momentos mais intensos da obra Jogo de Intrigas, escrita por Rebecca Santiago. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Pela manhã, acordo determinada a ligar para Alessandra.

Não importa que seja uma idiota e esteja se comportando como uma criança birrenta e mimada. É a minha melhor amiga e a única pessoa que me estendeu a mão quando precisei. Por isso, mesmo que ela insista, não vou deixá-la se afundar nesse buraco profundo que está cavando para si mesma.

Troco minha roupa e desço as escadas, ainda dolorida pela noite anterior. O sexo foi incrível, mas é lógico que não compensa a dor e a humilhação que estou sentindo agora.

Depois de uma noite perfeita, peguei no sono em seus braços. A sensação de estar aninhada e aconchegada a ele me deixou nas nuvens. Mas quando acordei, Theo não estava mais lá. Ele havia saído sorrateiramente enquanto eu dormia, provando que é mesmo um babaca. 

Tenho certeza de que ainda sente alguma coisa por mim, além do sexo, mas é incapaz de admitir. Está se escondendo por trás da fachada de mafioso insensível para não lidar com os próprios sentimentos. E com isso, claro, está me afetando também.

Preciso dar um jeito de me livrar do poder que ele exerce sobre mim. Mas como?

Quando chego à mesa do café, tenho uma surpresa agradável. Meus dois filhos me esperam para comermos juntos. Tem croissant, torradas com geleia de morango – a minha preferida! – entre outras delícias.

Para minha surpresa, as crianças estão arrumadas com camisa branca social, calça preta de tergal e gravata borboleta.

— Até que enfim, mamãe! — Quim reclama, chateado. — Você está muito atrasada.

Heitor me olha com recriminação.

— Quase perdemos o passeio por sua causa, Vitória.

Eu me sento do outro lado mesa, de frente para os dois, esquecendo momentaneamente o meu enorme apetite esta manhã.

— Que passeio? —pergunto, curiosa.

Heitor dá de ombros.

— Papai prometeu nos levar até a casa de uns amigos.

Abro a boca, tamanho espanto, enquanto os meninos começam a atacar o café da manhã como bichos selvagens.

Ouço passos e, ao me virar sobre o ombro, vejo Theodoro se aproximar, com um modelo de roupa idêntico ao das crianças.

—  Que tipo de amigos são esses que os meninos vão ver hoje?

Ele puxa a cadeira na ponta da mesa e, por um momento, acho que vai ignorar minha pergunta, enquanto se serve de ovos e bacon.

— Pessoas com quem faço negócios. Por quê?

Eu olho para ele, barbarizada.

— E o que isso tem a ver com as crianças, Theo, pelo amor de Deus? — abaixo o tom para um sussurro que, eu espero, Heitor e Joaquim não consigam ouvir. — Por que expor os dois a esse tipo de ambiente.

Ele rosna um xingamento em italiano sem sequer olhar para mim.

— Que tipo de ambiente? A casa dos meus amigos?

— Você entendeu muito bem.

Theodoro finalmente ergue os olhos e me encara.

Eu me vejo obrigada a sustentar o seu olhar mortal.

— Essas pessoas têm filhos e é aniversário de uma das crianças. Satisfeita?

— Uma festa de aniversário? —  pergunto, desconfiada. — Agora de manhã?

— Irei transmitir seu desagrado com o horário aos pais do menino, pode ficar tranquila — ele diz com escárnio.

Emito um longo suspiro.

Estou cansada desse humor ácido dele. Minha vontade é mandá-lo tomar no cu e só não o faço em respeito aos meus filhos. E por medo de perdê-los, também.

— A festa é dentro da casa do menino?

— Não, no jardim — ele estreita os olhos, com desagrado. — Mais alguma pergunta ou podemos encerrar o interrogatório? Estou com fome — ele passa a língua pelos lábios e sua expressão muda para algo muito mais selvagem. — Tive uma noite pesada.

A fúria controlada em seu rosto agora toma proporções assustadoras.

Theo se próxima, me encarando de perto, de forma que posso sentir o calor do seu corpo se fundir ao meu.

— Você enlouqueceu, Vitória? Sabe o que eu posso fazer com você?

Eu me empertigo, disposta a enfrentar a briga pela primeira vez.

— Ofender. Humilhar. Matar. Torturar — sorrio de canto. — Esqueci algo?

— Essas são só algumas coisas — ele me olha de cima, com arrogância e superioridade, mas eu não recuo. Mesmo tremendo por dentro. — Vamos deixar claro, sou eu que tomo as decisões sobre os meninos. Cabe a você decidir se vai conosco à maldita festa ou não. Essa escolha é sua — ele frisa bem as palavras.

Theo está tentando me diminuir e mostrar o meu lugar dentro daquela casa.

Cerro os punhos ao lado do corpo, meu sangue ferve. Odeio ver meus direitos de mãe arrancados de mim dessa maneira estúpida. Cada vez mais, eu detesto o homem a minha frente com todas as minhas forças. E nem mesmo a química sexual avassaladora entre nós será capaz de me fazer de perdoá-lo por toda essa crueldade, algum dia.

— Certo, não importa — dou um passo adiante, rompendo de vez a ínfima distância entre nós e, surpreendendo o cappo ao ajeitar a sua gravata idiota. — Estarei lá para proteger os meus filhos. Caso você se mostre incapaz de fazer isso.

Seu olhar atordoado dá lugar a uma risada profunda, gutural e irritante.

— Porque você tem maior poder de fogo do que toda a máfia siciliana, é claro — ele mostra os dentes, com um sorriso de desprezo. — Não me faça rir, Vitória.

— Pode acreditar. Não foi minha intenção.

Nossos olhares se prendem um ao outro.

Mesmo sem querer, minha respiração falha quando ele chega o rosto mais perto e nossos narizes se tocam ligeiramente.

Engulo em seco, molhando os lábios com a língua, e os olhos de Theo escurecem mais.

— Vá se arrumar — sua voz sai falha e rouca. —  E quando voltarmos, deixe a porta do seu quarto aberta para mim.

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