Jogo de Intrigas romance Capítulo 3

Resumo de Capítulo 3: Jogo de Intrigas

Resumo do capítulo Capítulo 3 de Jogo de Intrigas

Neste capítulo de destaque do romance Erótico Jogo de Intrigas, Rebecca Santiago apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

— Amor da minha vida — murmuro, tirando Joaquim semiadormecido do sofá. – Eu senti tantas saudades.

— Você demorou muito hoje – ele balbucia, sonolento.

—  Eu sei — eu me viro para minha vizinha com um sorriso, ao mesmo tempo em que ela segura a porta da frente aberta para nós dois passarmos. —   Obrigada, Zola. Você é maravilhosa. Peço desculpas por qualquer incômodo.

— Não tem problema, Vitória. Joaquim foi um amorzinho como sempre. Não é nenhum incômodo.

Quando entramos no pequeno apartamento alugado de dois quartos, no subúrbio do Rio de Janeiro, Joaquim se mexe em meus braços e torna a reclamar da minha demora em chegar em casa essa noite.

— Eu sinto muito, Quim. A tia Zola cuidou bem de você?

— Sim.

— Então eu fico mais sossegada.

Ele levanta os olhos para mim. Está totalmente desperto agora.

— Iuri e eu brincamos com o play station novo dele.

— Isso é ótimo — eu olho para a carinha triste do meu filho e o meu coração se parte na mesma hora. — Você queria um também, não é?

—  O que?

— Um play station.

— Não seja boba, mamãe. Sei que não podemos comprar uma coisa cara assim.

— Não agora — eu digo, convicta. —  Mas algum dia, nós vamos poder.

— Você acha?

— Tenho certeza.

— Quando o papai voltar?

Eu engasgo.

Não é a primeira vez que Joaquim fala no pai, mas aquilo sempre me pega de surpresa.

Entro com ele no quarto pintado com as cores da savana e deito o meu filho na cama, ajeitando seu corpinho sob o cobertor.

Joaquim é um pouco pequeno para a idade. Isso, talvez, pelo fato de ter nascido prematuro. Foi uma gestação difícil, tumultuada. Passei a maior parte do tempo trancada em um hotel na Itália, que paguei com as joias e a maior parte das roupas que Theo fez os empregados colocarem nas malas.

Além disso, eu me sentia em constante perigo. Incerta sobre o que ele faria se chegasse a descobrir que eu estava grávida do seu segundo filho.

Fora isso, a saudade de Heitor me dilacerava.

— Acho que está na hora de você dormir – aperto o nariz de Joaquim e dou um beijo na sua testa. — Boa noite, rapazinho.

— Eu já tenho cinco anos, mamãe.

— Você não quer mais beijinhos? — eu me preocupo.

—  Estou falando do meu pai. Está na hora e você me contar alguma coisa sobre ele — ele me olha angustiado. — Qualquer coisa. Por favor.

Droga.

Está ficando cada vez mais difícil.

À medida que ele cresce e vai observando as relações familiares a sua volta, as perguntas vão se tornando mais frequentes.

Mas, sinceramente, o que eu posso responder?

“Seu pai é um mafioso filho da puta que nos expulsou da sua vida. Ah... e você tem um irmão mais velho que eu nunca mais pude ver”.

Eu engulo o nó na garganta e me sento na beira da cama, acariciando o seu cabelo escuro.

Joaquim não puxou nada a mim. Ele é o retrato fiel de Don Tremesso. Olhos castanho claros e cabelos da cor do ébano. Uma pele dourada que parece ter pegado só o suficiente de sol para parecer saudável. E um sorriso capaz de derreter geleiras... quando sorri. Assim como o pai, ele guarda suas covinhas para momentos especiais.

—  Você é um bom garoto. Sabe disso, não é?

Ele balança a cabeça, concordando.

 

Eu me levanto da cama, às três da manhã em ponto, e vou até a cozinha beber um copo de água.

Tive um pesadelo terrível, de gelar os ossos.

Mesmo sem querer invocar os demônios, acabo revivendo os detalhes, enquanto encosto o copo de vidro gelado contra a testa e as maçãs do rosto.

Sonhei que Theo e Joaquim se conheciam. Os dois se encontravam por acaso em uma lanchonete aqui no Rio de Janeiro. Theo estava muito bem-vestido como sempre. Sexy como o diabo em um terno cinza e gravata combinando.

Eu estava deixando o caixa com Joaquim e Theo se aproximou, com a carteira na mão.

Quando os olhos dos dois se encontraram, meu coração parou de bater. Foi como uma fenda no tempo. O presente deixou de existir e eu fui lançada de volta ao passado, ao momento em que Theo e eu rompemos.

Só que, dessa vez, ele nem olhou nos meus olhos. Bastou ver Joaquim e algo dentro dele cresceu, se avolumou, a ponto de estourar. Pude ver o brilho do reconhecimento nos seus olhos. E nos olhos do Quim.

Assisti, paralisada e em silêncio, enquanto Joaquim corria para os braços do pai, se jogando contra ele como se todo o mundo ao redor tivesse deixado de existir e agora, fossem só eles dois.

Acordei suando e ofegante.

E agora estou com medo de dormir de novo.

O que está acontecendo comigo? Será TPM ou estou virando mesmo uma chorona?

Por isso, faço a coisa mais estúpida, idiota e precipitada a qual poderia fazer.

Eu pego o telefone e ligo para ela.

—  Alessandra?

—  Vitória? — há um silêncio tão longo do outro lado da linha que eu considero que ela possa ter desligado. Ou infartado. — Vitória, é você mesmo? Puta que pariu, eu não acredito que é você, sua safada!

Um pequeno sorriso toma conta dos meus lábios.

Sei que estou chamando encrenca e que provavelmente vá me arrepender pela manhã. Mas aquele sonho... ninguém mais além de Alessandra Tremesso vai poder acalmar o meu coração essa noite.

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