Enrico jogou-se no sofá da sala de Enzo ao olhar em volta. Sempre que ele ia na casa de seu primo percebia os moveis diminuindo. Ele nunca ia entender a necessidade dele em ter espaço.
–Muito bem, como andam as coisas por aqui? – perguntou ao olhar para Enzo, o qual mantinha-se pensativo.
–Tranquilo – deu de ombros – apenas Raoul para animar esta vida tediosa.
–Eu imagino e Tio Giovanni deu noticias?
–Não.
–É bom manter os olhos nele, acho que irá aprontar algo para a empresa e culpar Raoul.
–Acha que ele pode mesmo fazer algo?
–Acho. Ele está despeitado como sempre.
–Falarei para Raoul tomar cuidado – murmurou.
–Isso é bom porque não quero perder a minha renda – espreguiçou-se sorrindo – falando nisso, o que iria me dizer? Já sabe como lidar com aqueles dois?
–Tenho algumas ideias, mas não será nada fácil. Ele é cabeça dura e ela muito jovem.
–Nada é impossível para a dupla Belinni.
Enzo sorriu assentindo. Eles tinham muito o que planejar para se divertirem com Raoul antes de um ano.
***
Emma caminhou apressada entre as pessoas e logo avistou o jovem ruivo, o qual suspirava olhando em volta. Ela sorriu, acenando para ele, assim que ele a viu.
–Me perdoe o atraso – desculpou-se assim que se aproximou.
–O importante é que chegou – Rupert disse sorrindo.
Emma não conseguiu evitar uma comparação dele com Raoul, pois enquanto Rupert mostrava-se gentil e atencioso, o outro era distante e frio.
“O que estou pensando? Raoul é apenas um homem amargurado, enquanto Rupert é o garoto que amo” pensou com firmeza ao caminhar ao lado do jovem ruivo pela rua tumultuada da Itália. Eles caminharam conversando alegremente ate pararem em frente a um cinema, Rupert segurou na mão de Emma puxando-a pelo saguão com um sorriso no rosto. No mesmo instante, o coração da jovem disparou um pouco fazendo suas faces avermelharem-se.
***
Enzo sorriu ao apertar a campainha do apartamento de Raoul. Nos finais de semana ele gostava de tirar fotos ao ar livre, mas lembrou-se que não via a jovem cunhada há um tempo. Sorriu entusiasmado quando Raoul atendeu a porta com o cenho franzido.
–O que faz aqui? – Raoul indagou sério. Ele já imaginava que a presença de Enzo significaria problema mais a frente.
–Vim lhe visitar – anunciou piscando de forma marota. Passou por Raoul entrando em seu apartamento – cadê Emma? Vim apenas vê-la e lhe encontro lendo jornal no sofá? – falou ao olhar em volta.
–Ela saiu. Parece que ela tem mais vida que você. Deveria se envergonhar disso – cruzou os braços assim que Enzo sentou-se no sofá sorridente.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Lição de Amor