Lição de Amor romance Capítulo 30

Resumo de Lição 30 - Primeira festa: Lição de Amor

Resumo do capítulo Lição 30 - Primeira festa do livro Lição de Amor de Thay

Descubra os acontecimentos mais importantes de Lição 30 - Primeira festa, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lição de Amor. Com a escrita envolvente de Thay, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

As mãos de Emma já estavam vermelhas de tanto apertar uma contra a outra. No imenso salão os olhares estavam direcionados para eles. Raoul mantinha o braço ao redor de sua cintura desde que saíram do carro. As mulheres a olhavam com zombaria e inveja, enquanto os homens com lasciva.

–Isso não me parece bem – Emma murmurou próxima ao ouvido de Raoul – eles devem estar achando que isso é alguma brincadeira.

–Apenas relaxe – falou em seu ouvido fazendo um carinho em seu pescoço, o que não passou despercebido por todos – Quanto mais preocupada ficar, pior será.

Ela assentiu nervosamente, tentando controlar os arrepios que sentia. Por mais que não quisesse gostava dos toques dele em seu corpo.

–Raoul que surpresa em vê-lo – uma mulher disse aproximando-se do casal. Ela trajava um vestido preto colocado em seu corpo – e esta jovem, quem é?

–Esta é a senhora Belinni, minha esposa – disse sorrindo ao ver o olhar perplexo da mulher em sua frente – vejo que ainda não havia escutado as novidades.

–Não, pelo contrario., apenas não acreditava que fosse real.

–Mas é – sorriu.

–É um prazer – a mulher disse atordoada a olhando de cima a baixo – você está grávida?

–Na... Não – Emma respondeu com as faces rubras.

–Ora, você já foi mais discreta – Raoul gracejou ao apertar Emma contra o seu corpo – nos casamos por nos amar. Há algum mal nisso?

A mulher negou com a cabeça, sorrindo levemente. Se despediu e não demorou para a festa toda comentar sobre o casal nada convencional.

***

–Não sei se vou conseguir – Emma disse a si mesma ao apoiar a cabeça na parede do Box do banheiro. Ela não aguentava os olhares que estavam lhe lançando e muito menos as ironias de Raoul para todos. A sua vontade era de sair dali e sumir da vida dele. –Ele não está indo longe demais? – se perguntou após suspirar.

Raoul olhou para os lados em busca por Emma e ao ver o sorriso debochado de Enzo, não conseguiu segurar o sorriso.

–Você e Emma movimentaram este jantar sem graça – Enzo comentou ao sentar-se na mesma mesa de Raoul.

–Eu sei.

–E onde ele está?

–Foi no banheiro – disse tentando transparecer desdém, mas estava preocupado. – e o que faz aqui?

–Sou um Belinni também. Fui convidado – disse fazendo uma careta. Ao olhar para frente, ficou pasmo ao ver Emma caminhar em direção a eles. Levantou-se da mesa e sorriu ao ver o sorriso dela – Você está maravilhosa – falou sincera ao segurar a mão de Emma, levando-a de encontro aos seus lábios.

–Obrigada.

Por mais que ela tentasse não conseguia ficar brava com Enzo, algo em seu sorriso a deixava desnorteada.

–Também não está nada mal – ela disse olhando para ele fixamente. Raoul revirou os olhos diante da cena e após sorver todo o champagne de uma só vez, levantou-se segurando no braço de Emma.

–Vamos dançar – disse grosso ao levá-la para longe de Enzo. A musica preenchia o salão. Alguns casais dançavam em meio as conversas e sorrisos tendo apenas Raoul e Emma dançando seriamente.

–Poderia ter sido mais sutil, não acha? – ela indagou assim que ele a rodopiou.

–Sutil? Para todos aqui somos casados. Não acho que deveria mostrar sutileza quando meu primo demonstra interesse em minha esposa.

–Ele não estava demonstrando interesse.

–Então o que mostrava? Desejo? Luxuria? Paixão?

–Está sendo ridículo – ela murmurou ao olhar para os lados.

–Realmente... Eu estou sendo – disse pensativo – “Desde quando me comporto desta forma por alguma mulher? Admito que preciso dela para ter a empresa, mas não está indo longe demais. Preciso vê-la exatamente como ela é. Um elevador para o meu sucesso. Sem ela, eu não teria nada. Sem ela, Giovanni seria o dono de tudo”pensou com firmeza tentando colocar a sua mente no lugar. – Apenas se comporte esta noite e tudo acabará bem.

–Farei isto – concordou contra a sua vontade. Ela sentia-se inquieta ao ver os olhares de todos sobre si, já estava ficando agoniada quando escutou a voz de Raoul em seu ouvido.

–Quanto mais incomodada transparecer mais eles irão comentar – sussurrou a apertando contra si – divirta-se. Eu vejo isso como um grande espetáculo.

–Espetáculo? Acha que sua vida é algum show da Broadway? – comentou sorrindo sem segurar-se.

–Não diria isso, mas eles acham isso – disse olhando em volta rapidamente. – Está linda de verdade esta noite.

–Obrigada... – disse desconcertada com o tom de voz dele. Suas faces avermelharam-se e naquele instante ficou feliz por ido com ele. Colocou seus braços nos ombros dele, enquanto olhava em seus olhos. Raoul aproximou a sua cabeça da dela, encostando em sua testa, tendo poucos centímetros de distancias de seus lábios – não tem problema? – ela murmurou olhando para os lábios dele.

–O que? – indagou com a voz baixa.

–O que esta prestes a fazer....

Raoul sorriu levemente ao tocar os lábios dela com os seus. Alguns olharam para o casal, enquanto outros mantinham-se inerentes ao que acontecia. Os lábios de Emma entreabriram-se para receber a língua de seu marido. Envolvidos pela musica, o casal trocava um beijo apaixonado e calmo sem preocupar-se com os olhares de reprovação.

Enzo levou a taça de vinho aos lábios ao olhar em volta e ao ver Raoul e Emma se beijando no meio da pista de dança, engasgou. Ele nunca esperava ver tal cena. Olhou perplexo para o casal e logo um sorriso substituiu a perplexidade em seu rosto.

–Isso é tão... Estranho – uma mulher loira comentou ao lado de Enzo – ele é tão velho pra ela. Esta menina deve ter uns 17 anos no Maximo.

Enzo olhou para a mulher ao seu lado, a olhou de cima a baixo e sorriu.

–Na verdade ela tem 16 anos e é minha cunhada. Acho que está com inveja porque ela já é casada e com um dos homens mais ricos deste salão, enquanto você... – olhou para as mãos dela – ainda é solteira pelo que vejo. Já tem quantos anos? 30?

–Não tem problemas – sorriu – ela tem 16 anos sim – falou tranquilo ao olhar para trás e vê-la sentada rindo com Enzo – se me dão licença.. – afastou-se rapidamente e não demorou para chegar em sua mesa – Obrigado por ter cuidado dela, mas eu já retornei – falou ao colocar a mão no ombro de Enzo, o qual o olhou sem expressão. Levantou-se da mesa e sorriu para Emma.

–Qualquer coisa estarei aqui – disse piscando para ela, saindo em seguida.

Raoul respirou fundo ao vê-lo se afastar e quando voltou a sua atenção para Emma estranhou o seu rosto avermelhado. Olhou para o copo em cima da mesa, vazio e xingou Enzo em pensamento.

–Ele que lhe deu isso? – apontou para os dois copos vazios. Ao vê-la assentir com um sorriso no rosto, suspirou – é melhor irmos embora.

–Por quê? Eu gosto dessa musica – Emma disse com a voz alterada. Ela olhou para Raoul sem medo do que ele poderia pensar. Ergueu-se da cadeira, segurou em sua mão e o levou para a pista de dança. – Vamos mostrar paixão – sorriu ao ver o olhar incrédulo dele.

Raoul não conseguia acreditar que sua esposa tivesse ficado alta com, um pouco, de álcool que é servido em coquetéis. Olhou para ela diversas vezes, tentando compreender o que lhe passava pela cabeça, mas desistiu ao ver que ela estava decidida a dançar com ele aquela musica.

–O que tem de especial nela? – Raoul perguntou ao segurá-la pela cintura, aproximando os seus corpos mais do que necessário. Sentiu a cabeça dela em seu ombro e não conseguiu evitar um sorriso.

–Ela me lembra você – confessou de olhos fechados – já tinha escutado antes.

Raoul começou a presta atenção na balada romântica e teve medo. Medo de que ela estivesse gostando dele.

“Isso não está certo.” Pensou. Sabia que o certo seria afastá-la dele e a levar embora, entretanto não teve forças.

No outro lado do salão, um homem com a face entristecida era visto. Enzo, olhava para seu primo e sua cunhada frustrado.

–Isso... Não está certo – murmurou para si mesmo dar as costas e ir embora.

***

Enzo sentou no sofá de sua casa pensativo. Ele havia saído no começo do jantar e por algum motivo sentia-se mal por ter deixado Emma.

–Veio cedo – Enrico comentou ao vê-lo no sofá – viu Emma?

–Vi – sua voz transmitia toda a confusão que sentia, o que não passou despercebido por Enrico.

–Então.. o que houve?

Enzo ficou parado, olhando para o nada, até virar para Enrico e com o olhar suplicante indagar.

–Seria errado eu me apaixonar por ela?

Enrico suspirou e sentou-se ao lado dele, depositou a mão em seu ombro, o apoiando. Por mais que ele quisesse ter uma resposta para aquela pergunta, não sabia o que dizer.

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