Lição de Amor romance Capítulo 39

A cafeteira já estava prestes a fechar restando em seu interior alguns funcionários e um cliente familiar a todos. Enzo encontrava-se sentado em uma mesa no canto a espera de Emma, a qual encontrava-se no banheiro, se trocando para ir conversar com ele. Em seu intimo Emma estava perturbada com os olhares que Enzo lhe lançava, pois a sensação que lhe vinha em mente era que ela era um copo de água em meio ao deserto do Saara. Assim que se arrumou saiu indo em busca de Enzo, o qual continuava no mesmo lugar de antes a sua espera. Ela se aproximou tentando não ruborizar com o olhar dele.

–Você está linda.. – Enzo disse olhando-a de cima a baixo assim que ela parou ao seu lado sentando-se em seguida. Ela trajava um short na cor vermelha e uma bata branca.

–Obrigada, desculpe ter lhe feito vir ate aqui e ainda me esperar. Hoje o dia foi um pouco cheio.

–Não tem problema. Costumo ter muito tempo livre – sorriu piscando travesso para ela – mas diga-me como posso te ajudar?

–Bem... Meus colegas estão querendo fazer uma festa para a nossa formatura e.. Não temos uma banda para tocar. Como trabalha na área de marketing... imaginei que pudesse conhecer alguém que pudesse nos ajudar.

–Hum... Entendi – murmurou pensativo – tem preferência por alguma banda?

–Não – negou envergonhada. Após a ilha aquela era a primeira vez em que se viam e nada pareceu ter mudado entre eles.

–Posso dar uns telefonemas e falar contigo amanhã, que tal?

–Seria ótimo – sorriu entusiasmada – na realidade...estava imaginando que poderia demorar algumas semanas.

–Bobagem, isso é coisa de cinco minutos.

Emma sorriu agradecida. Levantou-se pegou um copo com café e entregou a ele.

–Café com creme. O seu preferido.

Enzo sorriu ao tomar o primeiro gole. Aquilo era um filete de esperança, pois significava que ela prestava atenção nele.

Raoul parou sem reação ao ver o casal sentado em frente a grande janela cafeteria. Ele havia ido buscar Emma, mas assim que se aproximou do café a viu conversando com alguém e não demorou para ver a outra pessoa: Enzo, seu primo. Fechou o punho com força e respirou profundamente ao vê-los conversarem e rirem de algo. Nada passou despercebido para ele. Todos os olhares, os sorrisos e o desejo no olhar de Enzo foram perceptíveis.

–Se assim que desejam... Farei do modo mais difícil – Raoul comentou com si próprio ao virar de costas e ir embora.

Emma olhou pela janela sentindo-se observada, mas não viu ninguém. Ficou alguns segundos parada, apenas olhando para o lado de fora com a sensação de que a qualquer momento seria surpreendida.

“Porque estou com a sensação de alguém estava me olhando há alguns minutos?” pensou.

****

Apesar de estarem morando juntos, os horários de Emma e Raoul não coincidiam ou pelo menos ele assim quis. Para Raoul o que importava naquele momento era não perder a empresa e para isso estava pronto para tudo, incluindo jogar um jogo ainda mais perigoso com sua esposa.

Caroline abraçou Emma com força assim que ela deu a noticia de quem Enzo havia conseguido para tocar na formatura. Nenhuma delas conseguia acreditar na sorte que haviam dito.

–Ainda não acredito que Zero Assoluto irá tocar para nós e de graça - Caroline comentou sorridente.

–Nem eu – concordou pensativa.

–Quem será que virá lhe entregar o buque de flores? – Caroline perguntou a Emma, pois era uma tradição do colégio as alunas receberem flores na formatura a partir do primeiro ano colegial.

–Provavelmente ninguém – sorriu levemente. – não estou namorando ninguém e... Meu pai, bem..você sabe – disse triste.

–Eu posso te dar um... Ninguém disse que as amigas não podem se presentear – sorriu tentando animar Emma.

***

Giovanni sentou-se na sala de reunião da seguradora e sorriu ao ver Raoul entrar pela porta, imponente.

–Faz um tempo. Como está? – Giovanni o cumprimentou sorridente – soube que sua esposa é muito popular com os Belinni.

–O que deseja? Não me lembro de ter marcado nenhuma reunião contigo para que aparecesse aqui do nada e me forçasse a vê-lo.

–Sempre é tão frio comigo que já nem me importo com suas grosserias – sorriu levantando-se – mas não acho que sua esposa iria gostar deste tipo de comportamento.

–Sobre o que está falando? – indagou calmamente o avaliando.

–Ora nós dois sabemos que esse casamento é falso. Está apenas esperando dar o prazo de um ano para se separar dela.

–Veio propor algum acordo, por acaso? – ironizou.

–Na verdade sim. – colocou alguns papeis em cima da mesa – leia com calma e verá que é uma ótima oportunidade de se ver livre dessa mentira. Não estou querendo 100% da empresa, longe disso. Vim negociar e espero que aceite a proposta que estou lhe oferecendo.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Lição de Amor