Resumo do capítulo Lição 51 - Retorno do livro Lição de Amor de Thay
Descubra os acontecimentos mais importantes de Lição 51 - Retorno, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Lição de Amor. Com a escrita envolvente de Thay, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.
A mala não pesava nada por ser de rodinha, entretanto para Emma o peso começava a se tornar insustentável. Ela não entendia como estava seguindo com o plano de Enrico.
–Só posso ser louca – murmurou para si mesma ao colocar a chave na fechadura. Ao abrir a porta deparou-se com um apartamento vazio.
Flashback on
Enrico sorria divertido ao ver a expressão genuína no semblante de Emma ao afirmar que possuía um plano.
– Já sei como resolver sua questão com Raoul – ao ver o semblante dela prosseguiu – A única forma de fazê-lo lhe escutar é permanecer ao seu lado. Não há como não derreter a frieza dele depois disso.
–Não.. quero derreter nada, Enrico.
–O que você quer então?
–Aquecer o seu coração, a sua casa e vê-lo rir mais vezes.
Enrico não conseguiu deixar de sorrir ao ver o semblante dela. Naquele instante teve certeza de algo.. Teve certeza que estava fazendo a coisa certa.
–Muito bem.. arrume as suas malas.
–Por quê?
–Porque vai aquecer o coração do ice man.
Flashback off
–Ele me deixou aqui e foi embora. Nem para dizer algo com o intuito de me animar. – resmungou ao entrar no apartamento. Ela não havia imaginado que os planos dele envolviam retornar ao apartamento dele. Ao fechar a porta atrás de si percebeu que nada havia mudado como se a sua existência ali nada tinha significado. Tentou ignorar isso ao caminhar em direção ao seu antigo quarto. Abriu a porta temerosa de não encontrar nada seu, entretanto surpreendeu-se ao ver tudo limpo e arejado como se estivesse esperando por ela. –Talvez eu esteja sendo uma boba.. – murmurou para si mesma ao começar a arrumar as suas coisas.
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Enzo saiu da seguradora mais cedo do que pretendia ao ligar para Emma e não ser atendido. Ele sentia que algo estava errado. Ao chegar em sua casa escutou da vizinha que ela havia saído acompanhada por um homem parecido com ele e logo a imagem de Enrico surgiu em sua mente. Voltou para o seu carro e não demorou para entrar em seu apartamento, minutos depois. Deparou-se com Enrico sentado no sofá enquanto assistia um programa de comedia.
–Onde esta Emma? – indagou ao olhar em volta em busca de vestígios dela.
–Não sei, porque eu saberia? – replicou ao olhar para ele com cuidado – não deveria estar no trabalho? Se eu fosse Raoul já teria te demitido.
–Mas não é. Fui ate a casa dela, mas disseram que ela havia saído com um homem parecido comigo. E Raoul é muito diferente de mim.
–Esta insinuando que sou eu? – suspirou pesadamente meneando a cabeça em lamentação – que mal fiz para você, meu primo? Sempre me acusando.
–Enrico...
Enrico o olhou ate não segurar-se mais e sorrir abertamente, levantou-se e pôs a mão sobre o ombro dele.
–Amar uma garota jovem deve ser problemático não é? Sempre instáveis. Já tentou na casa de seus amiguinhos?
–Sempre brincando – Enzo murmurou ao retirar a mão dele de seu ombro – muito bem.. vejo que não quer me contar então eu mesmo irei procurar por ela.
–Já tentou na casa dela?
–Eu disse que vim de lá.. – olhou para o seu primo e ao perceber o olhar divertido que ele lhe dirigia suspirou – ela voltou para a casa de Raoul?
–Talvez.
–Enrico..
–Sim, ela voltou. Ela me pediu para levá-la.
–Não sabe o mal que esta fazendo a ela?
–E você sabe o mal que vocês dois estão causando a ela? Eu já estou cansado de vê-la sendo jogada para os dois lados como um brinquedo. Deixe-a escolher uma vez ao menos.
–Eu realmente pensei que fosse mais humano – levantou-se se afastando dele – mas eu tenho minha parcela de culpa em sua raiva – suspirou – sabe Raoul... eu só voltei porque quis me desculpar, mas... se não sou bem vinda, vou embora amanhã pela manhã. Pode fazer o que quiser com a comida que preparei. Às vezes.. o calor não é tão forte quanto o frio. O sol pode surgir na pior das nevascas, mas o gelo não derrete facilmente, não é? O sol se esconde e volta com força depois, talvez eu deva fazer isso também. Vou deitar, Adeus, Raoul. – deu as costas ao homem sério e inexpressivo deixando-o sozinho com seus pensamentos.
–Enrico.. um dia ainda lhe mato – resmungou ao ir ate a cozinha. Sentou-se na mesa e ao provar a comida, suspirou – apesar de estar gelada... eu posso sentir um pouco de calor. Droga... – murmurou. Virou o rosto e escutou o barulho de seu celular, ao pegá-lo viu ser uma mensagem de Enrico. Começou a ler já imaginando o que iria encontrar.
Ice Man,
Já deve imaginar que Emma voltou por minha causa, certo? Não seja tão gélido. Seja gentil com ela, lembre-se que você tem 30 anos, é auto confiante, mas ela.. Ela tem 16 anos e está confusa. Sobre Toscana, não me arrependo do que fiz, mas não jogue a culpa nela Raoul. Se mandá-la sair daí sabe que sua chance terá acabado, não é? Ela vai se envolver com Enzo e logo a empresa estará na mão de Giovanni. É isso que quer?
Raoul excluiu a mensagem e desligou o celular. Por mais que não quisesse admitir sabia que Enrico estava com a razão.
***
Emma abriu os olhos e após perceber onde estava suspirou. Ela imaginou que tudo havia sido um sonho, mas percebeu estar enganada. Levantou-se da cama, olhou para a sua mala e em seguida para o nada.
–O melhor a fazer é ir embora ou tentar aquecer este lugar? – se perguntou. Estava tão absorta em seus pensamentos que não escutou as batidas na porta. Ao olhar para a porta, segundos depois, reprimiu um grito ao ver Raoul parado na soleira da porta a olhando. – Você me deu um susto.
–Estava te chamando a um tempo.
–Não escutei..
–Percebi – resmungou – vim dizer que.. não precisa ir embora.
–Como? Mas ontem..
–Pode ficar. Vim apenas dizer isso – a olhou por alguns segundos de forma penetrante para em seguida lhe dar as costas – Haverá apenas uma regra a partir de hoje: nada de mentiras – ao dizer isto saiu do quarto sem a olhar mais.
–O que o fez mudar de ideia? – se perguntou com um leve sorriso nos lábios.
–Só espero que eu não me arrependa. – Raoul sussurrou para si mesmo ao pegar a sua pasta e sair de casa. O seu dia seria cansativo demais, entretanto algo havia o revigorado – “Tinha me esquecido como ela é graciosa ao acordar” pensou.
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