Eu e Chase não nos desgrudamos o resto do dia, o que pareceu se repetir no dia seguinte, e no dia seguinte do dia seguinte. Minhas dúvidas em relação ao seu passado se tornavam recorrentes, mas eu as enterrava no fundo da mente a cada vez que me dizia que eu era incrível, ou como queria me ver gozar. Iniciamos nosso arranjo: eu ficava uma semana em seu apartamento, todas as noites, e ele, por sua vez, ficava na semana seguinte. A menos que tivéssemos compromissos urgentes, não quebrariamos nosso pequeno ciclo até nos sentirmos mais à vontade para morar juntos.
Era sexta, e eu disse a Chase que tínhamos um jantar. Minha irmã marcou um jantar, dizendo que era importante, e que eu tinha que ir. Ela pediu para eu levar Chase, já que agora ele também era da família.
Escolhi um vestido tomara que caia vermelho, enquanto Chase escolheu uma camisa polo azul — que fazia seus ficarem acentuados — e uma calça jeans escura. Eu o fiz escolher uma roupa simples, visto que suas roupas eram todas chiques e pomposas.
Quando chegamos ao restaurante, eu quase não acreditei no que vi.
— Estou nervoso — Chase admitiu, do meu lado. — Da última vez que encontrei sua irmã, ela quase me golpeou com um taco de beisebol. — Ele riu. Percebendo que eu estava olhando fixamente para um homem ao lado de Abby, Chase perguntou: — quem é ele? Namorado dela?
— É o Mike. O marido dela. — Chase pegou minha mão com força. Eu estava claramente abalada, e quando nos aproximamos, eu sussurrei para Chase que não conseguiria ficar ali por muito mais tempo. — Podemos só jantar e ir embora? Não estou me sentindo bem. — Tecnicamente não era uma mentira. Mike me fazia ficar doente.
— Claro. Eu nunca pediria para ficar em um lugar que não se sente bem. — Nos sentamos à mesa e Chase os cumprimentou. Depois, foi a minha vez. Hannah e Maryah também estavam ali, e forçando um sorriso, eu disse:
— Que bom vê-los todos juntos.
Mas não era.
Nenhum pouco.
Encarei minha irmã como se estivesse louca.
Depois de o garçom nos trazer alguns pratos, eu e Abby nos afastamos um pouco da mesa.
— Não acredito que voltou com o Mike! — Eu disse, horrorizada. — Abby… você sabe que…
— Eu estava transando com ele. — Ela me interrompeu, passando uma mecha de seu cabelo volumoso por trás da orelha. — Naquele dia em que me visitou… Mike apareceu e brincou com as meninas. Eu sei que parece uma decisão idiota, mas… tínhamos decidido nos divorciar, mas acabou que não nos controlamos. Durou menos que algumas semanas. Nós começamos a transar e ele disse que ainda me amava. Mike disse, também, que iria para Chicago. Ele disse que poderíamos seguir com o meu plano, se eu quisesse.
Eu estava sem palavras.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Meu CEO Mandão