Eu mal podia me aguentar ao ver Annelise naquela saia vermelha.
Talvez ela estive tentando me punir por algo que fiz, porque vê-la naquela maldita saia e não poder tocá-la era o mesmo que tortura para mim, e ela não teria que se esforçar muito para perceber o que estava passando na minha mente todas as vezes que olhava para mim, de sua cadeira ridícula. Ela estava longe, longe o suficiente para não captar os olhares raivosos que lançava para ela do outro lado da sala de reuniões, mas ao mesmo tempo, percebia minha agitação.
O sr. Bunda Dura se inclinou em sua direção e cochichou algo em seu ouvido. Ela levantou, recolheu algumas folhas e saiu de perto dele, se dirigindo para a outra ponta da mesa. Me perguntei, franzindo a testa, o que Sebastian havia dito. Assim que voltei os olhos na direção de Annelise, percebi que estava desconcertada. Isso me deixou puto. Era lógico que o sr. Bunda Dura disse algo que a fez reagir dessa maneira.
Ótimo.
Agora a saia justa de Annelise e Annelise estavam me deixando louco.
O sr. Sheppard começaria a reunião em alguns minutos, e convencido de que era o melhor a se fazer, me dirigi até Annelise, que ergueu seu rosto quando me viu.
— Preciso conversar com você — eu disse, inclinando-me um pouco na direção dela. Annelise piscou e bateu a caneta nos lábios. — Por favor.
— Não posso. — Ela disse. — Tenho que terminar de preencher alguns formulários e responder a alguns emails. — Ela voltou a atenção para a pequena pilha de documentos e baixou a caneta. — O sr. Bachmann pediu para que eu terminasse de fazer isso de uma vez. — Eu assenti.
— O que ele disse? — Quando olhei para Annelise, flagrei Sebastian nos encarnando do canto do olho. — Ele não para de olhar para você.
Estava começando a me irritar. Desde segunda, notei que o sr. Bunda Redonda anda se preocupando com Annelise mais do que o apropriado. Ele praticamente não sai de perto dela, e na terça, o flagrei mexendo em algo de sua mesa. Sebastian tentou se explicar, dizendo que estava procurando alguns documentos, mas era lógico que Annelise estava incomoda com seus atos. Eu tive uma conversa com nosso amiguinho insistente, e descobri que ele é bem rebelde. Annelise me disse, ontem, quando fui ao seu apartamento, que ele praticamente duplicou seu trabalho. Já que não conseguia sua atenção de uma forma, conseguiria de outra. Ele era esperto. Eu não podia discordar.
— Acho melhor avisar ao sr. Sheppard. — Eu disse, apoiando um braço na mesa.
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