Meu CEO Mandão romance Capítulo 81

Chase

Eram três da tarde. 

Eu nunca quis tanto ver a merda da calcinha de Annelise. 

Se ela abrisse um pouco mais as pernas… merda. Meu pau estava duro. Tentei controlá-lo. Quase não conversamos no almoço, e percebendo seu estresse, a última coisa que queria fazer era dizer que estava excitado e queria dar uma rapidinha num dos banheiros da agência. Seria errado? Deus não me julgaria. Tenho certeza de que, ao menos alguma vez, passou por isso, se fosse homem. 

Que ele me ajudasse, então. 

Chamei Annelise, erguendo-me da minha mesa e andando até a sala dela. Minha cueca apertou com força minha ereção dura. Tão forte que quase me contorci. 

— Pode conversar comigo agora? 

Havia deixado nosso papo para outra hora, mas por algum motivo ela não queria conversar comigo. Não é como se eu quisesse fodê-la na frente de todo mundo… tá, talvez estivesse descontrolado a esse ponto. O que importa é que Annelise estava me torturando, e ainda era a porra de uma quarta-feira. 

— Eu juro que vou arrancar você dessa maldita cadeira se continuar me ignorando. — Eu disse, sério. Ela ergueu o queixo pela primeira vez, e meu coração derreteu ao ver seus olhos verdes. — Eu preciso de você, Annelise. — Inclinei-me sobre a mesa, apertando-me contra a madeira. Minha ereção parecer crescer ainda mais. 

— Não posso. — Ela disse. — Estou ocupada, Chase. — Disse, repetindo a mesma coisa pela centésima vez num único maldito dia. 

Eu estreitei os olhos. 

Sebastian saiu de sua sala e me encarou, depois se dirigiu para perto. 

— Oi, Chase. Está perdido? Seu escritório fica ali. — Ele apontou para a sala do outro lado do corredor. Não escondi meu biquinho irritado. 

— Não que seja da sua conta, mas estava conversando com Annelise. — Eu contei. 

— Ah, é?  Desculpe… infelizmente vou ter que roubá-la um pouquinho. Sabe como é, não é? — Ele sorriu, colocando a mão no ombro dela. — Prioridades primeiro. 

Eu quis socar seus dentes perfeitos. 

Forcei um sorriso. 

Annelise me encarou, e eu vi um pedido silencioso em seus olhos gritando:  " Por favor, para"

Eu não parei. 

— Ela também é a minha secretária. Além disso, cheguei primeiro. — Disse, batendo na mesa. 

Eu deu gargalhada. 

Ousadia! 

— Ela é a minha secretária. O sr. Sheppard  contratou uma secretária exclusivamente para você, Chase. E eu realmente preciso dela. 

— Ela é minha namorada, porra! — Berrei, encarando Sebastian com raiva. Quando voltei os olhos para Annelise, ela me olhava com desconforto nos olhos. 

Vi um sorrisinho no rosto de Sebastian. 

Os olhares à nossa volta estavam atentos, quase espantados. 

— Ela pertence à mim, Sebastian. — Peguei a mão de Annelise a fim de fazê-la perceber que precisava dela, mas ao ver seus olhos, notei o quão horrorizada e envergonhada estava. — Nem você nem ninguém pode impedir isso. 

— Me solta, Chase. — Annelise pediu. — Já está indo longe demais. 

— Anne — eu olhei para ela tentando encontrar algum sinal de aprovação, depois para as pessoas que nos olhavam, então desviei o olhar para Sebastian. De novo para Annelise. O que vi fez meu coração se partir. — Annelise… por favor? — Seus olhos se afundaram em lágrimas. 

— Me solta, Chase. — Ela rosnou. 

Só conseguia apertar seu braço. 

Queria que Sebastian percebesse que ela pertencia à mim, mas parecia um animal selvagem se comparado a um homem. 

— Está bem. — Eu soltei. Ela saiu da cadeira e vi a vermelhidão em seu pulso. Ela esfregou a área e saiu de perto, fungando  o nariz, lutando contra as lágrimas. 

— Parece que o garotão perdeu a garota… — Sebastian zombou. —… que pena. — Ele passou por mim. Seu sorriso era faíscante. — Pode deixar. Vou acalmá-la por você. — Ele sussurrou. — Talvez sua vagabunda preferida queira retribuir o favor. 

Eu não me importei se parecia um animal quando pulei em cima do bastardo desgraçado. 

Eu comecei a esmurrá-lo. Bati com tanta força, acertando os punhos contra seu rosto bonitinho, que seu sangue espirrou no meu terno. Quando o segurei pelas lapelas de seu terno, ele riu ainda mais. 

Meu peito subia e descia. 

— Escuta — eu berrei — se você se referir a ela novamente como o que disse, não… se ousar dizer o nome dela, ou tentar falar com ela, eu vou matá-lo! — Ele me olhava com algo doentio por trás dos olhos. 

— Como matou a Nina? 

Franzi o cenho, atordoado. 

Saí de cima dele, completamente fora de mim. Fui ao banheiro, lavei as mãos e o rosto e tentei me recompor. 

Que se fodesse o trabalho. 

Que se fodesse Conrad. 

Que se fodesse a porra do Sebastian! 

***

Annelise

Não falei com Chase pelo resto do dia. Ele definitivamente tinha ido longe de mais, e pensar que ele era o mesmo homem que fazia amor comigo era difícil demais para suportar. Meu coração doía. Doía tanto que queria arrancá-lo do meu peito. Com certeza isso impediria minha tristeza lancinante de tomar meu corpo por completo. Quando consegui ir embora da agência, minha mente parecia enevoada demais e eu não conseguia pensar em nada. Cruzando a rua e andando um pouco, Abby me encontrou e me consolou por alguns minutos. Eu não disse nada. Conseguia só chorar. Ela me levou para seu apartamento depois que fechara o Pet Shop. 

— Eu não acredito que o Chase fez isso mesmo. — Ela disse, parecendo chocada. 

Soube que logo depois de sair de perto, a discussão piorou. Chase bateu tanto em Sebastian, que deslocou sua mandíbula. Eu não consegui olhar nos olhos de Chase de novo. Ficava relembrando da sensação humilhante que me fez sentir enquanto segurava meu braço daquele jeito. Para ele, eu não passava de uma posse, e ele nunca iria se cansar de provar isso, seja como fosse. Ele sempre tinha a necessidade de ser melhor, de ter o melhor. Talvez eu fosse apenas seu troféu, de alguma forma. 

Eu não queria pensar desse jeito, mas era inegável. 

O jeito como me olhava… ele acreditava que estava certo, mesmo me expondo daquele jeito. 

— Eu deveria ter pedido para que ele parasse… é minha culpa o sr. Bachmann estar daquele jeito agora. — Eu contei a ela tudo sobre o que aconteceu, até mesmo em como minutos depois Chase ficou quebrando e arremessando coisas em seu escritório. Ele chegara ao cúmulo da loucura. — Eu não sei o que aconteceu… talvez fosse as provocações… Chase estava irritado. Usou ocasião para tentar se aliviar. 

— Anne — ela disse. — Você sabe… parece que algo entre os dois sempre dá errado, por mais certo que pareça. — Eu ergui os olhos e a encarei, perdida. — Talvez… seja um sinal. 

Eu não queria que meu coração tivesse batido um ritmo mais devagar, o que tomei como um sim. 

No último sábado, eu experimentei toda a sua agressividade na cama… Chase era mesmo confiável? Mesmo depois de tudo, não sei se podia confiar nele. Ele mostrou-me que não era digno da minha confiança muitas vezes, e agora… agora minha confiança se abalara novamente. 

— Está dizendo que foi um erro ter voltado com ele? — Eu estava nervosa demais, talvez até raivosa, e não estava pensando direito. — Não pode me julgar quando admite que está transando com um cara como o Mike. Que pensa em se mudar praticamente para o outro lado do país com ele. — Encarei seus olhos. 

Ela ergueu as mãos em sinal de paz. 

— Não se trata de mim, Anne. Se trata de você. É por isso que está aqui. — Ela disse. Eu fechei os olhos e senti o rastro de uma lágrima escorrer por meu rosto. — Além do mais, Mike fez escolhas erradas, não bateu no meu chefe e praticamente fodeu com a minha vida. Ele é pai das minhas filhas, e está tentando melhorar. 

Eu pensei que Chase também estivesse. 

Deitando no colo de Abby, fechei os olhos. Ela começou a afgar meus cabelos e eu funguei, segurando as lágrimas. Estávamos no sofá, e apesar de a TV estar ligada, falávamos baixinho para não incomodar Mike e as meninas.  Estavam dormindo. 

— Acha que foi um erro?

— Não. Você acreditou nele. Todas acreditamos. Não é erro ver a bondade nas pessoas, mas sim elas usarem isso contra nós. — Abby disse. 

O celular sobre a mesinha de centro começou a vibrar. 

— É ele. — Ela se inclinou para pegá-lo. 

— Ignore. 

Mais uma vez, o celular tocou. 

— Ignore. 

Bufei. 

Estava prestes a gritar quando o celular tocou mais uma vez, e outra, e mais outra. 

Na sétima vez seguida, peguei o celular e desliguei. 

— Melhor assim. 

Talvez eu estivesse assustada, ou simplesmente minha mente estivesse cheia demais. Eu pedi a Abby para dormir ali, não importava onde. Não queria ir para casa e ter que trombar com Chase. Havia dado uma cópia da minha chave a ele para que entrasse sem pedir. Talvez ele estivesse lá, me esperando. 

Certo momento depois, tomei um banho. Percebi que meu corpo ainda tremia, e foi difícil repassar a cena na minha cabeça — passeia-a involuntariamente milhares de vezes antes — e não lembrar de como o toque carinhoso de Chase podia ser dolorido. Estava me martirizando, mas a verdade é que pensava nisso diariamente depois que ele tentou me forçar a fazer sexo com ele um tempo atrás. Tanta coisa aconteceu… mas ainda continuava ali. Não importasse o quanto eu ignorasse, sempre estaria ali. Como Abby tinha dito, Chase escolhia suas escolhas porque queria, visto que tinha inteligência o suficiente para saber o que era certo ou errado. Só me perguntava se fazia tal coisa por querer magoar ou só por não perceber. Ambos pareciam opções terrivelmente insuportáveis demais, e eu achava que não estava preparada para simplesmente engolir qualquer que seja sua desculpa dessa vez. 

Talvez nunca estivesse, na verdade. 

Enrolei-me na toalha e escovei os dentes. Um tempinho depois, me ajeitei para dormir, li algo e tentei pregar os olhos. Instantaneamente fui invadida por pensamentos… como Chase estaria? No que ele estaria pensando?  Afastei os pensamentos, enterrando-os no fundo da mente, e os troquei por lembranças boas; momentos genuinamente satisfeitos. Metade deles tinham o sorriso de Chase. Na outra, seus olhos, o corpo másculo… e ainda havia os momentos em que estava entre seus braços, e ele dentro de mim. 

Deixei as lágrimas deslizarem por meu rosto. 

Não sabia se era uma despedida, nem muito menos se era um começo, mas a tristeza era cortante. 

Dormi. 

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