Eu tinha que esperar mais alguns dias para ter certeza. Tive medo de que ainda… de alguma forma, o teste não pudesse verificar e dizer mesmo se estava lá, mas Abby me encorajou a fazer de uma vez.
Todas as vezes que eu abria minha bolsa, encarava o teste e lembrava de como Chase ficaria feliz. Comecei a imaginar um garotinho ou uma garotinha com as características dele, e aquilo me fazia viajar para um futuro que parecia ser bom demais para ser verdade. Eu queria mesmo me casar com Chase? Queria mesmo ter uma família com ele?
A resposta era sim.
Eu não podia pensar em algo mais gratificante que aquilo; o homem que amo, cuidando de mim e do nosso filho. Mesmo que brigássemos eventualmente, tinha que lembrar que o medo por aquilo se devia somente às minhas preocupações. Não era real.
Chase me ligava diariamente, sem falta, e certa noite, enquanto eu segurava o teste ainda intacto na caixinha, perguntei a ele o que achava, em uma situação hipotética, de eu estar grávida:
— Seria a coisa mais emocionante e linda que você faria por mim, Annelise. Eu a amaria dez vezes mais, se isso for possível. Mas eu entendo que você tem seus planos e que não queira engravidar agora. Para ser sincero, também não sei se estou pronto. Eu tenho dinheiro o suficiente para vivermos bem para o resto de nossas vidas, mas seria egoísmo pedir para que abandonasse sua vida e se colocasse inteiramente à minha disposição. Nunca iria pedir isso a você. E talvez eu nem tentaria, porque gosto de nossa vida como é.
Meus olhos se afogaram em lágrimas.
— Está chorando? — Perguntou ele. Eu não sabia mesmo esconder um segredo. — Annelise? Quer contar alguma coisa para mim?
— Não… eu só perguntei por curiosidade. Lembrei do que tinha dito no jantar da madrugada. Só estou um pouco emotiva, eu acho.
— Ah, entendi. — Ele pareceu um pouco… decepcionado.
Agarrei a caixinha do teste com força nas mãos.
— Estive pensando em realmente comprar um lugar para que pudéssemos morar. Eu sei que não é necessário, mas… deixa para lá. — Ele parecia empolgado, mas soou como estivesse triste mais uma vez.
— Chase?
— Sim?
— Tem alguma coisa para me falar?
— Nada demais. E… era besteira. Ia dizer como seria bom acordar do seu lado sempre, sem precisar estar fazendo tudo isso para continuar nos vendo. Sinto sua falta, Annelise. — Ele mentiu.
Chase costumava hesitar quando mentia, ou estava muito nervoso — ou os dois.
— Seria bom.
— Seria. — Concordou ele. — Boa noite, baby. Sonhe comigo.
— Mande um olá para seu pau por mim. Boa noite. — Ele deu risada e repetiu o boa noite, então repeti e ele repetiu mais uma vez.
Adormeci com o teste sobre o coração.
No dia seguinte, tomei finalmente coragem e fiz o teste. Passei alguns minutos e pensando se seria uma boa ideia ou não, então, quando finalmente o fiz… deu positivo.
— Ai, meu Deus! — Abby parecia tão feliz que era como se tivesse acabado de ter um orgasmo. — Annelise! Parabéns! Maninha, você… conseguiu. — Sua voz se tornou triste. Ela limpou a garganta e continuou: — já decidiu?
Não.
Não tinha nem dito a Chase que ele seria pai…
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