Maria Eduarda
Estou querendo jogar alguma coisa na cabeça do Leon. O filho da mãe teve a ousadia de vir nos acompanhar para nos fazer segurança. Ah, como tive vontade de tirar o sorrisinho daquele babaca bonito. A vontade é tanta, que chego até a abrir um sorriso de satisfação.
— Duda, que sorriso é esse? — Vane pergunta.
— Ah, nenhum interessante.
— O que você achou do Leon?
— Eu não achei nada!
— Como assim? Você não achou nada? — ela pergunta, espantada.
— É isso mesmo, eu não achei nada! — eu não vou lhe dizer que o achei lindo e que ele me deixa confusa com os meus próprios sentimentos.
— Sei! — ela me olha desconfiada.
— Vane, ainda não te perdoei sobre o seu chefe — resmungo.
— Ah, qual é?! — ela ri.
— Estou falando sério!
— Eu vi vocês dois juntos, e pareciam tão fofos — ela faz um coração com as mãos.
— Meu Deus, Vane, para de ver romance em tudo! — ironizo.
— E você não tem ideia de como estava feliz conversando com o Leon!
— Como assim, feliz? Seu chefe está me atormentando! — me defendo. Eu tinha gostado apenas um pouco de sua companhia.
— Não parecia que ele estava te atormentando.
— Você não viu nada, então — dou de ombros.
— Ah, é? E o que foi que eu perdi?
— Ele ficou querendo me controlar! — resmungo.
— E é claro que você odiou, não? — ela pisca o olho.
— É claro que sim! Não gostei de ouvi-lo dizer “Você, Duda, é a minha rainha” — ironizo, mesmo que no fundo tenha achado meio fofo.
— Ai, meu Deus, que coisa mais linda.
— Pode ficar para você — brinco.
— Não, obrigada, ele não faz o meu tipo.
— E por que você acha que ele faz o meu?
— Porque ele está caidinho por você!
— Vamos esquecer esse assunto, por favor?
— “Bora” para a cozinha, estou querendo tomar um suco antes de deitar.
— Sim, eu ainda tenho que estudar! — gemo ao lembrar que hoje nem prestei atenção na aula.
— Algum problema?
— Nenhum, só hoje não estava muito disposta para estudar — desconverso, não queria contar-lhe o que tinha acontecido comigo.
— Tem certeza? — ela pergunta, ao me servir o suco de goiaba.
— Sim.
— Bom, então vou tomar um banho, que amanhã é outro dia.
— Vai lá, e pode deixar que lavo essa louça.
— Ah, você é um amor! — ela diz, me abraçando, e dou risada.
— Eu sou, sim, um amor.
— Como você é convencida! — ela debocha.
— Sim, e você me ama também — brinco. Dou boa noite para ela e vou lavar a louça.
Termino de lavar rápido e deixo secando no escorredor. Vou para o meu quarto e encontro o meu celular no chão. Fico meio receosa se o pego ou não. No fim acabo cedendo, pego o celular do chão e o coloco em cima da cama.
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