Meu CEO Possessivo romance Capítulo 24

Leon

Acordo e verifico que já era de noite. Sento na cama rápido e acabo fazendo barulho. A Vanessa me olha assustada.

— Oi! — ela diz.

— Oi. Fiquei muito tempo fora de área?

— Um pouco — ela diz, triste.

— Nada de encontrarem a Duda?

— Nada.

— Vane, por favor, chame a doutora que me atendeu.

— Ela já foi embora, e entrou outro médico no lugar dela — dou graças a Deus por isso.

— Sem problema, eu quero falar com ele.

Olho para o celular e vejo um monte de chamadas perdidas, entre elas da Laura, da minha mãe e da Vanessa.

— Leon, o que você pretende fazer?

— O que deveria ter feito antes de me doparem, vou atrás da minha namorada — ela concorda e sai do quarto.

Verifico que já estou sem aqueles fios do soro, e no lugar deles, um curativo redondo. Reviro os olhos ao sentir uma leve fisgada quando dobro o braço. Desço da maca devagar e vou me segurando. Sigo para o banheiro, lavo o rosto, e fico chocado com a minha aparência.

— Droga, Leon, o cara acabou com você! — resmungo, ao ver que estava com curativos na cabeça. Ouço me chamarem e saio do banheiro, dando de cara com um médico que me olhava meio desconfiado.

— Então, Senhor Vitorino, como o senhor está agora?

A vontade que eu tenho é de dizer que eu não estava nada bem, por causa da minha namorada, e que ele deveria se foder por estar me fazendo perder tempo com besteiras.

— Eu estou bem, doutor…?

— Ah, me desculpa! Eu me chamo Lucas Leão — me cumprimenta estendendo a mão, e vejo que a Vanessa fica corada. Então descubro que é o namorado dela.

— Então você é o namorado da minha secretária e cunhada?

— Ah, sim, ela me contou que você tinha sido internado na mesma unidade em que trabalho.

— E ela também te disse que quero ir embora para procurar a minha namorada?

— Sim, ela me contou, só que não posso te liberar ainda.

— E por que não? — pergunto, louco para estrangular o doutorzinho, mesmo sendo o meu futuro cunhado.

— Eu preciso que você faça dois exames para te liberar.

— E esses exames demoram?

— Leon… — Vane me alerta.

— Leon… Posso te chamar assim, não? — aceno que sim, e ele continua: — Eu não posso te liberar sem fazer esses exames, porque não queremos que você desmaie.

— OK, vamos fazer esses benditos exames, e quanto mais rápido fizer, mais rápido eu saio daqui! — resmungo, e vejo o alívio no rosto da Vanessa. Entendo a sua preocupação.

— Então vamos, que vou te levar para fazer uns raios-X e depois vamos fazer uma tomografia, só para desencargo de consciência.

Pego o meu celular, a carteira e as chaves do carro e entrego para a Vanessa, pedindo:

— Caso a minha mãe ligue, avise-a que logo entro em contato.

— Pode deixar — ela diz, e me acompanha até a sala de exames.

Não demora muito, faço os dois, o bom de ter um médico conhecido é que consigo fazer os exames logo.

Depois seguimos novamente para o meu quarto, e ele diz:

— Bom, dá para ver que não teve nenhuma fratura e não há manchas nos exames, e isso é muito bom!

— Então posso ir embora?

— Leon, quero que você sente na cama só para verificar os seus olhos, e depois sim você vai poder ir — sento rápido na cama, e ele começa a me examinar e fazer perguntas, e eu respondo que estava tudo bem.

— Agora sim!

— E então, agora estou mesmo liberado?

— Sim, está — dou um suspiro de alívio.

— Ótimo, agora posso ir embora.

— Leon, toma cuidado, OK?

— Pode deixar, doutor, eu vou me cuidar — agradeço, e ele escreve algo em uma prancheta e me entrega.

— Esse é o papel de sua alta. E você não vai poder dirigir.

— Por que não?

— Porque você sofreu uma pancada na cabeça e não é bom dirigir.

Mas isso para mim não serve de nada.

— Tudo bem, eu vou chamar um Uber.

— É melhor.

Estendo a mão e agradeço:

— Obrigado, doutor, por ter me liberado!

— Se eu não tivesse feito isso, você teria fugido?

Respondo sem pestanejar:

— Sim, com toda a certeza.

— Eu imaginei. E agora, o que você vai fazer?

— Vou até a faculdade ver se consigo obter o endereço do tal Pedro.

— E você não acha que a polícia já não foi lá?

— Se foi, eu não sei, só sei que vou até lá e vou fazer de tudo para descobrir o endereço daquele filho da puta!

— Então você acha que foi ele?

— Ah, sim, ele parecia surtado de manhã. Eu vou fazer questão de acabar com a raça dele.

— Então, meu amigo, boa sorte! Traz a minha cunhada de volta!

— Nem que seja a última coisa que eu faça nesta vida!

— Leon, quero ir com você! — a Vanessa me olha.

— Vane, eu prefiro que você fique aqui com seu namorado, ou mesmo vai para sua casa.

— Ela é minha irmã! — ela insiste.

— Sei disso, só que vou ficar mais tranquilo com você em segurança.

— Traz a minha irmãzinha, Leon! — ela pede, quase chorando.

— Eu vou trazê-la, Vane!

Pego as minhas coisas, coloco a carteira no bolso da calça, desbloqueio o meu celular e chamo um Uber, colocando o endereço da faculdade. Despeço-me dos dois e sigo para fora do hospital, entregando a minha alta na recepção.

O Uber já estava me esperando, e eu não queria me demorar. O motorista me cumprimenta e pergunta se eu gostaria de ir orientando-o ou se ele poderia seguir o aplicativo.

— Pode seguir o aplicativo.

— OK, daqui a pouco estaremos lá.

Eu não via a hora de encontrar a minha rainha. Sinto tanto a sua falta! De uma coisa eu tinha certeza: ela estava com aquele Pedro. Por que ele fez isso com a minha rainha? Será mesmo que ele tinha a ver com o caso do estupro?

Eu mato aquele desgraçado se foi ele mesmo que fez isso com a minha rainha! Ele vai pagar tão caro! Agora o mais importante era encontrar a minha Duda, e só assim eu me vingaria daquele desgraçado.

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