Meu CEO Possessivo romance Capítulo 23

Maria Eduarda

Minha cabeça lateja e gemo de dor. Aos poucos vou abrindo os olhos e dou de cara com o Pedro me olhando como se fosse um falcão olhando a sua presa.

— Minha bela adormecida, finalmente acordou, pensei que tinha morrido — ele comenta, irônico, sentando em uma cadeira. Eu estava amarrada a uma cama.

— Pedro, o que você fez comigo?

— Ora, eu trouxe você para o seu lugar.

— Nunca vou morar aqui com você! — debocho, rindo da cara dele, e ele vem com tudo e me dá um soco, me fazendo gemer de dor.

— Você acha que vai sair daqui como?

— O meu namorado vai vir me buscar!

— Nunca vão nos encontrar, minha bela adormecida.

— O que você quer dizer? — começo a ficar com medo.

— Eu quero dizer que vamos viver aqui para sempre!

— Eu prefiro morrer a ficar com você!

— Não, você não vai morrer.

— Ah, isso para mim é fácil, já morri uma vez, e outra não vai fazer diferença — dou de ombros. No fundo, estava com medo dele, só não podia demonstrar na sua frente.

— Então se eu te der um tiro não vai ter problema? — ele aponta a arma para a minha testa.

— Nem um pouco, para mim é indiferente.

— Pode ficar tranquila, eu não vou te matar.

— E você acha que eu ligo? — comento, ainda rindo. — Se, como você mesmo disse, ninguém vai nos encontrar, então acho melhor você me matar e depois se matar — o provoco. Mas eu sabia que não podia ficar fazendo isso.

— Então quer dizer que você gosta de brincar com fogo? — ele debocha.

— Se você acha que estou brincando… Já que você disse que vamos ficar juntos para sempre, me responde a uma pergunta: por que você me raptou?

— Você nunca me notou, né? — de repente ele fica alterado, era como se tivesse sido possuído.

— Notar você como?

— Sim, eu sempre te amei!

— Eu sempre te vi como um colega. Me desculpa, Pedro.

— Por que você pede desculpas?

— Porque nunca vou te amar.

— Sim, eu sei que vai me amar, afinal vamos ficar juntos para sempre!

— Eu amo outro homem, sempre vou amar o meu namorado, e é com ele que quero viver até o fim da minha vida — declaro, e ele me olha com fúria.

— Ah, esse seu namoradinho… Vocês já transaram?

Fico sem graça, e logo meu rosto fica aquecido.

— Pelo que eu vejo, não.

— Pedro, a minha vida pessoal não é da sua conta! Agora quer me fazer o favor de me soltar? — mexo os meus braços e tento me soltar das gravatas.

— Não senhora, a sua vida sempre é importante para mim — ele diz, com um sorriso irônico nos lábios.

— Na minha vida quem manda sou eu!

— Engraçado você dizer isso — ele ri demais.

— Pedro, por favor, reconsidere — peço, querendo ver se ele colocava algum juízo na cabeça e me soltava logo.

— Reconsiderar? Sobre o quê?

— Pedro, você me sequestrou num shopping, foi violento comigo na faculdade… Preciso continuar?

— Sim, você tem que entender!

— Não, eu não entendo!

— Desde que a vi pela primeira vez, me apaixonei.

— Sim, isso deu para entender.

— E sempre estava rodeada daquelas duas louquinhas que eram as suas amigas. Ah, como elas se chamavam mesmo? — ele dá um tempo e depois responde: — Ah, sim, a Lorena e a Adriana.

— O que tem elas?

— Então, elas sempre ficavam ao seu lado, e via como você ria, e aquilo me encantou.

— E daí? Eu não posso rir com as minhas colegas?

— Continuando a nossa história de amor…

— Pedro, você está louco?

Ele vem em minha direção e grita, nervoso:

— Não me chame de louco, está ouvindo? — dá um tapa em meu rosto.

— Sim, você é um louco por inventar essa história! — ele me dá outro tapa, e, mesmo doendo muito, começo a rir.

— Você acha graça? Você gosta de apanhar? — ele diz, nervoso, e volta a me dar tapas.

— E você, gosta? — retruco. Mesmo sentindo uma dor do cão, eu não iria demonstrar.

— Sabe que gosto de você assim, confiante! — ele ri e passa a mão no meu rosto.

— Você é um completo idiota!

— E você é uma vadia! Que gosta de ficar se esfregando com qualquer um na rua.

— Isso, agora sim mostre quem você é de verdade!

— Você gosta, né?

— Ah, sim, eu gosto de ver que se acha o espertão completo.

— Vamos continuar, veremos quem vai ser o espertão. Dia 4 de novembro te lembra alguma coisa?

Eu congelo.

— O que tem essa data? — questiono, sentindo ânsia.

— Ah, você não se lembra? Então me deixa refrescar a sua memória. Não é o dia em que você faz aniversário? — como eu não falo nada, ele diz, gritando: — Me responde!

— Sim, é o dia em que eu faço aniversário — respondo, a contragosto.

— Boa menina, vamos continuar! Nesse dia você foi comemorar seu aniversário na boate, não?

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