Maria Eduarda
Depois que minha irmã sai para ir ao trabalho, eu fico em casa pensando no que ela disse. Ligo para o meu cunhado.
— Oi, Duda, como está?
— Bem, Lucas, graças a Deus! Está ocupado?
— Para minha cunhadinha, nunca! Em que posso ajudar?
— Lucas, estava pensando no que a minha irmã falou.
— O que ela disse?
— Que eu tenho que sair de casa e me divertir, e também falou que já passou da hora de eu procurar ajuda.
— Duda, a sua irmã está certíssima, eu mesmo já tinha comentado com ela sobre isso. E então, você está disposta a se ajudar?
Eu penso, e sim, está na hora de me curar, mesmo que poderia demorar um pouco, mas eu logo ficaria bem.
— Alô, Duda?
— Desculpa, e, respondendo à sua pergunta, sim, estou querendo me curar.
— Maravilha, eu posso te indicar uma psicóloga.
— Eu agradeço!
— Depois te ligo — nos despedimos.
Volto para a cozinha e guardo o que restou do café, limpando tudo.
Assim que termino, subo para o quarto e tomo um banho rápido. Saio correndo, para não chegar atrasada ao meu curso.
Eu não poderia saber se foi intuição ou prevenção, mas sinto alguém se sentando ao meu lado, e nem preciso me virar para ver que é o idiota do Pedro.
— Ora, ora, se não é a esquisita!
E ali fiquei, tranquila, ou melhor, tentando ficar tranquila com uma peste bem do meu lado. Não estava dando certo mesmo. O babaca andava me perturbando muito com brincadeiras idiotas e decidiu ficar no meu pé.
— Pedro, me deixa em paz! — peço, já perdendo a paciência.
— Sabe, quanto mais você me despreza, mais fico gamado em você! — ele diz, e sinto ânsia de vômito.
— Você é nojento — comento, com desprezo.
— Qualquer hora vou te ensinar uma bela lição! — ele fala, em tom de ameaça, e gelo na hora, tenho certeza de que fiquei pálida. Pego as minhas coisas e, sem olhar para ele, acabo me mudando de mesa. Quando acho que vou ficar tranquila, a praga volta a me atormentar.
— O que você quer, Pedro?
— Você ainda não entendeu, né? — ele provoca.
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