P.O.V Kelly.
Tomava café da manhã em silêncio, era sempre assim eu tomava café sozinha, almoçava sozinha e jantava sozinha. Gregory só me dava o prazer da sua presença quando ele queria.
Não estou reclamando afinal quando estou com ele não sei agir e muito menos me controlo, minha língua parece que tem vida própria aliás meu corpo todo.
Eu sei que ele é um homem atraente mais não precisava ser tão sexy e contrariando todas as minhas vontades, toda vez que estamos perto um dos outro minha deusa interior fala mais alto... Clichê eu sei, mas o que posso fazer?
- Ah meu deus. - Ouço uma voz atrás de mim e me viro.
Me viro e vejo uma senhora que de vai ter seus 48 anos, branca dos olhos verdes, loira com o corte channel. Muito bonita.
- Como você é linda querida. - Ela diz sorrindo vindo até mim.
- Quem é você? - Pergunto seria.
Ela podia esta sendo amigável comigo mas nesse meio é bom não confiar em ninguém.
- Me desculpe pela minha euforia, sou Nadia Petrov. - Ela sorrir.
- Petrov? - Pergunto confusa.
Já ouvi esse nome em algum lugar.
- Eu sou mãe do Gregory. - Ela responde e eu reconheço o sobrenome.
- Ah muito prazer... Eu sou...
- Kelly, a noiva do meu filho. - Ela sorrir.
- Isso. - Concordo.
- Ah, não sabe como eu estou feliz em te conhecer... A muito tempo esperava por isso. - Digo sorrindo.
- Desculpe senhora, esperava pelo o que? - Pergunto confusa.
- Netos. - Ela diz e eu arregalo os olhos.
- Mãe... - Ouço a voz grossa e olho para atrás dela vendo Gregory.
- Meu amor, como ela é linda. - Nadia sai do meu lado e abraça o filho.
- Sim mãe ela é, mas não a assuste. - Ele diz sorrindo.
Ela olha pra mim como se estivesse caído em si.
- Ah como eu sou tola, me desculpe não queria assusta-la. - Ela sorrir e eu acabo sorrindo também.
Seu tom de voz é tão doce e meigo que não pude deixar de perdoá-la.
- Esta tudo bem. - Sorrio.
- Que bom que esta aqui mãe, a Kelly esta encarregada de preparar o casamento a senhora podia ajuda-la não? - Ele pergunta gentil.
Aliás é a primeira vez que vejo ele usa esse tom de voz com alguém e suas feições não são desconfiadas ou bravas, seu rosto esta suave e em seus lábios tinham um sorriso suave.
Parece que Gregory realmente ama a mãe, que parece ser uma boa pessoa.
- Mas é claro que sim, eu ia amar... Quer dizer se você quiser. - Ela me olha esperançosa.
- Vou ficar muito agradecida. - Sorrio me dando por vencida.
...
Termino o lance de escadas adentrando o andar que ficam os quartos principais, demorei quase duas semanas para me perde nessa casa mas acho que estou pegando o jeito.
Vou até o último quarto do corredor que era de Gregory e faço menção de bate na porta mas desisto ouvindo a voz dele la de dentro.
- Eu já falei pra parar de me ligar Porra.
Educado como sempre.
- Não me interessa, foi só uma foda eu nem lembro seu nome.
Uau...
- Não me importo se foi a uma semana, se liga pra mim de novo vou ai e te mato ouviu?
Ouço um barulho e presumo ser o impacto do celular contra o coxão, coloco um sorriso de lado e adentro o cômodo. O quarto de Gregory era como seu escritório, as paredes tinham um tom de cinza escuro, sua cama tem um suporte de madeira e os móveis são pretos como a roupa de cama.
- Problemas com as amantes? - Pergunto cruzando os braços.
Ele estava de costas para mim arrumando a gravata.
- Sabia que é feio ouvir conversas atrás das portas?
- Sabia que é feio ter um caso extraconjugal?
- Esta com ciúmes querida? - Ele se vira para mim sorrindo.
- Não se sinta tão importante. - Reviro os olhos.
Ele rir colocando o terno.
- Pensei que essas máfias tinham regras sobre traição.
- E temos, para as mulheres é claro.
- Por que será que eu não estou surpresa. - Digo com ironia.
- Não se preocupe querida, para a sua sorte seu homem é justo. - Ele para na minha frente.
- Me sinto muito mais tranquila agora. - Reviro os olhos.
- Do mesmo jeito que eu tenho diversões você também pode ter as suas. - Ele sorrir.
- Relacionamento aberto, que moderno você. - Debocho.
- Só vamos deixar algumas coisas claras, sem namoro ou romance... Se alguém descobrir você morre e eu tenho minha honra lavada com sangue. - Ele diz fazendo drama.
Ta na cara que muitas regras ele despreza e acha desnecessárias.
- Acordo fechado. - Sorrio estendendo a mão e ele aceita de bom grado.
- Vai para a casa do Dimitri hoje certo?
- Sim. - Respondo.
- Tome cuidado. - Ele diz e eu balanço a cabeça negativamente sabendo que ele estava falando de Hanna.
...
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...