Resumo de Capítulo 10 – Capítulo essencial de Nas Mãos do Dono do Morro por Romances s2
O capítulo Capítulo 10 é um dos momentos mais intensos da obra Nas Mãos do Dono do Morro, escrita por Romances s2. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Felipe
Merda. Eu não sabia que eu era broxa.
Certeza que essa porra é tudo culpa do Marquinho, aquele vacilão covarde do caralho, ele não perde por esperar.
Hoje eu mudei meus corre, fiquei em casa e não fui nas paradas que já estavam combinadas, eu peguei uma responsabilidade com as mãos e agora preciso ser cabeça.
Mandei a novinha embora, passei uma vergonha do caraio, mas é o que é e pronto. Não adianta ficar de bobeira.
Ver a Amanda dando uma de faxineira hoje mexeu comigo e não me esqueço do rostinho de princesa gostosa que ela estava olhando pra mim.
Isso deve ser muito errado. Merda. A mina é virgem e quase foi abusada hoje. Eu devo ser um maníaco do caraio de estar sentindo atração por ela.
Eu não vou sair e deixar ela sozinha aqui. Não posso.
Bebi uns gole e cai na cama.
(...)
O dia amanheceu e já ouvi o meu celular tocando. Lembrei que dia é hoje.
Tomei um banho e vesti um shorts, com o cabelo ainda molhado sai pra fora e logo vi a Amanda esfregando o chão do corredor da casa.
— Que bagunça é essa? — perguntei já tendo o meu pé molhado.
— Quanto antes eu limpar, antes poderei voltar pra minha casa e ficar longe dessa loucura toda — explicou fazendo força pra carregar o balde de água.
Eu já estou torcendo pra ela cair de novo e a água do balde molhar ela todinha.
— O meu quarto está precisando de uma boa faxina, principalmente em cima da minha cama — avisei dobrando os braços em cima do meu peito.
— Quer que eu jogue água em cima da sua cama e esfregue também?
— Mas daí eu teria que ficar uns par de dias dormindo em outro lugar, você me ajudaria com isso?
Ela me olha torto e eu poderia jurar que ela seria capaz de me dar uma voadora nesse momento.
— Onde está aquela lambisgoia de ontem? — perguntou quase vomitando as palavras.
— Já tomou café da manhã? — mudei de assunto.
Ela me fez lembrar de um episódio constrangedor que eu prefiro não me lembrar.
— Não tomei café da manhã, eu vim aqui pra trabalhar, não pra comer.
— Vamos, eu disse aos meus sogros que cuidaria bem de você — brinquei indo já direção dela.
— Gracinha.
— Vem, pare de ser vacilona, — puxei-a pra mim e nós dois quase caímos, me segurei na parede com uma mão e com a outra segurei ela.
— Tá bom, eu estou mesmo com fome, já faz tempo que acordei e já limpei várias coisas, tem certeza que tem alguma dona que limpa aqui? Coitada da mulher, de certo como ela não dá conta desses homens porcos que frequentam essa casa, — disse meia bravinha.
— A senhorita está destemido hoje, né?
— Eu já vi que você prefere me torturar limpando e esfregando ao invés de simplesmente me matar, — quase se desequilibrou, mas eu a segurei.
— Eu posso ter outras formas de torturar você, sabia? — passei a mão em seu cabelo e sorri largamente.
— O que temos pro café da manhã? — perguntou tentando se soltar de mim.
— A gente vai ali na padaria da Val, conhece? — essa ideia me veio agora, vai ser legal ir lá com ela.
— Já ouvi falar, mas nunca vim pra esses lados de cima.
Entendi. Então a novinha é mesmo uma mocinha bem de boa, que ainda não conhece muito da vida, apesar de viver na comunidade mais perigosa do estado.
— Você vai gostar, daí a gente aproveita e trás pão com mortadela pros mano que vão chegar daqui a pouco pra uns corre aí, — expliquei me lembrando que é mesmo uma boa ideia.
— Não prefere me deixar limpando as coisas, daí você trás pão com mortadela pra mim também? — sugeriu.
Jamais.
— Se esqueceu que eu sequestrei você? Você não pode sair do meu lado, não vou te perder de vista — enfiei a minha mão por sua cintura e apertei.
— Eu estou começando a pensar que você gosta de mim, — falou olhando pra minha cara, tendo que virar bem o pescoço para isso.
Tão pertinho da minha boca.
— Se eu não gostasse de você, você não ia tá aqui, vamos rapa logo, né? O dia tem que começar.
Dali fomos pra padaria da Val à pé mesmo, eu tô com uns pensamentos aqui e eu acho que vou ter que ficar com ela.
Só assim pra mim voltar ao normal.
— Hum, eu precisava disso — falou depois de morder um pedaço da coxinha de frango.
O que eu preciso é de outra coisa.
O meu celular toca.
— Já tamo aqui, vei, onde você tá?
— Já colo aí, vim buscar uns pão pros manos.
Quando desliguei o celular a Amanda já veio me falando:
— Já sei, preciso andar depressa.
— Pode demorar o tempo que precisar, deixa comigo.
Enquanto ela comia eu fui pegar os pão com as mortadela e comprei refrigerante.
(...)
Quando estávamos saindo da academia o Sapo estava encostado na parte de fora.
— Leve o Sapo no doutor Jairo, veja o que pode fazer e liga pra me avisar.
— Já é, chefe, mas pegou só de raspão, né memo Sapo?
— É, acho que foi só de raspão.
— Vão no doutor Jairo, depois me avisem.
(...)
Voltei pro carro e a Amanda estava quieta me olhando de canto. Certeza que ela ouviu os tiros, mas é isso que eu sou e faço.
— Você matou ele?
— Não sei se você viu, mas o Sapo levou um tiro, então adivinha quem eu prefiro que morra?
— O Sapo está bem? O tiro pegou onde?
— Acho que foi só de raspão.
— Podemos ir na minha casa agora?
— Sim, vamos dar uma olhada nos sogros.
— Não brinca com isso.
— Por que, tá quase acreditando?
— Pare de sonhar.
Liguei a camionete e comecei a dirigir na direção da casa dela.
A verdade é que eu estou sentindo uma necessidade de saber mais sobre ela, sobre a vida dela e da família dela. Não me pergunte o porquê, eu mesmo não sei.
Isso até me dá vontade de ligar pra minha mãe e saber como que ela tá. Se a veia não fosse tão zica eu já tava lá vendo ela e matando a saudade...
Como será que deve tá os meus irmãos? Será que ela tá usando a grana que eu mando pra ela?
— Chegamos, tenta não por medo, tá?
— Amanda, eu dei até dinheiro pra eles, eles me amam.
— Nem me lembre que você me comprou por algumas notas de cem.
— Pare com isso, você não tem preço.
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