Nas Mãos do Dono do Morro romance Capítulo 19

Felipe

— Você já sabe, né parça? Cada um por si a partir de agora truta, use com sabedoria e se der ruim esqueça o meu nome, da mesma forma eu pra você.

— Tá ligado que eu sou mó firmeza, e quando for cobrar do vacilão chama nóis.

Léozinho foi embora na moto dele, mosquiando com a mala recheada nas costas. Mas ele é ligeiro.

— Nossa, preciso ir pra casa e contar pros meus pais que eu ganhei na loteria — respiro fundo e volto o meu olhar pra mina atrás de mim.

— Amanda, o que foi aquilo com o Leozinho?

— Aquilo o que?

— Você beijou ele, por que?

— Por que me deu vontade, senti algo diferente na minha calcinha quando ele me olhou.

Minha boca fica paralisada e eu não consigo dizer nada. Eu já estou louco de frustração de tanta vontade reprimida, e agora eu já posso acrescentar o ciúmes à minha lista.

— Amanda, você é virgem, — dei de ombros e peguei as coisas pra colocar no meu carro.

Ela pegou o resto das coisas e me ajudou.

Ela está estranha, ela não é assim.

— Isso é o que você pensa, — riu atrás de mim.

— Você disse que é virgem.

— Foi só pra te deixar atiçado, mas não é verdade, você acha que uma mina gostosa como eu iria ficar virgem por tanto tempo?

— Pare de loquiar, tá me tirando, — sentei no banco do motorista e esperei ela sentar também.

Por mim eu puxava ela pro meu colo e era só erguer a mini saia e eu já descobriria qual é a verdade.

— Logo vou embora daqui dessa cidade, quem sabe em outro lugar eu não encontre alguém que entenda de verdade sobre mulheres e satisfaça todos os meus desejos?

Será que ela ainda está bêbada desde ontem e eu não percebi?

— Acho que pela minha experiência você gozou na minha boca ontem, — olhei pra ela sorrindo vitorioso enquanto ligava o carro, olhei para trás para dar a ré.

— As mulheres fingem, meu amigo, e eu sou muito boa em fingir... Se tem algo que me deixa com pena, é ver um cara se sentindo impotente, e eu sei que...

— Já entendi, Amanda, você está brava pelo que eu fiz, fiquei com outra mina na sua frente, pensei que tivéssemos combinado não falar sobre isso.

Já estou dirigindo agora. O trânsito está tranquilo, a polícia ainda não chegou por aqui.

— Eu não combinei nada com você, você está louco.

— Não está feliz com o seu dinheiro?

— Estou, feliz demais.

— Então esquece ontem, eu estava bêbado, você também...

— Eu não estava bêbada.

— Qual é, quer que eu te peça em casamento de verdade?

Ela começou a rir de mim, em seguida virou o rosto para a janela e ficou assim por vários minutos, até que eu entrei com o carro no portão da minha casa.

— Desça, — falei trazendo as coisas Lara dentro.

Ela revirou os olhos e me obedeceu.

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