O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance PRÓLOGO: CAPÍTULO UM: A REJEIÇÃO.

POV GAIA.

Senti minha loba, Minerva, se agitar de repente. Então, farejei o ar e aquele cheiro maravilhoso entrou em minhas narinas. Olhei em volta, procurando o dono daquele aroma, e vi Caspian, Alfa da alcateia Crescente: lindo e imponente. Ele é meu companheiro? Meu primeiro amor por 13 anos é meu companheiro? Estou tão feliz que até me sinto tonta! Esse certamente é o melhor presente que ganhei de 25 anos.

— Companheira — pronunciou com sua voz grave e rouca, que eu amava, olhando em minha direção.

Meu coração errou uma batida. Meu tão sonhado companheiro está aqui; eu o encontrei. Sorri, feliz. Ele se aproximou rápido de mim, puxou-me pela cintura e afundou o nariz na curva do meu pescoço. Mas, afastou a cabeça como se houvesse se assustado.

O olhar dele mudou havia dor e fúria. O sorriso desapareceu. Seu semblante havia se tornado frio, distante, cruel. Alfa Caspian deu um rosnado feroz. Fiquei sem entender o que estava acontecendo. Então, aquelas palavras saíram de sua boca, me destruindo:

— Eu, Alfa Caspian Roy, rejeito você, Gaia Carter Veranis, como minha companheira. Eu nunca serei companheiro de uma maldita bruxa — disse Caspian, tomado de fúria. Suas garras penetraram meus braços e senti meu sangue quente escorrer. Soltei um gemido de dor. — Prefiro morrer sozinho a ter uma companheira da sua laia — disse e me empurrou com nojo.

Caí, destruída, sentindo meu coração destroçado e a dor da rejeição se espalhando. Meu mundo parou no instante em que ouvi suas palavras. Foi como se uma lâmina rasgasse minha alma de dentro para fora, deixando somente dor, humilhação e um vazio esmagador onde antes havia esperança. Mesmo com as pernas fraquejando, recusei-me a permanecer no chão ou implorar. Levantei-me; minhas lágrimas silenciosas denunciavam o que tentava esconder.

Minerva uivou em desespero, e eu virei e corri. Cada passo era um golpe, cada fôlego, uma facada. Esforcei-me para fugir antes que minhas emoções me consumissem. Ouvi, atrás de mim, o caos irromper em gritos e movimentos desordenados.

Acordei arfando, o peito subindo e descendo como se eu tivesse corrido por milhas. O pesadelo voltou. De novo. Estou lá outra vez — naquele maldito momento que insiste em se repetir, sempre na véspera da data. Sete anos se passaram, mas a ferida ainda sangra como se tivesse sido aberta ontem.

Meu corpo sente antes que minha mente desperte. É instintivo. A rejeição me envolve como um manto gélido. A humilhação queima sob a pele. A raiva, ácida, se arrasta pelas veias. Tudo retorna num vendaval cruel, devastando qualquer ilusão de paz. Meu corpo está tenso, coberto por suor. Os olhos ardem, a respiração falha. Anos se passaram, mas ainda sonho com aquele dia. Agora, não é só dor — é ódio, raiva ardente. E uma sede de vingança.

Por que não o transformei em pedra? Por que não o fiz impotente para sempre? Poderia tê-lo acabado ali mesmo. Mas naquele tempo, eu era jovem demais, estava tomada pela dor, sem clareza. Ainda não entendia e nem dominava o poder que tenho agora.

E quando poderia imaginar que, justo naquele dia, quando completei 25 anos e finalmente encontrei meu companheiro, minha parte bruxa resolveria despertar. No momento mais inoportuno. E eu não esperava que Caspian, me rejeitaria por isso? Por ser o que sempre fui, uma híbrida. Mas, jamais deixarei que alguém me destrua outra vez.

Levanto da cama de um salto, rangendo os dentes, e caminho em direção ao banheiro. Meu aniversário de rejeição é amanhã, e, como sempre, meu subconsciente me obriga a reviver aquele inferno. Mas um dia isso vai mudar; vou conseguir apagar essa cicatriz incômoda. Um dia, farei Alfa Caspian sentir na pele o que é ser quebrado. E eu me deliciarei em sua agonia.

Sou Gaia Carter Veranis. Híbrida de lobo e bruxa. Sou poderosa. Não posso me permitir sofrer por causa daquele alfa maldito. Um dia, ele vai pagar por tudo que me fez sofrer. Em sete anos, me transformei. Deixei a loba ferida para trás e me tornei uma farmacêutica renomada — conhecida não só pelos remédios que preparo, mas pelas fórmulas que o mundo comum não entende.

Minha rotina começa bem cedo. No canto mais reservado do meu laboratório, um caldeirão de aço negro repousa ao lado de tubos de ensaio, almofarizes e frascos rotulados à mão. Códigos químicos se misturam a runas antigas. Cada manhã, reviso os ingredientes com precisão quase ritual: folhas secas de verbena, pó de ossos de salamandra, essência de lavanda, raiz de mandrágora, e às vezes, uma gota do meu próprio sangue — o toque final para feitiços de proteção e mais poderosos e complicado, mas evito usar, pois magia de sangue é perigosa.

Recebo pacientes que a medicina tradicional já desistiu. Gente com dores que não aparecem em exames. Espíritos quebrados, corpos amaldiçoados. Eu escuto, examino, e prescrevo — às vezes cápsulas manipuladas, às vezes encantamentos sussurrados à meia-noite. Curo os males do corpo e da alma. Mas infelizmente ainda não consegui curar a mim mesma.

— Preciso me distrair para esquecer esse maldito pesadelo — falei, entrando no banheiro.

— De novo o pesadelo? — perguntou Minerva, minha loba, preocupada.

— É sempre assim quando aquela maldita data se aproxima — falei, enquanto ligava o chuveiro.

PRÓLOGO: CAPÍTULO UM: A REJEIÇÃO. 1

PRÓLOGO: CAPÍTULO UM: A REJEIÇÃO. 2

PRÓLOGO: CAPÍTULO UM: A REJEIÇÃO. 3

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