Entrar Via

O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA. romance Capítulo 33

POV CASPIAN.

Fiquei ali por minutos. Só olhando. E quando finalmente ela percebeu minha presença, arregalou os olhos, assustada. Seu corpo ficou tenso, como se minha presença fosse uma ameaça. Aquilo me incomodou mais do que deveria.

Eu queria dizer: Me perdoe por tudo, por não ter te escolhido há sete anos. Por deixar meu ódio, ser mais forte que nosso vínculo de companheirismo. Por ser um covarde e ter demorado tanto para enxergar quem você realmente é. Minha companheira. Mas não disse, não ainda. Ainda não mereço esse perdão. Tenho um logo caminho até a conquistar.

— O que faz aqui? Veio ver se estou pegando suas preciosas plantas? — ela disparou, com ironia, tentando me afastar com palavras. Eu merecia. Mas mantive a calma. Respondi inventando que meus pais haviam me pedido para ver se estava bem e que estava anoitecendo. E aproveitei para perguntar o que havia descoberto, aproximando-me um pouco.

Ela me olhou com desconfiança. Estava irritada, mas também cansada. Era visível em seu semblante. E mesmo assim, linda. Os cabelos presos de qualquer jeito e o brilho mágico nos olhos, a deixava belíssima. Me aproximei mais, a respiração dela oscilou. Ela tentou disfarçar, mas eu senti. Ela sente algo.

— E então, o que descobriu? — perguntei, ansioso. Eu não suportava mais a espera, pois minha alcateia estava em perigo. Deixei de lado, por enquanto, esse sentimento e foquei na crise que estamos vivendo. Ela me olhou de forma séria.

Quando ela revelou que a bruxa usou magia de sangue, essa parte, Adam, já havia me dito. Mas não deixei, de senti, um arrepio na espinha. Mas a revelação que o feitiço estava ligado ao sangue da bruxa que o lançou, me surpreendeu. Aquela maldita fez uma armadilha suja, cruel e engenhosa para nós. Comecei a andar, frustrado. Matar aquela desgraçada seria a única solução para salvar todos nós. Mas onde ela estava? Como encontrá-la? Tudo parecia um quebra-cabeça sem peças. Gaia, falou com lógica e estratégia. Parei. Olhei para ela com surpresa. Ela tinha razão.

— Agora me diga: qual é a notícia boa? — Perguntei. Ela informou poder retardar a doença, tratar os sintomas, dar tempo para que pudéssemos encontrar aquela bruxa maldita. Eu quase corri para abraçá-la. Aquilo era tudo o que precisávamos: esperança.

— Está dizendo que pode fazer isso? — Perguntei para ter certeza do que ouvi.

— Sim, posso. Isso é o que faço diariamente. Curo pessoas e seres. Eu sou uma farmacêutica e uma curandeira — disse com orgulho. Por um momento, vi nela tudo o que uma alfa fêmea deveria ser. Força, inteligência, compaixão. Um raio de luz no caos em que estamos.

— E do que você precisa? — perguntei, disposto a entregar o que fosse necessário.

Ela listou tudo. Um espaço, acesso às ervas, independência. E deixou claro: não queria Aron por perto. Questionei, curioso, o porquê de não querer Aron. Havia algo em seu tom que me alertou. A maneira como ela falou… havia firmeza ali, convicção. Isso me fez pensar e anotar mentalmente.

— Muito bem. Considerarei seu aviso — falei, sério.

Ficamos em silêncio por um momento. Eu queria tocá-la de novo. Mas não ousava. Não agora.

Ela se afastou, organizando suas coisas. E mesmo assim, não pude evitar admirá-la. Por dentro, eu sabia: se ela ainda me der uma chance… lutarei até o fim por ela. Mas por enquanto… eu a observava em silêncio. Ela se levantou e começou a andar em direção à casa, sem me esperar, fui logo atrás. Quando chegamos dentro, meus pais estavam descendo a escada.

— Gaia, querida. Pedi que preparassem um jantar com seus pratos preferidos, de quando era filhote e vinha nos visitar. Espero que ainda goste. — Falou minha mãe empolgada.

— Sim, eu ainda gosto. Obrigada, mas não precisava se incomodar comigo. — Disse gentil.

— Imagina, não é incomodo. Você sabe que sempre te tive como uma filha. Eu gosto de te paparicar. E como foi no hospital? — Perguntou minha mãe.

— Isso é um milagre da deusa Lua. Minhas preces foram ouvidas. Que noticia maravilhosa. — Disse minha mãe feliz.

— Mas porque ela não aceitou a rejeição? — perguntou meu pai desconfiado.

— Isso não sabemos. — Falei.

— O que isso importa? O importante é que ela não completou o processo de rejeição. — disse minha esperançosa.

— Querida, não fique tão animada. Pois não sabemos o que Caspian planeja. — Disse meu pai e os dois me olharam.

— E então filho, o que planeja fazer? Vai deixar sua felicidade escapar mais uma vez por entre seus dedos? — Perguntou minha mãe séria.

— Amor, não devemos pressionar nosso filho. — Disse meu pai.

— Mamãe está certa, pai. Eu não planejo deixar essa chance escapar. Eu vou reconquistar Gaia. Mas para isso preciso da ajuda de vocês. — Admiti.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O ALFA ARREPENDIDO: QUERO MINHA EX-COMPANHEIRA DE VOLTA.